Canas OnLine

31/07/2007

2 de Agosto. Feriado Municipal de Canas de Senhorim



[...] a data fundadora das reivindicações em Canas, referida constantemente nas conversas e celebrada anualmente, é o 2 de Agosto de 1982. Em Março de 1982, o Centro Democrático Social (CDS) tinha apresentado na Assembleia da República um projecto de lei para a criação do concelho de Canas de Senhorim. Tal iniciativa legislativa, institucionalizando politicamente a luta pelo concelho e congregando os diferentes sectores da população de Canas, faria reactivar o processo reivindicativo na localidade. Em Maio desse ano, a Comissão Pró-Criação do Concelho dava uma conferência de imprensa onde apresentava como exigências a criação de um código postal próprio, a paragem dos comboios rápidos, um posto clínico e a subida a discussão na Assembleia da República do projecto apresentado pelo CDS (Jornal de Notícias, 1 de Maio de 1982). Este jornal adoptou, nesta época, uma posição favorável às reivindicações do Movimento de Canas publicando várias notícias que denunciavam as condições deploráveis das infraestruturas na freguesia e enquadrando historicamente a luta pelo concelho (JN, 20 de Maio e 1 de Julho de 1982).
A 30 de Julho de 1982 o projecto de lei do CDS não foi votado na Assembleia da República por falta de quórum. A 2 de Agosto de 1982, a população de Canas concentrou-se junto à estação dos Correios para não deixar sair a correspondência e exigir um código postal próprio. Constatando as pessoas que a correspondência tinha sido retirada antecipadamente, o edifício foi tomado pela população. De forma espontânea decidiram de seguida ir cortar a linha de caminho de ferro. Como salienta o articulista do JN, esta medida tinha um grande impacto devido ao facto de a linha ser internacional e servir como ponto de passagem de muitos emigrantes. Foram retirados mais de 100 metros de carris. Entretanto, a Guarda Nacional Republicana (GNR), aproveitando o facto dos populares estarem concentrados na linha férrea, tinha ocupado o edifício dos CTT. Tocou a sirene e o povo voltou aos Correios. A GNR utilizou a força, resultando 5 feridos entre os populares e alguns guardas feridos sem gravidade. A população retomou o edifício, ficando de piquete. Quando os populares voltaram à linha depararam com a presença do Corpo de Intervenção da GNR. Foi estabelecido um acordo com o comandante da GNR. A polícia não intervinha e as pessoas permaneciam na linha.
No dia seguinte, após reunião com autoridades no Governo Civil de Viseu, o Movimento, em plenário popular, decidiu levantar o bloqueio. Foi também decidido observar, a partir de então, o 2 de Agosto como símbolo do futuro concelho de Canas, contra o feriado municipal de Nelas que se celebra a 24 de Junho (JN, 4 de Agosto de 1982).
A 26 de Setembro de 1982 seria inaugurada uma placa comemorativa do 2 de Agosto. Até à actualidade só por um ano esta data não foi comemorada. A comemoração reveste um carácter popular e solidário, sendo distribuídas sardinhas, vinho e broa gratuitamente a todos os presentes. [...] Mas, mais importante, esta data ficou a marcar na memória colectiva a capacidade de mobilização da população à volta do ideal de restauração do concelho, projectando a luta a nível nacional. Foi a primeira acção violenta no processo reivindicativo do concelho, mostrando a vontade de resistência local às imposições das autoridades concelhias, distritais e nacionais. A comemoração anual dessa data inscrevia na prática a memória da resistência e da solidariedade.

José Manuel de Oliveira Mendes
Uma localidade da Beira em protesto: memória, populismo e democracia

27/07/2007

As Meninas da Floresta

O IPJ (Instituto Português da Juventude) lançou novamente este ano um programa de voluntariado para a protecção florestal. Este programa consiste em pôr jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos de idade a patrulhar as florestas da sua zona de residência, em bicicleta, orientados pela corporação de bombeiros dessa mesma zona.



Para publicar este post, fui ao encontro de duas destas voluntárias, a Inês e a Joana. A zona de vigilância de hoje era na Quinta da Vitória, onde se tem uma vista privilegiada sobre o Vale do Mondego. Quebrando-lhes um pouco a sua rotina de vigia, tentei perceber o motivo que as levou a "perder" 15 dias das suas férias. Percebi, pouco depois, que o que as levava a estar ali era o amor pela sua terra e o amor pela natureza, a vontade de dar um bocadinho de si sem receber nada em troca.

Apesar de serem 15 dias cansativos, a calcorrearem os caminhos da nossa zona em bicicleta, segundo elas e segundo muitos outros jovens que participam neste programa, é uma experiência a repetir.

26/07/2007

Uma “jóia” em mau estado.

Uma das “jóias” da nossa terra parece estar em mau estado de conservação.
Embora as promessas sejam muitas as queixas e problemas subsistem e tem tendência a aumentar.
[...] Operadores turísticos das Caldas da Felgueira queixam-se da falta de investimento naquela localidade ao longo de décadas, apesar de ser um dos principais pólos turísticos do concelho de Nelas, com milhares de pessoas a frequentarem as suas termas.
Situada na região Dão Lafões, no distrito de Viseu, as Caldas da Felgueira são um pequeno aglomerado populacional. As suas águas, que começaram a ser usadas no início do século XIX, servem sobretudo para tratar males de foro respiratório, músculo-esquelético e dermatológico.
Problemas no pavimento, na iluminação e no saneamento e a falta de espaços agradáveis para passear e brincar, nomeadamente um jardim e um parque infantil (que existe mas está fechado) são algumas das queixas[...] As opiniões de que vive e convive com o problema:

Isabel Pires, da família proprietária do Hotel Pantanha e da Pensão Moderna;
“O problema é que esta Câmara e as anteriores não olham para Caldas da Felgueira como um ponto importante de riqueza do concelho. Mas estamos a falar de clientes que vêm e ficam cá 15 dias”, afirmou. “Então entende-se que se ande há anos a pedir para pôr um candeeiro ou um bocado de alcatrão? Outro problema é a falta de sinalização (a indicar as termas), a que existe foi paga pelos hotéis”.
“Mostram muita boa vontade, mas isso não chega, porque hoje em dia o cliente não é como há 20 anos atrás. Não quer só comida e dormida”,
considerou.


Adriano Barreto Ramos, director-geral da Companhia das Águas Medicinais da Felgueira;
Que, ainda assim, prefere dar “o benefício da dúvida” a este executivo antes de o criticar. Lembrou que a sociedade Patris Capital só em Fevereiro adquiriu a companhia e o Grande Hotel e que “a Câmara tem mostrado vontade em fazer as coisas”. “Há realmente muito a fazer em Caldas da Felgueira, porque hoje em dia o termalismo não pode ser só encarado na sua vertente terapêutica. Há que apostar numa perspectiva preventiva, de bem-estar e de beleza”. Neste âmbito, as termas são procuradas por “turistas de classe alta e média alta”. “Não pode haver buracos na rua, jardins por arranjar e um parque infantil fechado”, defendeu. António Minhoto, proprietário do Quiosque Sombrinha;
Também, considera que os vários executivos camarários “não têm demonstrado interesse por este pólo turístico”. “Caldas da Felgueira representa apenas cem eleitores, ainda por cima divididos por duas freguesias (Nelas e Canas de Senhorim) e, por isso, não tem interesse eleitoral”, referiu.

Soluções?.....Promessa!

O vice-presidente da Câmara de Nelas, Osvaldo Seixas, admitiu que Caldas da Felgueira “têm falhas estruturais graves com 20 anos, nomeadamente ao nível do saneamento, estradas e falta de estacionamento”. No entanto, garantiu que a autarquia está a tentar resolver alguns dos problemas.

Estaremos cá para ver.

#trabalho elaborado com base num artigo de opinião publicado no “ O Primeiro de Janeiro”#

25/07/2007

Ainda sobre a "Alvorada"

por Cingab

Correndo o risco de parecer o outro da pêra do PNR e, por conseguinte, levar com uma chuva de criticas dos meus amigos "vermelhuscos", na sequência do excelente texto do Farpas, reforçado pelo PortugaSuave, apraz-me dizer o seguinte:
A sociedade está podre! O individualismo em que a sociedade caiu tornou-nos seres pouco humanos. Nós somos, cada um de nós, o centro do Universo... como só há, até ver, um Universo, a coisa não pode correr bem!...
O outro, nada tem para me ensinar, o outro sabe sempre menos do que eu, o outro será sempre um excelente serviçal, eu é que sou o chefe do "cagaçal" ... qualquer que seja ele. Os que ainda dão o seu tempo e disponibilidade em prol da sociedade são (até poderia constituir a definição de dirigente associativo) os estúpidos, os burros, os reformados, os que não têm mais nada para fazer, os que querem desviar uns dinheiros para os bolsos...
Durante a marcha de Carnaval quem manda não são os directores, se há meninos que "destroem" a marcha, que é de todos, não podem ser chamados à atenção porque amuam e ameaçam logo com um cento de coisas; no JCS, são todos uma "merda", "aquilo" não vale nada, valia mais fechar... não vale a pena dizer a verdade, que é exactamente ao contrário.
Na RAC os que ficaram com o menino nas mãos, ou seja, as dívidas de outros e respectivos processos de cessação do alvará, esses é que são os arguidos; os amigos do Canto&Encanto não valem nada só porque se deslocam na autocarro da Câmara...
Digo-vos, não é de falta de tempo que o associativismo padece, mas de reconhecimento e de pessoas que estejam para se maçar!...porque, pessoas como o Farpas já não se fabricam, tal como a Drª Ana, o Luís Pinheiro, o Amef e todos os outros que estão ou estiveram nas nossas associações... os que se maçam com um sorriso nos lábios, os que gastam gasóleo e telemóvel ao serviço da sociedade, os que têm os seus bens penhorados para que todos desfrutem de algo...
"Eu e a minha circunstância", parece ter sido modificado para o "eu sou eu e "prontos""...
Quem estará cá daqui a dez, vinte anos, para fazer o Carnaval, o Canas em Movimento ou a Feira Medieval? A resposta estará nas famílias, nas associações e nunca numa pessoa... que ninguém diga que realizou uma actividade sozinho, porque isso é o início do fim!... O que já começou a acontecer!...

23/07/2007

canção lúdica

Retirado do livro "A música tradicional na obra de José Afonso" de Mário Correia(Poderão fazer a descarga deste livro na secção "discografia e letras" do sítio da AJA.)

CANÇÃO LONGE

Canção tradicional açoriana que começou por receber arranjo da autoria de António Portugal para uma interpretação de Luis Goes. José Afonso alterou os dois primeiros versos da segunda quadra (Quando o meu amor se foi/ Sete lenços alaguei..) e procedeu à introdução da terceira quadra.


CANTA CAMARADA CANTA
Segundo Fernando Lopes-Graça, esta canção lúdica foi recolhida em Canas de Senhorim, na Beira Alta, com o título Vira-te pr'aqui ó Rosa, com uma só estrofe:


Vira-te pr'aqui, ó Rosa
Ó cravo já 'stou virado
É o brio dos rapazes
Usar o chapéu de lado

Ainda segundo Lopes-Graça: É um dos exemplares do nosso folclore em que a letra se nos afigura bem inferior à melodia. Na nossa versão à capella, que faz parte do repertório do Coro da Academia de Amadores de Música, substituímos a insípida letra original por quadras populares, que nos parecem corresponder mais cabalmente ao tónus heróico da melodia. José Afonso adoptou justamente esse texto, introduzindo-lhe apenas ligeiras alterações.

http://vejambem.blogspot.com/2007/07/novidades-no-verso-dos-versos.html

Sobre a "Alvorada!!!"

Comecei este texto como um “comentário” ao excelente editorial do Farpas “Alvorada!!!”. Depois, achei que o tema e as dúvidas suscitadas pelo autor mereciam alguma reflexão, um pouco para além do mero comentário.
Podemos fazer o diagnóstico de uma comunidade, de uma terra, avaliando a capacidade interventiva das suas Associações. Elas são o reflexo directo do “estado de saúde" da comunidade e delas se pode aferir a relação dos seus cidadãos com a terra. É preciso paixão, ter ideias e capacidade de organização... mas também é preciso que as pessoas adiram, participem nos eventos, acarinhem as iniciativas e até contribuam com algum dinheiro.
Eu creio que as Associações estão vivas, que existem pessoas com vontade e dinamismo para as promover, mesmo que por vezes o entusiasmo esmoreça... mas, essencialmente, é preciso uma adesão colectiva aos diversos projectos, é precisa que as pessoas apreciem e compareçam.
Ouço queixas generalizadas de algum distanciamento: O GDR diz que não tem ninguém nas bancadas, o Canto e Encanto tem mais espectadores fora da terra que cá dentro, o JCS está com problemas de colaboradores e muito boa gente nem sequer é assinante, o Rossio debate-se anualmente com um vazio nos cargos directivos... etc, etc.
Não é de agora a crise associativa, nem a velha e recorrente questão da falta de dinheiro explica tudo. Aliás, a questão dos apoios financeiros patrocinados pela Câmara dava pano para mangas. Uma associação, na sua génese, tem que ter fundos próprios, conseguidos pela quotização dos associados ou por receitas extraordinárias, nas quais se incluem a realização de eventos, doações ou outras iniciativas. Claro que a Câmara deve estar atenta às associações que se destacam pela sua actividade e contribuir para a sua sobrevivência, se estas forem de interesse público, mas não podem, as associações, partir desse princípio e viver nessa dependência, sob o risco de perderem a sua própria "liberdade", como, aliás, já por cá aconteceu, mesmo que pontualmente; ainda por cima quando nós próprios contestamos a "legitimidade autárquica" em que vivemos.
O que precisamos mesmo é sentir o associativismo como uma espécie de prelúdio Municipal... se é que me faço entender. O importante é contribuirmos e apoiarmos incondicionalmente estas forças vivas para que o diagnóstico sobre Canas seja positivo e o orgulho que daí possa resultar reforce a nossa ambição. A tal “Alvorada” de que o Farpas fala.

22/07/2007

Festival Tribal - Sexta e Sábado!

Ficam aqui algumas imagens de sexta!



Sábado:







Galeria com 13 vídeos do evento!

20/07/2007

Festival Tribal

Já mexe!!



Vemo-nos no recinto :)

Alvorada!!!!


Ainda te lembras amor como tudo começou? Se te esqueceste eu não!

Venha o Carlos Paredes com os seus Verdes Anos, e toque bem alto para sair à varanda e perceber o que diz o altifalante ronfanho! Do sentimento mais ou menos generalizado de saudade e frustração aparecem pequenos Oásis que nos vão fazendo sonhar e de um momento para o outro encontramo-nos num misto de crentes e descrentes! Olhando para as várias pontas do país vemos terras e terrinhas que puxam os trajes de gala no Verão como que a exibirem-se para os seus emigrantes de férias, em Canas é um pouco diferente. Temos uma Vila muito ligada ao associativismo, associações não faltam (até há algumas que não o sendo têm, pelos vistos, direitos parecidos) e lá vão subsistindo da maneira possível, tentando subir o nível de actividades culturais. Este fim-de-semana vai realizar-se na Felgueira um Festival que embora alguns considerem modesto (olhando para o panorama festivaleiro em Portugal) tem atractivos excelentes e conta com artistas que são referências no seu tipo de música, ajudando-o a crescer pode ganhar o seu espaço. O Canas em Movimento lá vai dando as suas cartas mas, não querendo ser mal agradecido, quem sentiu a versão 2006 fica um pouco desiludido com esta nova edição. A(s) marcha(s) de S. João, embora tenha tido a presença de elementos dos dois bairros só contou com uma marcha. O Jornal de Canas anda com problemas de colaboradores. Os Escuteiros continuam sem um local para reuniões. Nem tudo está mal (obviamente) mas parece que nos estamos a esquecer do quão importantes são as associações para Canas. O que faz falta? Afinal qual é o problema? Muitas vezes nem é dinheiro... falta de tempo? falta de entusiasmo?

Ainda te lembras amor como tudo começou? Se te esqueceste eu não!

19/07/2007

III Festival Tribal

SEXTA-FEIRA
(Recepção ao Campista a partir das 14:00h)a partir das 21h:- Dança do Ventre com Petra e suas bailarinasConcerto com DOM - Djambe Orchestra Mondega(
http://www.conny-kadia.cjb.net/ )Ritmos do Fogo- anca.soundsystem ( músicas do mundo - Coimbra )Tenda Electrónica
SÁBADO
durante o dia:- Free Workshops durante o dia (alinhamento brevemente)- Baby Tribal, onde os pais podem confiar as crianças para desfrutarem das actividades que propomos;- Projecção de Documentários;- Arte ao Vivo ( pintura colectiva livre - painel gigante )- Barracas de Artesanato( Se queres inscrever-te contacta festivaltribal@gmail.com)- Desportos radicais (
www.radioactiva.pt )( rappel, slide, canoagem, passeios de barco, tiro com arco )SÁBADO à noite:- Concentração de fogo ( encontro de malabaristas de fogo )
DOMINGO

- Demonstração de Dança- Grupo de Concertinas de Seixo da Beira- Baby Tribal- Workshops (alinhamento brevemente)- Arte ao Vivo ( pintura colectiva livre - painel gigante )- Teatro: "A Audiência" de Vaclav Havel ("Mãos à Obra!"- N.A.C.O.)- Actividades radicais (rappel, slide, tiro com arco, passeios de barco)- Steve Reggae Sound- Encerramento/Convívio (só para os resistentes)

WORKSHOPS:
- Dança pizzica ( danças italianas )- Semba ( Danças angolanas )- Kizomba ( Danças angolanas )- Rebita ( Danças Angolanas )- Kuduro ( Danças Angolanas )- Danças africanas/tribal-Escola Sementinha (Eva Azevedo/Paulo das Cavernas)- Percussão africana ( Conny Kadia )- Expressão corporal/dramática ( Cristovão Cunha )- Didgeridoo - iniciação ( percussão-Austrália )- Construção de bolas / iniciação ao malabarismo ( Zé Carlos )- Dinâmica de Grupos ( Cátia )- Dança do Ventre ( Petra )- Nós, Construções e Amarrações ( Escuteiros Canas de Senhorim )- Primeiros Socorros / Cuidados Básicos de Vida ( Cruz Vermelha Portuguesa- Santar)- Arte ao vivo ( pintura colectiva de painel gigante )
III Festival Tribal - QUINTA DA BUGUEIRA - Caldas da Felgueira

“Zumzum”

Numa altura em que há um “zumzum” para o encerramento da Casa de Pessoal das Minas da Urgeiriça, gostaria de partilhar com os amigos este pequeno excerto que encontrei, pode ser que alguém se recorde e que sirva de alerta para não acabar com esta “CASA” onde muita boa gente entrou e continua a entrar. Serve para recordar e alertar.
Nuno Cardoso
Arriscar em palco
Por Francisca Cunha Rêgo
Jornal de Letras.
[...] Toma nota o tempo todo. Na sua mão comprida, muito magra, a caneta está em riste e agita-se ao ritmo da fala dos actores que ensaiam no palco. De repente pára, acende um cigarro e recomeça a escrita. Sentado na parte de trás do armazém, entre o monte de roupas, casacos e mochilas que ali encontraram poiso, observa fixamente a cena e às vezes parece estar a dizer o texto para si. Mas talvez seja só uma impressão. Dissipa-se enquanto Nuno Cardoso acende mais um cigarro.
Encenar Ricardo II era um projecto antigo. Texto retórico, «invulgarmente lírico», extenso, apresentava-se-lhe como «uma batalha muito difícil» mas, como afirma, convicto, «uma pessoa define-se pelas suas batalhas». Interessou-lhe reflectir sobre os meandros do poder e da identidade que para o actor e encenador são sempre os mesmos, repetindo-se, independentemente do sistema político ou da época em que se situam. Assim, as figuras do Rei Ricardo e a do nobre Bullingbrook, cativaram-no e pareceram ligar-se ao seu percurso.
As peças que escolhe transportam-no e ajudam-no a perceber a sua própria vida, os seus motivos. De repente há um ‘clique’ com determinado texto que vem clarificar como se sente face ao mundo. É que, para Nuno Cardoso, a prática teatral é a sua Educação. Não só porque não tem qualquer curso de teatro, mas fundamentalmente porque o teatro é a sua educação como homem: «Nesse sentido, é um solilóquio». Desse diálogo consigo próprio têm surgido, ao longo dos anos, muitas peças, muitas conversas. Até porque, como diz, «o papel do teatro é falar. A voz pode ser estranha, umas vezes roufenha, outras mais lírica, mas fala para quem quiser ouvir». E o melhor é falar bem. «Para ver se alguém nos ouve», diz a sorrir. Já o que quer dizer, prefere não revelar: «É melhor deixar que o público entenda por si
Nuno Cardoso percebeu logo o chamamento do Teatro. Andava a estudar Direito na Universidade de Coimbra. Estudar talvez seja uma força de expressão, pois acabou por não ir a muitas aulas. Nascido em 1970, numa terra pequena, Canas de Senhorim, os pais – que nunca tinham tido acesso à Universidade – sonhavam com a licenciatura do filho. Nuno tinha lido In Illo Tempore, de Trindade Coelho, e Direito não lhe parecera uma escolha, mas antes um «destino». Não correu bem esse fado, «havia muitos concertos para assistir, muitos livros para ler e, sobretudo, muitos filmes para ver.»

Os filmes, de facto, entraram muito cedo na sua vida. Confessa-se um «fanático por cinema.» E não é esquisito: vê tudo o que lhe aparece à frente, do mais básico blockbuster ao mais experimental dos realizadores. Aos sete anos, ia com o pai, todas as sextas-feiras, para a Casa de Pessoal dos Mineiros das Minas da Urgeiriça onde viu todos os filmes de Sérgio Leone e, entre outros, todos os ‘western spaghetti’. Nunca foi criança que precisasse muito de dormir e o pai deixava-o ficar a ver na televisão a Lotação Esgotada, e a Sessão da Noite, à terça-feira. Assim, entre os 10 e os 13 anos, viu todos os filmes de John Ford, ciclos de Ingmar Bergman, Murnau e Fritz Lang. «Não percebia nada, mas adorava». [...]
*fotoCP 1- gentilmente cedida._*foto CP2- foto efeneto._ Foto Nuno Cardoso JN

16/07/2007

III Festival Tribal



O paraíso da Quinta da Bugueira, na Felgueira Velha - Oliveira do Hospital, encostada às Caldas da Felgueira, vai servir de palco, nos dias 20, 21 e 22 de Julho ao III Festival Tribal. Este evento promete dança, música, desportos radicais, workshops, teatro, diversas actividades lúdicas e muita animação (ver programa).
O espaço onde se vai realizar, a quinta da Bugueira, na margem esquerda do Rio Mondego, entre a Felgueira Velha e as Caldas da Felgueira, é um local privilegiado para este tipo de festival. O rio, o vale, a serra, a natureza campestre da zona, a paisagem, a simpatia das gentes, prometem favorecer o acontecimento.
As Caldas da Felgueira pertencem à Freguesia de Canas de Senhorim, que se encontra a cerca de cinco quilómetros. Dentro do espírito do festival, aproveitem o ensejo, embrenhem-se pelos caminhos velhos, mata adentro, e explorem as redondezas. Os felgueirenses terão agrado em receber todas as tribos.

Trovão & Faísca IX

CARNE VALE


CATARINA BARATA (1981) nasceu e cresceu em Coimbra mas é de Canas de Senhorim.[...]No âmbito do projecto final da licenciatura em Antropologia, no ISCTE, Lisboa, decidiu fazer um documentário etnográfico sobre o CARNAVAL DE CANAS. [...]A paixão que qualquer pessoa emocionalmente relacionada com Canas tem pelo carnaval, aliada ao interesse científico antropológico que desenvolveu durante os estudos, fizeram com que quisesse dar continuidade ao projecto de documentação do carnaval, pensando assim contribuir para a manutenção da memória duma tradição fundamental para a identidade das pessoas desta terra.”

Para o efeito realizou dois filmes que podem ser adquiridos em
http://www.car-ne-vale.blogspot.com/

15/07/2007

Grupo da catequese, 1960


Os meninos

João Talaça, ?, Rosa Cavaquinho, Ferrador, Gonçalves da Belém, Eduardo,?


As meninas

?, Elisena do Frazina, Argentina , (?)Brandão, Celeste Tataia e Gracinda Sampaio

"Apadrinhadas", ao fundo, em segundo plano, pelo Eng.º Byrne, benemérito de Canas/Urgeiriça

Não


14/07/2007

Post it


12/07/2007

MCdS em alta


Páginas visitadas


O MCdS tem vindo a revelar-se como um dos blogues mais procurados na blogosfera canense. O resultado apurado no ano de 2007, no respeitante ao número de páginas visitadas, confirma uma assinalável tendência de subida.
Para este facto contribuíram decisivamente todos os elementos que compõem o grupo de colaboradores que aceitaram abraçar este projecto.
Em nome do MCdS, como Administrador em Exercício, expresso o meu profundo reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. É Canas de Senhorim que fica a ganhar e é precisamente essa a intenção.
Continuação de um bom desempenho ao serviço de Canas.

10/07/2007

'em MOVIMENTO

Concelho de Canas de Senhorim


A União das Misericórdias Portuguesas, num registo verdadeiramente visionário, antecipa a inevitabilidade do destino – o Concelho de Canas de Senhorim.

Estatística - Postadores (2º Trim. 2007)






Breve análise:

Realço o facto de a blogosfera canense contar no 2º trimestre de 2007 com cerca de 25 blogues activos, que foram alvo de 85.086 visitas, 957 posts e 3.016 comentários, o que traduz bem a participação dos internautas canenses neste formato.
Como vem sendo hábito o blogue “Ai o Camandro” foi o mais procurado da blogosfera canense. Não sendo um blogue exclusivamente dedicado a Canas, o olhar atento e actualizado do seu criador (Farpas) bem como a sua vocação generalista constitui uma referência obrigatória e revela uma dimensão que extravasa consideravelmente o âmbito da blogosfera canense. Digamos que o "Ai o Camandro" joga noutra Liga, lol.
Destacam-se igualmente os blogues “Canas & Senhorins”, “Município” e “Mas Porquê”, designadamente os dois últimos, pela expressiva subida do número de visitantes.
É de salientar a prestação de postadores mais recentes, como o Manuel Henriques e o Efeneto, que à semelhança dos consagrados Cingab e Farpas foram dos elementos mais produtivos. Impõe-se uma alusão especial ao “Génio Maligno” (e à sua criadora Citizen Erased) que no seu formato peculiar mantém uma produção bastante profícua.
O ano de 2007 revela um excelente desempenho da malta mais jovem. Blogues como "As Recheadas" e "AndréBlog" evidenciaram-se neste segundo trimestre pelos comentários recebidos. "As Recheadas" obtiveram o fantástico recorde de 557 comentários no post BE YOU ---> BE SERRANA!!!...
Finalmente uma referência merecida aos blogues “Urgeiriça em peso”, “ARC da Póvoa”, “GDR” e "Infantis do GDR" pela divulgação das localidades/associações que representam.
Como podem constatar o panorama bloguista cá da terra continua de vento em popa. Parabéns a todos.

07/07/2007

"Monte Amarelo"

Cada vez mais perto do "VERDE"
"camadas" 6 e 5

"camadas" 5; 4; 3 e 2

"camadas" 4; 3 e 2

"camada" 1 ?
O NOSSO SONHO

06/07/2007

Estatística - Blogues (2º Trim. 2007)



04/07/2007

Sinais de Fumo

Sinal+ Excelente design e visibilidade das placas
que identificam ruas, praças e largos de
"Vila Nova das Amoreiras"[Aguieira]
Sinal - Edifício fabuloso no centro da Vila da Aguieira
ao abandono. Até quando?
Freguesia de Aguieira

Antigo concelho de pequenas dimensões, era formado pelas povoações de Aguieira e Moreira de Baixo, na vertente agreste da margem esquerda do Dão. As mais antigas notícias que sobre ele se encontram são as constantes do foral manuelino de 1514 e depois as do “Cadastro da População do Reino”, de 1527. No foral dado em 6 de Maio de 1514 diz-se que o lugar de Aguieira se denominou anteriormente (sem se poder estabelecer até quando) Vila Nova das Amoreiras e que à data em que se lhe outorgou o foral, Aguieira fazia parte da comenda da Ordem de Cristo, denominada comenda de Pinheiro.Em 1834, o concelho de Aguieira foi incorporado no de Canas de Senhorim. (Anafre-JFA)

A Saudade mora aqui...

Quem inventou a distância...
Não sabia o quanto dói a saudade...

Lapa do Lobo


Freguesia da Lapa do Lobo - Arquitectura e Património Edificado

fotos Norberto Peixoto

03/07/2007

Trovão e Faísca [VIII]


Freguesia da Lapa do Lobo

7 e 8 de Julho _ Festas da Freguesia da Lapa do Lobo

02/07/2007

Profissões com Futuro!



(Clicar para ampliar)
Inscrições até Quarta-Feira!!!

Nova roupagem


Este blogue veste uma roupa nova. Muda-se a forma mas mantém-se o conteúdo.
O novo grafismo foi elaborado pelo Ibotter e pelo Farpas. Um trabalho conjunto que reformula a estética do blogue e que marca o alargamento deste ao colectivo de colaboradores que desde há algum tempo a esta parte vêm constituindo o cérebro e o motor do MCdS.
Quisemos incluir no logótipo um símbolo que identificasse a origem ancestral da nossa vila. Para o efeito nada melhor que o Centauro Romano descoberto pelo nosso colaborador Horácio Peixoto na Quinta do Fojo. Esta peça milenar, verdadeiro “ex-líbris” canense, comprova a longa história da nossa terra e, enquanto objecto de culto, simbolizará a taça que haveremos de erguer quando o concelho de Canas se cumprir; as letras flamejantes remetem para a energia, para a chama que anima a nossa vontade e a Carta de Couto reafirma inequivocamente o nosso sentimento municipalista. Espero que gostem.
Também pretendemos associar esta nova roupagem ao acontecimento que, lá no íntimo, guardamos como expoente máximo do esforço desenvolvido por todos no difícil percurso pela restauração do Município – o dia 1 de Julho de 2003. Não como data comemorativa de um acontecimento passado, mas sim como referência futura, como alusão ou predestinação a novas datas assinaláveis no calendário de Canas; o mesmo fundamento mas um desfecho diferente. Tenhamos fé e insistamos no propósito, que também chegará o dia em que Canas vestirá nova roupagem.

01/07/2007

Crueldade Cirúrgica

D.SanchoI
Em 1186, em escritura assinada por D.Sancho I(...) Canas é encoutada em benefício pessoal do Bispo de Viseu- 1º Foral (...) ficando desintegrada da Terra de Senhorim.
D.Manuel I
D.Manuel I concede em 1514, 2º foral a Canas, regendo o pagamento de "quartos oitavos e dizimas"(...) Com este foral passou Canas a reger-se como Concelho pertencente à Coroa.(...)assim se manterá mais de 300 anos(...) até 1863(...)
Assembleia da República,2003
1 de Julho de 2003, BE, PCP, OsVerdes,CDS/PP e PSD aprovam a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim.
O Povo festejou a LIBERDADE!
Soltaram-se sorrisos, lágrimas e abraços ...
J. Sampaio (veta no último dia) mata (adia) o sonho de gerações...
Porquê?
[acualização do Post 3º Foral de 5/07/05]