Canas OnLine

26/02/2006

Rivalidade Histórica


Carnaval de Canas de Senhorim_Anos 50

Anos 70

Paço
Rossio

Rossio 77

25/02/2006

Paço vs Rossio_2005

Paço_ 2005
Rossio_2005

Rossio 58

Rossio_1958

Paço 77

Paço_1977

Carnaval_ onde ficar?


chalets _Hotel Urgeiriça_3525-301 Canas de Senhorim http://www.hotelurgeirica.pt/
Canas de Senhorim é uma agradável vila com uma excelente localização próxima da montanha (Serra da Estrela) entre Asnelas e Carregal do Sal. Sua proximidade aos rios Mondego, Dão, Vouga, Paiva e Távora possibilita excelentes oportunidades para cruzeiros e banhos no rio. A visitar: A vila é apropriada para se iniciar passeios tendo em vista explorar a Região Centro de Portugal e a Serra da Estrela, possuindo acomodação de grande qualidade no Hotel Urgeiriça, uma unidade de referência fiel ao seu distinto estilo inglês. Restaurado recentemente, o Hotel é rememorativo de uma antiga casa de campo com enorme ardor no Inverno e grandes vasos de brilhantes flores durante os meses de Primavera e de Verão.

Em alternativa, a Casa Abreu Madeira é uma majestosa unidade de Turismo de Habitação do século XVIII onde os convidados podem apreciar o delicioso vinho Dão.
O Hotel Urgeiriça, localizado em Canas de Senhorim a cerca de 25 km de Viseu e da Serra da Estrela é, desde há muito, um lugar privilegiado para alguns portugueses. Em pleno coração da Beira Alta, na região Dão Lafões, oferece a qualidade de uma das melhores unidades hoteleiras do país. A sua arquitectura beirã, a fachada de granito e a decoração tipicamente inglesa, tornam o Hotel num local único e extremamente aprazível, onde o conforto e a mística são constantes.
Herdeiros do melhor da tradição hoteleira portuguesa - arquitectura clássica, espaços generosos, enquadramento paisagístico cuidado, qualidade de prestígio indesmentível - o Grande Hotel das Caldas da Felgueira representa, na sua fase actual, a proposta certa para a busca do equilíbrio perdido.
Renovado com profundo respeito pelo ambiente de requinte que dele emana, o Grande Hotel oferece à sua clientela a privacidade e o tratamento personalizado impostos como antídoto do stress da vida moderna.
GrandeHoteldasCaldasdaFelgueira-CaldasdaFelgueira3525201CanasdeSenhorimTel.232941740 geral@grandehotel-caldasdafelgueira.pt

Hotel Apartamento Pantanha (H.Apt. ***)Av. Dr. Aurélio G. Santos-Caldas da FelgueiraTel: 232 94 99 95Fax: 232 94 99 99

Pensão Maial (Pensão 2ª)Caldas da Felgueira3525-202 Canas de SenhorimTel: 232949239

Pensão Moderna (Pensão 2ª)Caldas da Felgueira3525-202 Canas de Senhorim Tel: 232944261
Apartamentos Turísticos Natália (Apt. Tur. ***)Caldas da Felgueira3525-202 Canas de Senhorim Tel: 232949740

Anos 70

Paço _ 1977

24/02/2006

400

Cartaz da 400º Edição do duelo Paço vs Rossio

2006_Carnaval_ Pré-Escolar_ 1ºCiclo





fotos http://www.diarioregional.pt/

O Carnaval da Criança encheu as principais ruas de Canas de Senhorim com muita alegria , folia , cor e imaginação.(...)Pré-escolar e 1º Ciclo do Ens. Básico do Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim desfilaram (...) com a participação de quatro centenas de crianças oriundas de escolas e jardins de infância de AGUIEIRA, LAPA DO LOBO, VALE DE MADEIROS, PÓVOA DE STº. ANTÓNIO, URGEIRIÇA e CANAS DE SENHORIM.
adaptado de Diário Regional de Viseu
director Adriano CalléLucas -Rua Alexandre Herculano 198 1.º E 3510 VISEU diarioviseu@diarioregional.pt

23/02/2006

Paço_1977

Bairro do Paço como tu não há igual...

Rossio _1977

No Rossio tens o pão
A escola a estação
A capela até
Não digas mal do Rossio
Onde irás morar um dia!

Paço_2005 (II)




o meu bairro é o PAÇO


fotos enviadas por Amef

2006_400º Edição Já Na Rua!

arranque do Carnaval 2006....
O "Carnaval Escolar" desfilou pelas ruas de Canas....
posted by (foto) ratzinger in http://canassemcensuras.blogspot.com/

Carnaval 2005_Paço



sou a alma...

folia

arte

fotos enviadas por Amef

20/02/2006

Património da Humanidade*

O Carnaval de Canas de Senhorim
António João Pais Miranda
in Canas de Senhorim História e Património
Resultando da rivalidade entre dois dos bairros mais representativos da terra,(Paço e Rossio) o Carnaval de Canas de Senhorim, segundo reza a história, desde há 300 anos se vem realizando regularmente, sempre actual e rejuvenescido, sem todavia por em risco a genuinidade que o caracteriza.
Para além de integrar motivos comuns a outros carnavais designadamente o cortejo alegórico, que nos principais dias da festa, calcorreiam as ruas da vila, o Car­naval de Canas detém todavia, características muito próprias que lhe conferem um cunho extremamente popular, sendo estes festejos carnavalescos, considerados"sui generis na região.
Logo a partir do primeiro dia de Janeiro e antecedendo a data que o calendário propõe para a realização do Carnaval, os canenses vivem de forma intensa toda uma série de brincadeiras inofensivas, quase todas redundando em motivo de confrater­nização entre novos e velhos.
Efectivamente, o que para o comum dos cidadãos nada quererá dizer, tem para as gentes de Canas um significado especial. Referimo-nos aos célebres pizões, pane­ladas, farinhadas, cegadas, batatada, queima do entrudo, etc., que constitui a parte mais rica do Carnaval desta industrial Vila.
Os pizões, por exemplo, são uma inofensiva brincadeira, consiste em depen­durar de uma pedra presa por um cordão a porta do canense visado, sendo o mesmo accionado de longe, o que obriga os proprietários a levantar-se, seja a que horas for da noite, e vir até à porta saber quem é. É claro que nunca sabem quem os procura. Ocasiões há no entanto, em que este pizão tem um sentido polivalente, pretendendo motivar uma confraternização entre visitante e visitado. Daí o facto comum de às tantas horas da noite se assar umas chouriças caseiras acompanhadas de broa e do famoso vinho do Dão. Quanto à farinhada, "pobre" da cachopa da terra que tenha a veleidade de, na segunda feira de Carnaval até ao meio dia, sair à rua, nem que seja para ir à fonte. É que os jovens foliões nessa manhã, estão de olho à espreita para enfarinhar a primeira que lhes surja pela frente. Se as farinhadas são mais destinadas às jovens, o mesmo não acontece com as paneladas, que nor­malmente visam atingir os mais velhos da localidade. Pela calada da noite ou do dia, uma panela de barro cheia de bogalhas, é arremessada sub-repticiamente para o inte­rior das silenciosas habitações provocando desusado estrondo, e pondo, natural­mente os cabelos em pé das velhinhas atingidas. Mas, também aqui, as bogalhas podem dar lugar a nozes ou avelãs, quando se pretende agradecer algo a alguém.
Como nota curiosa, registe-se que quando o visado não recebe bem a folgança, o que raríssimas vezes acontece, os promotores não desistem. Antes pelo contrário redobram a malícia e só param quando forem aceites.
*Pizão a Património da Humanidade por proposta de Cingab in http://canasesenhorins.blogspot.com/

Carta Aberta do Povo de Canas de Senhorim ao E.xº Sr. Pres. da República

Será que, a propósito ainda da sua visita a Ne­las, e nesse enorme e divergente contexto de notícias, comentários e blogues subsequentes - na imprensa, na televisão, do chefe da Casa Civil da PR, do Prof. Marcelo, até ao director de Informação, Luís Marinho -, ainda valerá a pena dizer essa coisa que é a verdade?
Será que, nesta efabulação toda, nesta ceno­grafia imensa de coisas aparatosas, próprias de um Estado policial desde o absoluto secre­tismo a propósito de uma visita a um pacato concelho do país, até à patética fuga da sua comitiva presidencial por caminhos fazendei­ros, passando pela montagem de um autêntico cenário de guerra na região, cercando-a de ar­mas, polícias, cães e canhões de água -, ainda será justo, será útil, será oportuno, adiantar essas coisas circunstanciais e menores, que são os factos? Julgamos que sim.

Daí, esta carta aberta do povo de Canas de Senhorim e a V. Exa. endereçada.
E que verdade? E que factos? Vamos, primeiro, aos factos.

1- No dia da deslocação de V. Exa. a Nelas, na quinta-feira, dia 9 de Fevereiro de 2006, a população de Canas de Senhorim, em lugar de dar demasiado realce a mais uma visita sem qualquer utilidade social, económica e política, antes preferiu fazer o que sempre fez, trabalhar;
2 - Para lá disso, ficou apenas o registo de um minuto de silêncio e o exercício do direito à crítica levado a efeito pelos Canenses, junto da comunicação social;
3 -E, no entanto, V. Exa., aqui e ali, continua a associar às peripécias que rodearam essa sua visita à iminência de manifestações violentas, verbais e mesmo físicas, por parte do povo de Canas de Senhorim.

Na verdade, esta manipulação dos factos define bem os poderes do Presidente da Re­pública na sua dimensão mais autêntica.
Porquanto, de facto o PR possui o poder de vitimar-se, nem que, para isso, se sonhem ma­nifestações violentas das Canenses, quando estes, pelo menos desde há 810 anos, sempre se caracterizaram como um povo digno, tra­balhador e pacifico.
De facto, o PR possui o poder de visitar os concelhos deste país no modo que entender, seja de forma solene ou no desprezo dos mu­nícipes, seja com protocolo de Estado ou em passeio geográfico.
De facto, o PR possui o poder de comprometer-se, primeiro, com a criação do Concelho de Canas de Senhorim e dar, depois, o dito por não dito aos seus habitantes.
De facto, o PR possui o poder, até, de promul­gar ou vetar os concelhos, entretanto aprova­dos pela Assembleia da República, consoante critérios, ainda hoje, incompreensíveis.
Acontece é que, por muitos poderes que um Presidente da República tenha, não há poder que consiga sobrepor-se, ainda, ao poder da vontade de um povo. Ou seja, à nossa determi­nação em lutar pela restauração do Concelho de Canas de Senhorim.
LUÍS MANUEL ABRANTES PINHEIRO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE CANAS DE SENHORIM E LÍDER DO MOVIMENTO DE RESTAURAÇÃO DO CONCELHO DE CANAS DE SENHORIM

19/02/2006

Património

Canas de Senhorim_largo do Rossio_Anos 50


[...] As marchas do Rossio e do Paço transformam as ruas, dando-lhes um colorido e alegria verdadeiramente singulares. Cada bairro tenta superiorizar-se ao seu rival, em imaginação, em alegria, ineditismo, música.(...) É o Carnaval de Canas de Senhorim. É o espectáculo do Povo e para o povo.
António João pais Miranda_in Canas de Senhorim_ História e Património _JFCS

Carnaval com História

Lembrança da Marcha do Rocio de 1953 _180 pares_

Canas de Senhorim_ Bairro do Paço,1977

14/02/2006

Já cheira...

foto in _http://folhadal.blogs.sapo.pt

Carnaval de Canas de Senhorim- 400 anos anos de folia e liberdade!- genuinamente português-único no mundo com dois bairros em disputa!![Paço e Rossio]
- Perdão!! , único durante 370 anos porque nos últimos 30 tem convivido com uma cópia mal tirada, mas bem paga!!
O Entrudo

Mais que uma rua


Eu nasci e vivo em Oeiras, no entanto durante um ano vivi em Canas de Senhorim. Garanto-lhes que aquela população sofre bastante e é discriminada todos os dias. As barbaridades vão desde a falta de investimento à simples, mas grave, recusa de emprestar o autocarro da câmara para visitas de estudo simplesmente por ser para a Escola de Canas. Por saber o que se passa eu apoio a criação do concelho de Canas, pois é a única forma de Canas de Senhorim e as freguesias envolventes recuperarem efectivamente o tempo perdido. Também quero frisar que apesar de toda a discriminação, o povo de Canas tem muita iniciativa. Tal é que realiza diversas actividades, como um bom e grande Carnaval plenamente Português, uma feira medieval e até teve uma Canas Parade (um camião com música a percorrer as ruas de Canas). principalmente numa terra em que nenhum poder (local, ou nacional) presta cuidado algum.(...)PS: Canas de Senhorim é bem mais que uma Rua.
PedroFFM in o-espectro.blogspot.com

13/02/2006

O Sr. Serra [por Biotecmaster)

Acho que este sr.(Serra) perdeu uma boa oportunidade para ficarmos a pensar que ele não lia blogs... Atirar areia para os olhos é solução? Alguém acredita que a visita não foi planeada em segredo? Foi esquecimento o facto de terem publicado as informações detalhadas das visitas a todos os outros concelhos, faltando apenas o de nelas? Será que se realmente quisessemos que houvesse uma manifestação "agressiva" teria sido esta visita relâmpago que o teria impedido? Houve manifestações em nelas, se o sr Serra estivesse tão atento ao que se passa no país como está aos blogs certamente teria dado conta, uma vez que não foi nem uma nem duas vezes! Quanto ao ponto 4, sem dúvida que esta história está recheada de episódios de violência, desde garotos de escola mal atendidos na CMn para um simples trabalho de escola, quando se aperceberam que eram de Canas, desde anos e anos de abandono patrocinado por essa mesma Presidência da República.(...) Sou de Canas de Senhorim, e tenho orgulho de o ser.
comentário de Biotcmaster in o-espectro.blogspot.com em resposta ao sr. Serra da casa civil

Censura presidencial?

RTP retirou da emissão insultos a Jorge Sampaio
Marina Almeida*
A jornalista da RTP Maria João Barros "recebeu instruções" de coordenadores da RTPN para não difundir imagens que mostravam os populares de Canas de Senhorim a bater palmas e a chamar mentiroso ao Presidente da República.O episódio aconteceu na quinta-feira, durante a visita supresa de Jorge Sampaio a Nelas. A jornalista que acompanhava o Presidente fez um directo às 10.00 para a RTPN que terminava com uma manifestação dos populares apupando Sampaio. Mais tarde, foi contactada pelos coordenadores da RTPN, no Porto, para não voltar a passar essas imagens. Maria João Barros vai expôr formalmente o caso ao Conselho de Redacção da televisão pública e não se quer alongar em comentários antes de o fazer. Apenas diz que em "17 ou 18 anos de RTP" nunca lhe tinha "acontecido ser impedida de dar um plano de uma coisa que aconteceu porque é um insulto".A indicação de omitir as referidas imagens do protesto partiu da Direcção de Informação, assumiu ao DN Luís Marinho, o seu responsável máximo. "Entendemos que não devemos divulgar insultos ao Presidente da República", disse. "As pessoas tem todo o direito de o fazer e nós de não o divulgar", referiu. De acordo com Marinho, as imagens "passaram uma ou duas vezes", não só na RTPN como até terão entrado no Bom Dia Portugal (programa informativo das manhãs da RTP). "Ao fim da manhã, considerámos que não acrescentavam rigorosamente nada às notícias e não deviam ser difundidas" diz o director de Informação. "O que eu não quis foi que se eternizassem na emissão", sublinhou.Confrontado com a existência de pressões externas, Luís Marinho rejeita-as liminarmente. "Há situações limite e esta foi uma delas", disse, assumindo que este tipo de casos "não são comuns mas quando acontecem, são analisados".(...)
*com Filipe Morais
http://dn.sapo.pt/2006/02/11/

37minutos 23segundos e 57 milésimos [por Cingab]

O Dr. João Serra esquece muitas coisas, mas nós em Canas não esquecemos. Ele, para mim, era o manobrador da marioneta que é Sampaio, ele já jantou, muitas vezes, com os líderes do MRCCS, ele foi testemunha das mentiras que sempre nos fizeram e, reparem que nunca foram desmentidas… Esses senhores, independentemente da sua opinião, enganaram Canas de Senhorim…
Ponto por ponto 1- Nunca esteve preparada uma manifestação em Nelas. Esteve apenas em discussão. O seu “SIS” deveria estar mais bem informado 2- Os habitantes de Canas de Senhorim votaram contra o antigo presidente, não a favor desta. 3- O Sr João Serra critica, e bem, a violência verbal e física mas esquece a violência psicológica de que ele na sua casa civil é mestre. Os populares de Canas de Senhorim já se manifestaram em Nelas e várias vezes 4- O Conflito tem uma longa história, pois tem!5- As cautelas devem-se ao facto de se ter medo e de assumir de uma vez por todas quem é aldrabão 6- Não esteve 30 minutos não sr, talvez 37m, 23 segundos e 57 milésimos, não foi preparada em segredo, mas foi?!?!?!? Imaginem que a Presidente de Câmara nem sabia!... E o carro sem as bandeiras presidenciais? PS. Todos têm o direito de ser contra a criação do Concelho de Canas, mas é revoltante haver mentirosos nos mais altos cargos da nossa república.
canasesenhorins.blogspot.com cingab.blogspot.com comment de Cingab inhttp://o-espectro.blogspot.com/

Gente [por Amef]


As grandes verdades ficam sempre no tinteiro! E as nossas verdades são a discriminação a que temos sido vetados pela C.M.Nelas, a diferença de tratamento das nossas Associações por aquela autarquia, o desvio de investidores para a sede do concelho, o mau estado das nossas infraestruturas, a falta de água nas nossas torneiras (enquanto em Nelas se regam os jardins públicos e privados...), o ser olhado de lado, etc, etc.Muita gente desconhecerá que Canas de Senhorim apresentou o seu primeiro projecto de autonomia autárquica em simultâneo com Amadora e Vizela, "via" CDS, no longínquo ano de 1976! Obviamente que temos perfeita noção das grandes realidades que são aquelas duas importantes Autarquias... e não queremos comparar o nosso caso! Mas, então, também não temos o direito a ser grandes? Com tantas vozes contra nós, está visto que não! Amo muito a minha terra e gostaria que os nossos filhos tivessem, aqui, perspectivas de futuro! Mas quando um presidente de câmara diz que... "indústrias no meu concelho, ou em Nelas ou fora dele!", parece-me que não há futuro...Para os que duvidam desta realidade fica o convite: Venham a Canas, dois ou três dias, e verão que sairão daqui com outro pensar!É que Canas não é só uma rua com casas de cada lado... Tem cá gente com direitos iguais aos de outras terras que têm muitas ruas com casas dos dois lados, e mais altas!Também pagamos IRS...

Pobre democracia a nossa!*

Hotel Urgeirica, Canas de Senhorim, Viseu, Beiras, Portugal for business and holiday accommodation
Saiu engalanado, com o traje do­mingueiro, pouco depois dos pri­meiros raio de sol surgirem no céu. Auxiliado pela muleta, que usa há mais de dez anos devido à velhice, dirigiu-se à rua central da vila de Nelas. Afinal, era dia de festa! Vi­nha aí o mais alto representante da nação. O Presidente da República, Jorge Sampaio, tinha anunciado a sua primeira visita ao concelho e não queria perder a oportunidade de o ver ao vivo. "Para ver se é tão simpático como na televisão!" Além disso, também queria "cumprimen­tar a Dr. a Maria José Rita". Esperou. Esperou. Esperou. Uma. Duas. Três horas. O relógio marcou as llh00. Nada! Uma vizinha explicou-lhe, quase aos gritos - talvez por pensar que idade é sinónimo de surdez -,
que "na rádio disseram que [o Presidente] não ia à vila, por causa de Canas de Senhorim".
O triste episódio retrata o sentimento que se viveu em Nelas na passada quinta-feira. Enquanto várias dezenas de pessoas se concentravam junto às principais ruas da vila para receber Sampaio, este utilizava estradas secundárias para chegar ao concelho que nos últimos oito anos tem feito as primeiras páginas e aberturas de noticiários, devido à luta separatista da freguesia de Canas de Senhorim.

Apesar do segredo absoluto feito em volta do programa presidencial, apenas é conhecido por alguns dos colabora­dores mais próximos do Presidente, a visita foi alterada à última hora. A própria presidente de Câmara de Nelas, Isaura Pedro, esperava Sampaio no Centro de Estudos Viti­vinícola do Dão, quando foi informada de que o Presidente ia, afinal, deslocar-se à zona industrial e visitar a empresa Coldkit Ibérica. Até lá, o carro da Presidência da Repúbli­ca circulou sem as habituais bandeiras de Portugal, numa tentativa óbvia de passar despercebido.
O líder do Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS), Luís Pinheiro, tinha avisado que a visita era considerada uma "humilhação" e uma "pro­vocação" à freguesia. E, ainda que estivesse a "tentar conter a revolta dos populares", admitiu que tudo podia acontecer! Por isso, um forte dispositivo policial, que incluiu pelo me­nos oito carrinhas com elementos do Batalhão Operacional da GNR (estacionadas a pouco mais de um quilómetro da empresa visitada por Sampaio), foi mobilizado.
Mas, mesmo assim, o Presidente preferiu não arriscar. Para evitar que a sua última Presidência Aberta ficasse manchada por alguma manifestação ou por alguns apupos e vaias, Sampaio optou por chegar e partir quase em segredo. Não tivesse a comunicação social anunciado previamente que Nelas se incluía entre os 11 concelhos a visitar e a passa­gem-relâmpago -45 minutos - do chefe de Estado por aquele município seria muito similar à que José Sócrates realizou
em Dezembro a Cabul, onde almoçou com os militares em missão no Afeganistão. Salvas as óbvias diferenças, já que a visita do primeiro-ministro durou cerca de quatro horas, além de não ter tido necessidade de seguir por estradas se­cundárias.
Plagiando um participante do Fórum da TSF, "pobre o pais que recebe O seu Presidente com fanfarras e bombos", mas mais pobre é o Presidente que tem de se esconder para passear pelo seu próprio pais. Será que a "ameaça" de Canas de Senhorim justificava realmente tanto segredo? Será que algumas dezenas de manifestantes, na maioria idosos "armados" com bandeiras, justificariam a mobilização de um tão grande aparato policial? Será que Jorge Sampaio, quando vetou o decreto-lei que permitiria a criação do município de Canas de Senhorim (o que lhe valeu o epíte­to de "inimigo" da causa), não agiu, afinal (como prefiro acreditar), de acordo com a sua consciência e por causas objectivas?
Atrevo-me a plagiar agora Luís Pinheiro, utilizando a palavra "humilhação". Saiu humilhado o concelho, es­pecialmente as populações de Nelas e Canas, o executivo municipal, que foi ludibriado, e o próprio Presidente da República, que agiu como se tivesse algo a temer. Pobre democracia a nossa!.
*Crónica de Maria Albuquerque in Público de 13 de Fev 06

A Presidência da República no seu melhor!


CARTAS
De João Serra, Chefe da Casa Civil da Presidência da República, sobre a visita de Jorge Sampaio a Nelas.
Visita de Jorge Sampaio a NelasOs jornalistas não relataram que:
1. A pretexto da projectada visita do Presidente a Nelas, estava preparada uma manifestação e uma contra-manifestação (a primeira da iniciativa da Junta de Freguesa de Canas de Senhorim e a segunda da iniciativa do núcleo de apoiantes do anterior presidente da Câmara de Nelas).
2. O anterior presidente da Câmara de Nelas perdeu as eleições para a actual Presidente em boa parte porque os habitantes de Canas de Senhorim decidiram votar nela.
3. A ameaça real de confronto físico e da provável intervenção policial destinava-se pois a provar que a actual maioria Camarária não tinha capacidade de conter os ânimos dos manifestantes de Canas de Senhorim (de facto enquanto José Correia foi Presidente da Câmara de Nelas, nunca canenses se manifestaram em Nelas).
4. O conflito tem uma história longa, de que lhe poderei falar também longamente se tiver algum interesse nela. Mas sempre lhe direi que essa história está recheada de episódios de violência: tiros contra a comitiva do Primeiro-Ministro Sá Carneiro, árvores a impedirem a passagem do Primeiro-Ministro Cavaco Silva, cortes de linhas férreas, etc, etc.
5. A ida do PR a Nela rodeiu-se de algumas cautelas com vista a:a) evitar violência;b) não interferir no jogo político local, fortalecendo ou fragilizando qualquer dos protagonistas;
6. Nesse sentido, foi julgado preferível visitar um empresa a visitar uma instituição municipal (acontece isso em muitas visitas a concelhos).
7. Quanto ao resto:a) é falso que o PR só tenha estado 30 minutos em Nelasb) também não é verdade que a visita tenha sido preparada em segredoc) ou melhor, foi preparada em segredo dos membros do Movimento de Canasd) estou pessoalmente convencido de que alguma comunicação social queria e tudo fez para que houvesse confronto e ficou "decepcionada" com o PR.
Quanto à sua interpretação sobre a forma como o PR resolveu a passagem por Nelas, não devo discuti-la. Gostaria apenas que pudesse ter em conta que o contexto da decisão que tivemos de tomar é mais complexo do que pode parecer.
João Serra

visita clandestina


O Presidente da República empreendeu uma visita clandestina a Nelas, onde se escondeu durante trinta breves minutos, antes de zarpar em sossego para Penalva do Castelo. Para evitar Canas de Senhorim e a sua já antiga histeria, o dr. Sampaio decidiu portar-se à altura de um foragido: reduziu a “visita” ao mínimo, elaborou um programa “secreto”, com direito a alterações “secretas” e só não usou um disfarce porque conseguiu passar mais ou menos desapercebido. Belo exemplo! Bela forma de representar o Estado!
Constança Cunha e Sá

...andar à sorrelfa pelo País é um triste desfecho!



Um Presidente não apanha canas
Joana Amaral Dias
Psicóloga genecanhoto@hotmail.com

Podia o Presidente da República ter escolhido um epílogo mais atabalhoado para os seus mandatos? Não. Pior era difícil.A ideia de visitar todos os concelhos tinha um lado interessante alertar para a estrita necessidade do reordenamento do território. Mas Sampaio baralhou. Começou por garantir que não falaria sobre a regionalização e terminou a dizer que esta é o que os portugueses querem. No meio da manta de retalhos enriçada que é o País, o mote "308 concelhos" soou como um slogan de uma volta a Portugal em três mil dias. Há muito que o problema da elevação a concelho de Canas de Senhorim e do conflito com Nelas se arrasta. Com que objectivo Sampaio escolheu, para remate, a reactivação de uma polémica? Podia ser para terminar corajosamente os seus mandatos. Iria a Nelas, não obstante as manifestações, coerente com o seu veto ao concelho de Canas e mantendo que, na sua perspectiva, optou pelo melhor para o País.Mas não. Sampaio preferiu uma espécie de agenda secreta e passou por Nelas à tangente. Um Presidente nos finalmentes, a andar à sorrelfa pelo País, é um triste desfecho. Para quê, então, Nelas? Para poder dizer que "visitou todos os concelhos de Portugal", exibindo uma espécie de caderneta rústica?Uma jornalista da RTP recebeu ordens para não mostrar os protestos (consentâneas com o comentário de Sampaio, assegurando que nestes dez anos não recebeu um único insulto dos portugueses). Em resposta a um texto de Constança Cunha e Sá (o-espectro.blogspot.com), João Serra, chefe da Casa Civil da Presidência da República, enviou-lhe uma carta. Um comunicado presidencial para um blogue honra a blogosfera. Contudo, por mais considerada que seja CCS ou por mais que se admitam divergências nas linhas editoriais, para quê toda esta clandestinidade?Os primeiros cinco anos de Sampaio foram apáticos. E basta lembrar Guterres, para lembrar que havia muito que fazer. No segundo mandato a decisão de não dissolver logo o Parlamento, na sequência da debandada de Durão, acabou por ter consequências gravíssimas. A totalidade dos efeitos dos silêncios de Belém, sobre os mais variados assuntos, designadamente sobre a crise na justiça, ainda está por apurar. Contudo, a ponta do icebergue é grande. Mas enfim... Sampaio visitou todos os concelhos e não recebeu nenhum insulto. Pode ir descansado. Nós por cá ficaremos, sabendo que o futuro presidencial ainda é menos prometedor.
in DN 13 fev06

Lição de humildade e civismo


Um minuto de silêncio "indignado"
"Foi o coveiro dos nossos sonhos!" A frase exibida ontem num cartaz em Canas de Senhorim exprime bem o sentimento dos habitantes locais , que se concentraram em sinal de protesto pela visita do PR. Enquanto o chefe de estado visitava uma empresa em Nelas, os sinos da povoação , que há mais de 30 anos luta pela elevação a concelho, tocavam a rebate e os contestatários cumpriam 1 minuto de silêncio, em sinal de luto, em frente à Junta de freguesia , onde foram colocadas bandeiras a meia haste e penduradas várias faixas negras na fachada . Apesar da "vontade da população de se manifestar" em Nelas, o MRCCS"convenceu" as pessoas a não aceitar a "provocação"do PR, até porque o programa oficial da visita àquele município não foi previamente divulgado. Segundo o líder do MRCCS, Luís Pinheiro, com este protesto silencioso, Canas de Senhorim deu uma lição de humildade e civismo" ao país."Sentimo-nos humilhados com esta visita, mas tomámos a atitude mais sensata, porque , se fôssemos lá, iria haver "uma explosão verbal do povo", sublinhou, acrescentando que isso poderia prejudicar a própria luta da freguesia. Pinheiro considerou que a passagem-relâmpago cerca de 45 minutos- pelo concelho, utilizando estradas secundárias , foi "uma trapalhada" que humilhou não só Canas mas também a vila de Nelas" e que "reflete o comprometimento" do PR com a freguesia.
Maria Albuquerque in Público 10 Fev

12/02/2006

Coldkit Ibérica

SAMPAIO PASSOU POR NELAS "ESCONDIDO"
Envolvida em mistério , a passagem pelo concelho de Nelas do presidente consumou-se com a visita a uma fábrica de equipamentos frigoríficos.
Nelas acordou sob uma apertada vigilância policial. E deserta. À mesma hora Canas de Senhorim vestiu-se de luto. Uma tarja preta colocada na sede da junta de freguesia simbolizava-o. Num protesto simbólico, um grupo de habitantes concentrou-se em frente da sede da JF e guardou 1 minuto de silêncio. Os sinos tocaram a rebate!
Filomena Fontes in Público 10 fev06

08/02/2006

LUTO

in http://amalinguacanense.blogspot.com/

"Estou solidário com a vossa LUTA
...que na minha opinião, é uma das mais notáveis que Portugal tem tido, e que tem sido tão mal entendida, tão pouco acarinhada e tão pouco respeitada."
"Eu penso que o veto presidencial foi um atentado à democracia "
Boaventura Sousa Santos

02/02/2006

400º Carnaval de Canas de Senhorim

O carnaval essa época maravilhosa de harmonia, alegria e paz com a natureza, o sol brilha, os passarinhos chilreiam etc etc :D Ca~rnaval em Canas...mais um.. foi lindo, e l íamos nós dé motoqueiros e alegres da vida no Paço (esse grande bairro - que mais uma vez encostou o Rossio) curtir mais uma vez esse grande evento, o maior da peninsula ibérica a seguir aos jogos olimpicos de 92 e ao euro 2004 claro... acreditem, n hà palavras pa descrever o carnaval naquela terra, só visto... .

01/02/2006

O Sr. Ex-Presidente assim quis!*


"Os Presidentes da República e os governos passam e a nossa luta continua!"
Luís Pinheiro, in Público 1-2-06

A Luta pela Restauração do secular Concelho de Canas de Senhorim deveria ter terminado com a festa de 1 de Julho de 03, depois de conhecida a decisão da Assembleia da República que aprovou o diploma de criação do Concelho de Canas de Senhorim, com os votos favoráveis do BE, PCP, Os Verdes, PSD e CDS PP. Com a tardia e injustificada decisão de vetar, considerada humilhante pelos canenses e de atentado à democracia por Boaventura.S.Santos, J Sampaio obrigou o povo de Canas a um penoso regresso à luta por uma JUSTA E GRANDIOSA causa colectiva.

Justa, porque procura reparar um conjunto de injustiças que começam com a cruel extinção de um dos mais antigos Concelhos de Portugal e se estenderam aos recentes anos de "hostilização sistemática, de desinvestimento e de violência simbólica" de que fala Ana Mouraz referindo-se à tutela autárquica, passando pela longa mordaça fascista.

Grandiosa porque enraizada no povo. Grandiosa ainda porque resiste, no interior esquecido, maltratado e agora humilhado de Portugal e no interior de todos os que clamam e lutam pela Liberdade!

*bloguista devidamente identificado "jmf"