Canas OnLine

29/03/2008

IC 12




Parece que finalmente arranca a conclusão do IC 12. Óptimas notícias.

Facto curioso: Em termos comunicacionais o governo diz que lança o troço Mealhada-Mangualde (como se, pelo meio, nada estivesse construido).

Espera-se que esta melhoria das acessibilidades, a par das ligações Viseu-Covilhã ainda em estudo/decisão, contribuam para reforçar o lugar central a que a nossa freguesia, contra ventos e marés, parece estar destinada.


24/03/2008

Mais duas câmaras e seis freguesias podem nascer

Notícia do DN:

A tradição municipalista portuguesa é muito grande e Sacavém , na periferia de Lisboa, e Vila Meã, localizada no extremo ocidental de Amarante, querem transformar-se em municípios tendo "convencido", já nesta legislatura, os deputados a levarem à Assembleia da República estas suas reivindicações.

23/03/2008

Pólo Colectivo de Resistência (PCR)


O Pólo Colectivo de Resistência (PCR) introduz neste blog o conceito cívico de exercício de cidadania. Nasceu de forma espontânea e reflecte a voz daqueles que não alinham no adormecimento geral perante a estagnação social e política que se vive em Canas de Senhorim.
O exercício de cidadania, num regime democrático, não se esgota nas garantias formais instituídas pelos órgãos da república. Em democracia, para além da representatividade política como garante do sistema, os cidadãos, mesmo fora de qualquer contexto político-partidário, têm a prerrogativa constitucional de intervir socialmente, quer manifestando activamente as suas aspirações e as suas convicções quer reclamando junto do poder constituído os meios e as práticas que conduzam à satisfação dos seus interesses.
Há muito que Canas vem pelejando nestas duas frentes para que as suas pretensões sejam ouvidas e cumpridas: fê-lo reafirmando desde sempre essa vontade através do sentimento latente da população, sentimento esse que a partir dos anos 70, sob a bandeira da então recente democracia, se revelou abertamente, conduzindo à criação do Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS), uma estrutura apartidária cujo objectivo era dar voz às ambições municipalistas da população; e fê-lo, mais recentemente, através dos canais institucionais, com o aval dos partidos políticos sensíveis ao nosso problema, tentativa que se revelou gorada pela controversa e inusitada decisão do Presidente da República.
O PCR surge na sequência deste ciclo desfavorável, com o objectivo de recuperar forças e animar vontades; capaz de manter viva a ideia que perseguimos, incutindo motivação, reunindo consensos e juntando esforços. Um colectivo que impulsione a nossa causa e que divulgue e promova o pulsar das forças vivas da comunidade. Uma voz que exprima os sentimentos de um povo que não se verga, de uma terra ancestral que não se entrega. Um movimento cívico de resistência, legitimado pelo princípio inalienável do direito ao exercício de cidadania.
Foi este o espírito que presidiu à constituição deste espaço de intervenção cívica. Emana da filosofia subjacente ao blog MCdS, como extensão activa e intervencionista daqueles que se revêem no projecto de restauração do concelho de Canas de Senhorim. Na sua formação atribuímos-lhe simbolicamente as referências que constituem a génese da sua criação e dão cor e forma à bandeira do PCR: o centauro que exprime força e inteligência, o vermelho que afirma a vontade, o amarelo que representa a convicção e o preto que apela à união e simboliza o apego à terra.
Ficam assim, debaixo da égide do PCR, todos os contributos que no âmbito do MCdS evidenciem um manifesto apoio à causa que nos move: Canas de Senhorim a concelho.
(1ªpostagem maio de 07)

22/03/2008

Deputados socialistas eleitos por Viseu votam contra ex-trabalhadores da ENU

No passado dia 7 de Março, a Assembleia da República procedeu à discussão e votação dos projectos lei do BE, do PCP e do PSD que tinham por objecto fazer justiça aos mais de cem ex-trabalhadores da ENU - Empresa Nacional de Urânio, que por não estarem ao serviço da empresa à data da sua extinção não puderam beneficiar da equiparação a trabalhadores de fundo de mina, para efeitos de antecipação da idade de acesso às pensões de velhice e invalidez, prevista no Decreto-Lei nº 28/2005.
Cerca de cem ex-trabalhadores da ENU deslocaram-se de autocarro a Lisboa para assistir ao que poderia ser um acto de justiça por parte do Estado, apesar do anúncio prévio do PS de que votaria contra todos os projectos-lei.
No fundo, aqueles ex-mineiros e os familiares dos cerca de 100 que morreram de cancro nos últimos dez anos, ainda acreditavam num milagre de lucidez pelo menos da parte dos deputados "socialistas" eleitos pelo Distrito de Viseu, já que Miguel Ginestal havia reconhecido em tempos que "o Estado tem uma dívida para com os ex-trabalhadores da ENU".
Foi, pois, com manifesta desilusão e revolta que assistiram, nas galerias da Assembleia da República, a "Casa da Democracia", à intervenção de uma pouco notável deputada do PS que tentou justificar o voto contra do seu partido aos três projectos-lei com uma alegada "impossibilidade jurídica" das propostas e à confirmação do chumbo pelo voto, incluindo o dos deputados do PS eleitos por Viseu, que se refugiaram no silêncio, durante toda a discussão.
No dia seguinte, José Junqueiro, questionado pela Rádio No Ar, "explicou", com a jactância que o distingue, que "nenhum português compreenderia que um qualquer trabalhador, que já não o é, que não estava na mina à data do seu encerramento, que não está doente, tivesse direito a uma pensão. Todos os outros trabalhadores iam querer a mesma coisa".
Com estas palavras, Junqueiro apresenta os ex-trabalhadores da ENU como se fossem uns meros oportunistas que, sem estarem doentes, reclamam vantagens sobre os demais trabalhadores do país.
Ora, todos os projectos-lei se baseavam nos prejuízos e riscos para a saúde decorrentes da actividade mineira, que não acabaram com a dissolução da empresa já que se revelam ao longo do tempo, como, de resto, foi comprovado por estudos internacionais e nacionais (Instituto de Tecnologia Nuclear e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge). Desde 1994, pelo menos, que se sabe, com base em grandes estudos longitudinais de forças de trabalho de mineiros que os trabalhadores das minas de urânio estão em risco acrescido de contrair neoplasias malignas, nomeadamente o cancro do pulmão. O estudo "MinUrar - Minas de urânio e seus resíduos: efeitos na saúde das populações", coordenado pelo Dr. Marinho Falcão, encomendado pelo governo, comprovou que a própria população de Canas de Senhorim, onde se situa a Mina da Urgeiriça" foi vítima do "radão e de poeiras radioactivas que se dispersam na atmosfera", com danos "na função tiroideia, na função reprodutiva dos homens e em menor grau na das mulheres e na função renal, bem como "em três séries sanguíneas: eritrocitária, leucocitaria e plaquetária".
O que os projectos-lei apresentados pediam era tão só, com base em todos estes dados, que se alargasse o âmbito da aplicação do Decreto-Lei nº 28/2005 de 10 de Fevereiro, no sentido de alargar o regime de antecipação da idade de acesso à pensão de invalidez e velhice, desde os 50 anos de idade, a todos os ex-trabalhadores da ENU, independentemente da data da cessação do vínculo profissional, uma vez aquele decreto-lei apenas reconhecia esse direito aos que exerciam funções na empresa à data da sua dissolução.
Recorde-se que os trabalhadores foram sendo despedidos por vagas, ficando apenas umas escassas quatro dezenas até ao encerramento definitivo.
Aliás, o projecto-lei do PSD, apenas se refere a este ponto, alargando a aplicação aos trabalhadores que "exerceram a sua actividade por período não inferior a cinco anos." É caso para perguntar se quem trabalhou quatro anos, ou quatro anos e meio, não correu os mesmos riscos de quem trabalhou cinco anos.
Até dá a impressão que o PSD só apresentou este projecto-lei, por sinal poucos dias antes da data agendada pelo BE para a subida a plenário, para poder justificar o facto de não votar a favor dos projectos do BE e do PCP.
O PS teve muito tempo para elaborar um diploma que fizesse justiça aos ex-trabalhadores da ENU. Já em 2005 o Bloco de Esquerda tinha apresentado um projecto-lei que só não subiu a plenário, durante duas sessões legislativas, por falta de vontade política do PS e do PSD (o BE apenas tinha direito a um agendamento potestativo). Agora, com o novo regime da AR, que torna obrigatório a discussão e votação de qualquer projecto-lei, o Bloco voltou a apresentar o mesmo projecto, a que acrescentou um outro, no sentido da não prescrição do direito a indemnização, alterando o artigo 308º do Código do Trabalho (que estipula que o direito a indemnização emergente de doenças profissionais prescreve no prazo de um ano, a contar da data da alta clínica, ou no prazo de três anos a contar da data da morte) alargando este direito a todos os que trabalham em actividades penosas e com riscos para a saúde ao longo do tempo.
Neste sentido, este projecto-lei do BE é mais abrangente do que o apresentado pelo PCP. No entanto, os dois partidos de esquerda foram os únicos a dar resposta a esta justa reivindicação dos ex-mineiros.
A omissão dos deputados do PS eleitos pelo distrito de Viseu é lamentável e pode significar que também a profissão de deputado está sujeita a riscos de contaminação. A contaminação pela arrogância do chefe do governo e de alguns ministros, como o dos Assuntos Parlamentares que, face à manifestação pública de protesto de três quartos de uma classe profissional, como nunca se tinha visto em Portugal (7 em 10 professores), insulta os militantes de outros partidos que lutaram pela liberdade e a memória de antifascistas como Álvaro Cunhal, e acusa ainda os professores de comunistas, ou de se deixarem manipular pelos comunistas. À velha maneira salazarista. Felizmente que há militantes socialistas que não se revêem nestes governantes e dirigentes.


Carlos Vieira

http://www.esquerda.net/

Luta pela Restauração do Concelho de Canas de Senhorim

Junta-se o link da reportagem feita pela RTP na nossa vila sobre o estado da Luta.

"Luta pela elevação a concelho menos visível em Canas de Senhorim
Em Canas de Senhorim, a luta deixou de ser visível. Mas a população mantém viva a esperança de um dia ver Canas elevada a concelho
."

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=334373&rss=0

Igreja Matriz de Canas de Senhorim


Igreja Matriz de Canas de Senhorim
fotos de Norberto Peixoto

20/03/2008

Luta Canense




No 6º aniversário do Jornal do Centro, uma justa lembrança feita por este jornal na rúbrica dos factos politicos mais relevantes : a Luta Canense pela Restauração da Autonomia Municipal.

Irmandade de S. Sebastião, 1628-2008



Faz este ano 380 anos que foi fundada a Irmandade de S. Sebastião, "tendo sido aprovada e confirmada por bula do papa Paulo V. A ela pertenceu a iniciativa da edificação da Capela de invocação do mesmo santo. Na última década do séc. XVIII a capela foi suspensa ao culto por ameaçar ruína. Havendo necessidade de se reedificar, recorreram os oficiais da Irmandade a El-Rei, solicitando licença para poderem aplicar nas obras o dinheiro da mesma Irmandade que estava embargado. Enquanto da corte não chegava a resposta, trataram os mordomos de combinar com o mestre pedreiro Manuel Dias, do lugar de Punhete, concelho do Seixo, a construção da capela-mor da nova Capela, por setecentos mil reis. Em 1915 foi doado à Capela de S. Sebastião o retábulo do altar pelo Sr. António Abreu Madeira. Esse retábulo era proveniente da Capela de S. Caetano, na rua do Casal, desactivada para o culto religioso."

Alexandre Alves
Canas de Senhorim, História e Património, JFCS 1996




Capela de S. Sebastião

fotos Horácio Peixoto e Canas de Senhorim Ciências e Artes

18/03/2008

Caciquismo "Vintage"


Qual "mau ladrão" pouco arrependido o cacique põe as garras de fora para voltar. Não satisfeito com o concelho entregue aos seus delfins - Isaura Pedro e Manuel Marques foram seus directos "colaboradores" - o homem providencial sonda apoios para regressar.

Tivesse este concelho uma vida politica normal e os desejos do Senhor seriam tratados como folia carnavalesca fora da época. Em tese, reúne tudo o que é essencial para ser rejeitado pelo eleitorado: Votou ao abondono as freguesias que não Nelas e Vilar Seco; Ostracizou Canas de Senhorim (tem um projecto, com grande solidez doutrinária, de nos reduzir a uma miserável aldeia); Quase provocou a cisão do concelho (cá no burgo não se lamentaria o facto) e foi acima de tudo um péssimo politico pois não soube promover um desenvolvimento equilibrado do concelho, nem promover a sua paz social, envolvendo-se até em escândalos mal explicados onde ficou sempre no ar a hípotese de corrupção (Caso Topack).

Acontece porém que este concelho não é normal : A prova provada está na actual proeminência dos seus herdeiros politicos (ainda que em outros partidos), coniventes durante vários anos com a estratégia do mestre, e a suspeita que o povo de Nelas verá no velho autocrata o executor ideal de monumentos ao milénio e o impulsionador do projecto desportivo,de ambição nacional, do SL Nelas.

Veremos em Canas que acolhimento terá o seu regresso. Estou certo que caso decida avançar verá concerteza o seu resultado eleitoral melhorado face a 2005. Os indefectiveis socialistas da nossa freguesia não ousariam pôr em causa um candidato do Engº Secretário-Geral, para mais num cenário (previsivel mas ainda não confirmado) onde a Srª Presidente se apresentará totalmente desacreditada e disposta a brincar com argumentos do tipo "Ou eu ou Zé Correia".

Posto isto, espero que não regresse e continue na sua reforma dourada. Um regresso ao passado com este protagonista poderá ser sinónimo de mais ressentimento e confronto. O mais preocupante (e pior que o lado sinistro da criatura) é imaginar o cavalheiro a gerir dossiês estratégicos como a Revisão do PDM ou a possível alteração da Rede Escolar que, sem dúvidas, serão temas maiores do próximo mandato autárquico.

Aleluia!



Está prevista para 28 de Março a inauguração das obras de recuperação ambiental da Barragem Velha da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, onde foram acumulados resíduos resultantes de décadas de exploração de urânio.

veja mais em Urgeiriça em Peso

07/03/2008

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O nó na garganta da Urgeiriça



Bernardo Serra Cruz chegou-se ali lentamente, entrou na boca de uma garagem de Urgeiriça, minúscula localidade da freguesia de Canas de Senhorim (concelho de Nelas), demasiado vergado ao apoio da muleta. Falou só três vezes, as três para se enganar "Isto é uma doença normal, é como outra qualquer; eu dei um pontapé na morte, é isso que me interessa; sinto-me bem, nunca cheguei a desanimar". Mas Bernardo não falou - esfrangalha-se para falar, a mão arrolhada no buraco aberto na faringe - da úlcera que lhe fulmina os intestinos, do tumor que lhe esburaca a traqueia, da prisão que lhe embaraça o andar. Aos 65 anos, 27 consecutivos como fiel de armazém das Minas da Urgeiriça, Bernardo quer uma mesma coisa - "justiça!" - em três pontos concretizadas: ser submetido a exames médicos regulares; ficar abrangido por um decreto-lei (nº 28/2005, de 10 de Fevereiro) que dá benefícios na idade da reforma; e que os familiares dos que morreram com cancro devido à radioactividade recebam indemnizações.

"Vamos levar a bofetada"

É diferente dos outros, Bernardo, dos outros 300 ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU) que ali laboraram até 1991 às ordens do Estado? Não, nem na esperança que mantêm na vida.

Hoje, cerca de uma centena de antigos operários da Urgeiriça fazem descer duas camionetas a Lisboa, para ver a votação de projectos lei que lhes podem conceder os benefícios reclamados. Não saberão ainda que o PS, maioria governante, se prepara para lhes chumbar as pretensões sugeridas pela Oposição.

Não sabem mas antecipam "Vamos levar uma bofetada, já sabemos isso. Mas nunca deixaremos de lutar", notifica António Minhoto, líder achado da comissão de trabalhadores daquela pequena terra fria do planalto beirão, incrustada entre duas serras, a Estrela e o Caramulo.

"Conheço essas pessoas, fui ali pároco durante vários anos, sei que se clama por justiça", escreveu na semana passada D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, numa tomada de posição muito pública. E, sugerindo com acuidade que todos somos mineiros da Urgeiriça - porque o Estado somos nós -, pergunta "Até quando vemos o Estado adiar a justiça, a protelar pagamento aos credores, a injustiçar aqueles que nele confiam?".

115 já examinados

Das três reclamações dos da Urgeiriça, uma só está atendida a realização de exames médicos, extraordinários e abrangentes, para hematologia, pneumologia, urologia e ginecologia. Até final do mês passado, 170 ex-trabalhadores tinham passado pelo médico de família, no Centro de Saúde de Nelas; destes, 115 já fizeram exames totais no Hospital de Viseu. Os restantes estão a ser observados até final do ano, diz ao JN Eugénio Cordeiro, da Administração Regional de Saúde do Centro e membro do grupo de coordenação do Instituto Ricardo Jorge, que elaborou o relatório sobre os efeitos do urânio na população da Urgeiriça - e que dá prova da contaminação da população envolvente das minas e sua escombreira quando refere a concentração de polónio e chumbo no cabelo das pessoas, pormenor que estende o contágio a todos os que, mesmo indirectamente, trabalharam dentro da estatal ENU.

"Nos 115 já examinados, a patologia mais observada é a das doenças respiratórias", revelou ao JN Bernardino Campos, delegado de saúde de Nelas, que no entanto, se escusou a adiantar conclusões. "Por minha vontade, dentro de um mês estes resultados parciais serão divulgados", diz o outro clínico, Eugénio Cordeiro, "mas isso compete à tutela".

Dir-se-ia que o buraco continua aberto, ali e à volta da Zona Industrial de Tratamento Químico da Urgeiriça e da microcidade que se ergueu à sua volta; dir-se-ia que não acabou em 1990, quando terminou a exploração naquele aglomerado agora com cáries, o cadáver do elevador de ferro permanentemente na paisagem.

Dir-se-á que se pode tirar o mineiro da mina, mas não se pode tirar a mina de dentro do mineiro. É por isso que Alfredo Magalhães, 75 anos, Carlos Rocha, 49, e Emília Costa, 70, se reúnem no fundo escuro da garagem com Bernardino? Talvez - porque todos eles sofrem na carne diferentes tipos de cancro. Lembram agora, outra vez, a frase que toda a população do local não esqueceu "Há uma dívida do Estado para com os mineiros", frase dita por Miguel Ginestal, deputado do PS por Viseu, num emotivo plenário da ENU, em 2005.

Confrontado ontem pelo JN com essas declarações, o deputado socialista, que se encontra temporariamente nos EUA, responde, por escrito, que "o Governo PS tem vindo a pagar essa dívida desde que em 2005 iniciou funções". E relembra mais trabalho feito para lá dos trabalhadores "A segunda fase da requalificação da Barragem Velha está em conclusão; no dia 22 de Fevereiro foi lançado o concurso público para a monitorização de controlo periódico e contínuo nas minas da Urgeiriça, Quinta do Bispo e Cunha Baixa".


Jornal de Notícias, José Miguel Gaspar, Nuno Alegria