Canas OnLine

31/01/2009

Entrudo

E... E aí está o Carnaval!...

Canas de Senhorim em festa desde a passagem do ano com os pisões (que não se metem), as paneladas (que não se atiram), “as mascaradas” (que não se vêm)... Salvam-se, por ventura, os desfiles do Rossio e do Paço, seus carros alegóricos, “as batatadas” e o Enterro do Entrudo... Claro que já esqueci “as farinhadas”, os “Compadres e as comadres” e outras cosias que tais...

Mas, não deixa de ser um, diria até, “o” Carnaval... O nosso Carnaval! Onde se discute quem ganhou o despique, se ele é com ou sem som, se o Paço passa ou não passa... Onde o Rossio tenta ter carros como o Paço e o Paço julga fazer frente à marcha ao Rossio... Depois há os bailes, em separado pois então, na Praça o do Rossio, nos Bombeiros o do Paço, assim manda a tradição... Uma tradição que agora também passa por atirar balões de urina na Segunda Feira das Velhas...

Sim!... Aí temos mais um Carnaval!... Agora com mais dinheiro, mas ainda muito abaixo de outros, mas o dinheiro também prejudica o voluntariado, a carolice, a entrega... Contudo, dirão alguns, o Carnaval tem de começar a ser mais profissional, organizado por instituições supra bairristas, mas era preciso que eles aceitassem, já que o diálogo parece sempre ser difícil, com desconfianças mútuas, muitas vezes fundadas!...

Venha de lá então esse Entrudo

edit ao post.:
como resposta a uma pergunta de várias pessoas e para quem interessar informo:
o actual pavilhão do Rossio tem 199,5m2 mais 76m2 de parte social, o novo terá 450m2 de pavilhão mais 180m2 de parte social, além do terreno com 1825m2

28/01/2009

Luta

27/01/2009

Lugares Mágicos (ESCOLA TÉCNICA DO DÃO)


JANTAR DE CARNAVAL

CASA DA RAPOSEIRA

(edifício da antiga Escola Técnica do Dão)

2.ª - Feira das Velhas - dia 23/02/2009 – 20.00 horas

Um jantar que pretende aliar a alegria do Carnaval à oportunidade de recordar in loco momentos vividos na Escola Técnica do Dão! Sugerimos que tragam fotografias da época.

Ementa:

  • Entradas
  • Caldo Verde
  • Arroz de marisco ou Nacos de porco/vitela com cogumelos
  • Bebidas
  • Sobremesas
  • Café

Preços:

  • Adultos (>10 anos): 20,00 valores
  • Crianças 6 – 10 anos: 10,00 valores
  • Crianças <> anos: gratuito

Agradecemos a confirmação da presença até 15/02/2009 através do e-mail raposeiraeventos@gmail.com ou pelo telefone 933 961 079 (Gonçalo ou Elisabete) indicando:

  • Nome:
  • N.º adultos:
  • Crianças 6 – 10 anos:
  • Crianças <> anos:
  • Prato pretendido (facultativo)
Reencaminhem aos colegas da altura!
Cumprimentos,
Gonçalo e Elisabete.

26/01/2009

Escola Técnica do Dão



O alargamento do período escolar para 6 anos em 1964, levou à construção de um número significativo de escolas do Ciclo Preparatório em todo o país, o que contribui para o aumento da população estudantil. Assim, a vila de Canas de Senhorim foi contemplada com a criação da Escola Técnica do Dão, pelo Decreto n.º 47228 publicado no Diário do Governo, em 30/09/1966. Nesta escola eram ministrados os cursos de Electromecânica, Agente Rural, Formação Feminina e Ciclo Preparatório.
Tudo se deveu à iniciativa do pároco desta freguesia, o Sr. Abade Domingos com a preciosa colaboração e determinação do então Director da Companhia Portuguesa dos Fornos Eléctricos (CPFE), Sr. Eng. Dionísio Augusto Cunha, que constatando uma certa pobreza cultural e social a par de um período de franco desenvolvimento industrial se lançaram na concretização do projecto de criação de uma escola onde se pudesse valorizar a formação integral da população jovem.
Inicialmente a escola funcionou na casa da Raposeira, após obras de adaptação à função do ensino, em instalações cedidas pela administração da CPFE. A própria administração da CPFE assegurou a regência de algumas disciplinas através de Engenheiros e outros Técnicos do seu Quadro.
No ano lectivo de 1985/86 são inauguradas as novas instalações, actualmente denominadas com o nome “Escola C+S Eng. Dionísio Augusto Cunha", em homenagem à pessoa que permitiu a existência de um espaço de formação académica e técnico-profissional nesta vila.



Canas de Senhorim História e Património, JFCS 1996_Ant.º Augusto Carmona Pinto


Contributo para a história da Escola Técnica do Dão

por Artur Rama*

Os pioneiros, Escola Técnica do Dão, 1969/70(?)

A escola abriu devido aos Fornos terem feito com que a Escola pudesse ter instalações, e tudo foi feito para que abrisse. Lembro-me que o primeiro ano foi um ano diferente, pois éramos poucos os que fizeram parte da abertura da Escola. Se não me engano, havia 4 turmas (A -B - C e D): da A faziam parte a malta de Canas e Urgeiriça, da B era malta de Nelas, Carvalhal, Folhadal, Senhorim,etc; a C era a turma das meninas (oops, raparigas, senhoras.....whatever) e a D era malta de Cabanas,Oliveirinha, Carregal,etc. Dos professores já não me lembro muito bem, mas lembro-me que o Padre Domingos ( se nao me engano), a esposa do Dr. Alberto Reis, da farmácia do Paço ( Fisica ), e o Sr. Director ( de Carvalhal) faziam parte do corpo de professores.
Passado que foi o primeiro ano, aqueles que passaram continuaram para o segundo ano e depois entrou mais malta que veio da escola primária para o primeiro ano. Havia portanto dois anos escolares. E por ai fora…


Antes de fazer parte da malta que começou e abriu a Escola Técnica do Dão eu ainda andei um ano no Colégio de Nelas, assim que saí da quarta classe. Acabei o ano escolar em Nelas mas depois o meu pai fez com que eu tivesse que repetir o ano escolar em Canas, no ano a seguir. E não me arrependo. Da escola primária lembro-me do Professor Varejão e também do professor Edgar (esse foi o meu professor durante a minha escola primária). Passados 5 anos eu saí e fui para Moçambique ( 1972).


Junto envio uma foto do que foi tirada com o pessoal todo da Escola, se não me engano no ano de 1967. Nesta fotografia recordo-me de muito malta, agora os nomes é que nem todos: em frente, sentados, estão os professores, atrás estão os contínuos e o pessoal da secretaria dessa altura; a moça do lado esquerdo (do pessoal da secretaria) era de Viseu e viveu connosco durante dois anos.


Das raparigas lembro-me, começando da esquerda: moça da Felgueira, Teresa Andrade, Cristina (que saiu do país para o Canadá se não estou em erro), ?,? , Zai (minha irmã), Filomena de Nelas, ?,?,?; atrás delas (esq) ?,?,?,?, Nene, Cristina Cunha,?, Ana do Luís Pinheiro,?. Da fila de trás só me lembro mesmo da Teresa Pinto ( que casou com o Pires).


Dos rapazes (Esq.): ....Quim Cardoso com as mãos na cabeça do Fernando Jorge,?, Rosa da Lapa,?, Gaspar de Nelas, ?, Mouraz e Pires. Sentados, só me lembro do nome do Fernando Jorge. No meio ( Esq.) lembro-me do Tonito de Vale de Madeiros, Tozé Lopes, Monteiro de Vale de Madeiros; da malta de Cabanas, o Morgado, Chico e dos outros não me lembro dos nomes agora. Também estão os irmãos Albuquerque de Nelas, o João do Paço, o Moitas (se nao estou em erro), o Flisberto da Lapa. Do lado direito e também da esquerda - O Rosa da Lapa do lobo, eu, o João Alvadia , o Shete (como a malta lhe chamava e não sem quem mais).


Seria bom que o resto dos nomes fosse encontrado pois penso que esta foi umas das primeiras fotos da Escola, se não a primeira foto com o grupo todo. Se por acaso conseguirem identificar esses nomes digam por favor ...gostaria de saber(relembrar) os nomes deles também.[...]

Aqui vai um abraço deste Canense que nunca vos esquecerá, Cheers.

* Artur Rama enviou-nos este testemunho fantástico de África do Sul, onde agora vive. É visível a sua emoção quando fala de Canas e dos companheiros(as) que fizeram parte da sua infância e adolescência. Quem estiver interessado em contactá-lo pode fazê-lo via arturrama@mweb.co.za

23/01/2009

Blog Intercontinental!

Com a respectiva autorização, permito-me publicar um dos mails que tenho recebido desde que aderi ao blog ...

De entre outros, este mail é bem representativo da Diáspora Canense, de como a nossa terra, Canas de Senhorim, provoca este feitiço nas pessoas, um elo de ligação forte que nos aproxima apesar das distâncias e das diferenças, o blog " Município de Cannas de Senhorym" não é mais do que um ponto de encontro dos canenses que se encontram por todo o país, com visitas diárias de todos os cantos do mundo, EUA, Angola, Moçambique, Madeira, Açores, Brasil, França, UK etc, etc, e agora também África do Sul ...
recebido a 21 de Janeiro de 2009 às 06:30h


"Mafalda ( ou Ana);


Não sei porque nome deverei usar.


Manda dizer se também poderei tratar por...tu.


Olha, o meu nome é Artur Rama, vivo na África do Sul desde 1974 e saí de Canas de Senhorim no ano de 1972.


Daí fui para Moçambique onde vivi em Lourenço Marques até 1974.


Daí tive que sair ( à pressa ) para a África do Sul ficando aqui desde essa data.


A razão porque eu estou a mandar este email é porque Canas está sempre no meu coração e tenho andado à procura de qualquer coisa na inter net em que tenha notícias dessa terra que muito amo.


Também gostaria de saber se poderás (e quiseres) responder a este email .


Desculpa também o meu português, mas falo mais inglês agora do que o português ..... é a vida, I guess. Mafaldinha....como disse vivi em Canas durante a minha infância e quando posso vou dar uma volta até Portugal indo sempre visitar a minha terra e ver alguns dos meus amigos com quem andei nas escolas ( primárias e depois a Escola Técnica do Dão).


Uma pequena nota da minha história só para saberes quem sou:


O meu pai era Delfim Rama e a minha mãe D. Júlia, e os meus irmãos, a Zai e o Delfim ( júnior) - o meu pai trabalhava nos Fornos e também tinha a Motel na rua principal que ia para a Estação.


O meu pai foi comandante dos Bombeiros Voluntários depois do Sr. Valejo ter saído.


Eu fiz parte da malta que abriu a Escola Técnica do Dão ( Quinta da Raposeira) onde acabei a minha escola secundária.


Faziam parte dessa escola malta como o Quim Cardoso, Tozé Lopes, eu, o João Alvadia, o Camões Sampaio, Luís Pinheiro, Luís Rosa, o Mouraz, o Pires, Gaspar de Nelas, os irmãos metralha........pergunta quem são (de Nelas), o Moitas, a Filomena, a Cristinha Cunha, a Nené, a Bernardete, as irmãs Teresa e Isabel Andrade e muitos mais que agora não me lembro.


Também fiz parte do Desportivo na camada de Juvenis ( foi o padre Domingos que até iniciou os Juvenis) com quem joguei com o Moitas, Varejão, o Pedro de Mortágua, o Monteiro de Vale de Madeiros etc.


Depois passei para os Juniores aonde cheguei a jogar com o Delfim, o Nuno e mais alguma malta. Como tenho saudades desse tempo.


Tenho tentado entrar em contacto com a malta amiga desse tempo mas não consigo arranjar ninguém que me possa dar email, address, etc.


A única pessoa com quem ainda mantenho contacto é o Mota Veiga (Carlos) pois com ele, o Camões e o César, éramos um grupo unido.


Também já tentei saber como entrar em contacto com o Quim Cardoso e o Luís Pinheiro, mas...não consigo.
Ok menina ( senhora ) fico a aguardar notícias daí de ti.


Gostaria também de saber se por acaso te conheço de alguma família de Canas.


Seria interessante ver se (finalmente) consigo manter contacto com alguém da minha terra, mais regularmente do que aquilo que tenho tentado.


Agradeço desde já o teu tempo e paciência.


Jocas


Art"
Ao ler o post, se porventura quiser entar em contacto com este nosso conterrãneo, desde que devidamente identificados, terei muito gosto em ceder-lhe o seu email.

O texto recorda-nos a todos que a Escola Técnica do Dão foi a primeira escola do concelho a ser criada, muitos dos seus alunos eram então de asnelas ...

22/01/2009

BCERAMICAS


Podemos encontrar no blog bceramicas.blogspot.com outros registos interessantes, aparentemente cá da região(?). Aconselho a visita.

Lista de Marcadores

Golos no seu: Município SportZone

19/01/2009

Jantar comemorativo dos 75 anos do GDR

Post it


Canas de Senhorim continua a ser uma referência na Blogosfera,
continua de parabéns pelo debate que provoca,
verdadeiro "brainstorming" de ideias.


Comentário de António em "A Blogosfera Canense em 2008"

19 Janeiro, 2009 11:40

António escreve no Beijós XXI (a aldeia mais digital de Portugal)

18/01/2009

GDR - Escolas

O futuro do GDR ... Dá gosto vê-los jogar...



Sr. José Artur, Mister João Marques,Ricardo, "Cenoura", Pratas, Fábio , Jorge , Juka, Sr. Correia e Mister Tojó
João Silva , Xavi, Francisco Costa, Dinis, Tomás , Cerveira , Pedro Jorge e Emanuel

Parabéns a todos estes "miúdos" que nos dão uma lição de como se joga por amor à camisola e que se orgulham de trazer o símbolo do GDR ao peito.

Obrigado aos " Misters" e à equipa técnica que os ajudam a serem uns desportistas, que lhes ensinam o sentido da justiça e que os ajudam a crescer.


Classificação da 1ª fase

Eleições autárquicas, guerras do alecrim e manjerona

É pena que se empregue tanta "energia" em processos eleitorais inócuos, estranhos às nossas pretensões, e se fraqueje no processo de luta pela devolução do nosso município. É bem mais apetecível o envolvimento em projectos políticos a curto prazo, onde os resultados pessoais possam acontecer a breve trecho, mesmo que desviantes do ideal comum da autonomia municipal, do que abraçar causas que pelos desafios que implicam não trazem uma compensação imediata. Até porque a luta em causa é desgastante, já leva muitos anos e provavelmente ainda consumirá muitos mais.
Não questiono a legitimidade de quem se candidata a lugares elegíveis (ou não) à Câmara de Asnelas, muito menos de quem se organize em listas para a Junta de Freguesia. Em democracia é sempre salutar haver cidadãos prontos a assumir responsabilidades políticas. O que me causa algum dissabor é que, na ânsia de ocupar esses lugares se usem de todos os meios e artifícios, a maior parte deles demagógicos e manipuladores, quando não ofensivos e abusivos.
Somos uma comunidade pequena, conhecemo-nos quase todos desde miúdos, tomamos café juntos, temos em comum essa identidade fantástica que é ser canense e sentir a nossa terra palpitar ao ritmo do coração, e é exactamente por isto que não concebo que a política nos divida, que coloque canenses contra canenses, que gratuitamente se questione o bom nome deste ou daquele ou que “disfarçadamente” a calúnia se instale em jeito de vantagem política, ainda por cima num processo eleitoral ao qual deveríamos pura e simplesmente virar as costas.
Não é à toa que se lançam “casos repescados” na ordem do dia, aparentemente sob a capa de assuntos de interesse cultural, mas lançando a propósito deles a mácula política. De resto a caixa de comentários do próprio b’MCNS tem sido veículo dessas insinuações, visando alvos bem determinados na senda da política interna. Todos sabemos que esta táctica é primária e que só os mais ingénuos caem na esparrela. O exercício de uma campanha política que enverede pela negativa, isto é, que crie casos políticos mesquinhos para difamar e daí obter vantagem não indicia nada de bom acaso os seus protagonistas alcancem o poder, sejam quem forem e de que lado estiverem.
Agora que já se notam movimentações internas e externas a propósito das eleições que irão ter lugar este ano, importa relembrar todos os canenses que aquelas não são as nossas eleições, que aquele não é o nosso município, que aquela não é a nossa luta. Travem-na se quiserem, é um direito que assiste a qualquer um, mas de forma sensata, sem o “fraticismo” verificado noutros tempos de má memória. Guardem a energia para o que realmente vale a pena, a devolução do Município de Canas de Senhorim.
Este blogue orgulha-se de NÃO querer pertencer ao Concelho de Asnelas! É um direito que temos.

A blogosfera canense em 2008

O ano de 2008 depurou a blogosfera canense (BC). Após um entusiasmo inicial (entre 2005 e 2007 a BC chegou a contar com cerca de vinte e seis blogues em simultâneo) alguns projectos esmoreceram e outros extinguiram-se. Sendo muitos deles de carácter pessoal outra coisa não seria de esperar. Criar um blogue é fácil mas alimentá-lo exige dedicação e persistência, nem sempre ao alcance de um único colaborador. Podemos também associar este fenómeno a uma espécie de moda, findo o “alvoroço” sobreviveram aqueles que por este ou aquele motivo ganharam solidez e espaço de referência.


Um desses espaços é indubitavelmente o b’MCNS, que ao longo dos últimos três anos pautou o seu trajecto de forma sóbria e discreta, ainda que recentemente tenha assumido algum protagonismo. Para isso contribui certamente a inactividade do Canas&Senhorins, mas tal não invalida o reconhecimento do excelente trabalho dos colaboradores do b’MCNS.


Igualmente dignos de referência continuam a ser o “Ai o Camandro” do Farpas (blogger por demais identificado), com uma projecção que ultrapassa as fronteiras cá da terra, o Efeneto, dinamizador incansável na gestão de vários blogues (MSport, EscolinhasGDR, IniciadosGDR, InfantisGDR, Grito do Poeta, Urgeiriça em Peso, b’MCNS e outros) e o “Desacreditado” do Tomahock, excelente no design e em franca ascensão.


Por outro lado, lamenta-se a “apatia” do “ACR da Póvoa”, um projecto que merecia ser revitalizado, do “Mulherio”, que parece estar em “banho maria” e do “Voando sobre um ninho de cucos” do Cingab, em tempos blogger muito activo, autor da célebre frase “há vida para além dos blogues”, à qual, pelos vistos, decidiu dar cumprimento.


Por fim assinala-se com agrado a criação do blogue e do "site" do Sport Vale de Madeiros e Benfica, já se justificava colmatar esta lacuna. Entramos então em 2009 com 19 blogues activos, um registo ainda assim assinalável para a dimensão da nossa vila.


Aproveito igualmente para evidenciar o papel dos blogues (e dos bloggers) na sociedade canense, afinal alguns foram (e são) particularmente enérgicos e opinativos no que concerne à vida social e política da vila, e em muitas circunstâncias substituem-se à clássica imprensa, noticiando, divulgando e até “fazendo notícia”. Parece indiscutível que a sua existência é saudável, pese embora o amadorismo e um ou outro equívoco. Claro que existe sempre o risco da “inconveniência”, da crítica gratuita, da insinuação, do comentário irreflectido ou mesmo leviano, mas, em última análise os canenses saberão distinguir o trigo do joio e filtrar o que realmente vale a pena.


Deixo um apontamento estatístico de 2008 sobre o comportamento dos blogues activos de Canas em 31/12/2008 que disponibilizam contadores. Continuação de boas “postagens” em 2009.




Evolução

    Indicadores

    2006

    2007

    2008

    Nº de blogues activos

    20

    25

    19

    Nº de páginas visitadas

    134 652 a)

    301 237

    304 095

    Nº de artigos

    2134

    3152

    2169

    a) N.º de visitas

    16/01/2009

    No baú dos outros...

    Poderá parecer chato mas não. Este espaço está a tornar-se um autêntico museu virtual. Um lugar onde mais tarde os jovens poderão vir pesquisar tudo o que se relaciona com Canas de Senhorim. Colegas meus andam a “rebuscar” nos respectivos baús. Eu não tenho baú. Nada melhor que “rebuscar” no dos outros. Com a cumplicidade de vários amigos dou mais uma achega para a história das “Megas” cá da terra. Desculpem a insistência mas o que poderá hoje nada valer, para os jovens conhecerem a terra que pisam poderá vir a ter muito valor.
    Transcrição
    Para os simpáticos directores e colaboradores da Mega, a minha simpatia, a minha disponibilidade, a minha amizade e o desejo de muitos êxitos.
    Assinatura de: Maria Natália Miranda 15 – 02 - 88

    Transcrição
    Para os colaboradores da Mega Rádio, com um abraço de muita amizade e os votos calorosos de sucesso.
    Assinatura de: Arlindo de Carvalho
    Canas de Senhorim, 15 – 02 – 88


    "Acta da Constituição da Cooperativa Mega Rádio - Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, C.R.L, com sede em Canas de Senhorim, nos termos do Artigo 11º do Código Cooperativo (Decreto - Lei nº. 454/80, de 9 de Outubro, e Decreto Lei nº238/81, de 10 de Agosto, e Lei nº.1/83, de 10 de Janeiro).

    No dia 25 de Outubro de 1986, às 21h30m, reuniram em Canas de Senhorim, Freguesia de Canas de Senhorim, Concelho de Nelas, as seguintes pessoas:
    António Manuel dos Santos Brizida Rojão
    Orlando Ernesto Constâncio Vieira
    Helder José Gomes Ambrósio
    António José Dias dos Santos
    Júlio António Soares Fernandes
    Jorge Paulo Loureiro Soares
    Artur Jorge Cardoso da Silva
    Paulo Jorge Rodrigues Dias
    António João Pais Miranda
    António Manuel Esteves Figueiredo
    António José Andrade da Costa
    Fernando Gomes Pinto
    António Brandão Gonçalves
    António Luís Sampaio de Abreu Madeira
    José Carlos Araújo Morgado
    Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano

    A pessoa identificada em primeiro lugar, depois de proceder à identificação de todos os presentes por conhecimento pessoal e pelos respectivos Bilhetes de Identidade, que exibiram, declarou aberta a sessão desta Assembleia para constituição de uma cooperativa, que se reúne dos termos do artigo 11º do Código Cooperativo. Seguidamente, foi proposto pela mesma pessoa, Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, que se elegesse uma mesa para dirigir os trabalhos da assembleia, tendo sido eleito o próprio Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, como Presidente da Assembleia, e, como Secretários da mesa, as pessoas identificadas sob os nºs 2 e 3, respectivamente Sr. Orlando Ernesto Constâncio Vieira e Sr. Helder José Gomes Ambrósio. Constituída a Mesa, o Presidente pôs à discussão a Constituição de uma Cooperativa para associar todos os presentes e outras pessoas que posteriormente a ela se queiram associar nos termos estatutários.
    E foi seguidamente apresentada à Mesa pelo Sr. Fernando Gomes Pinto uma proposta de seguinte teor:
    " Por todas as pessoas que constituem esta Assembleia é constituída uma Cooperativa nos seguintes termos:
    A) A cooperativa denomina-se Mega Rádio - Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, C.R.L., conforme consta do certificado emitido pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas em 5 de Outubro de 1986, e tem sede em Canas de Senhorim, freguesia de Canas de Senhorim, concelho de Nelas;
    B) A Cooperativa pertence ao ramo de cultura a que se refere o artigo 4º do Código Cooperativo;
    C) A Cooperativa tem por objecto a produção e realização da transmissão de programas radiofónicos e, através da produção e realização de exposições, espectáculos e conferências de carácter cultural, incentivar, defender e divulgar os interesses regionais;
    D) Cada uma das pessoas presentes e que constituem esta Cooperativa realizam nesta data 3 títulos de capital no valor de 500$00 cada um, ficando assim nesta data realizado o capital de 24.000$00, sendo o capital mínimo da cooperativa de 50.000$00;
    E) Para o primeiro mandato que se segue à constituição da Cooperativa são designados para os Corpos Sociais as seguintes pessoas, todas presentes nesta Assembleia:

    Direcção:
    Presidente - António Manuel dos Santos Brizida Rojão
    Vice - Presidente - Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano
    Tesoureiro - Helder José Gomes Ambrósio
    Secretário - Fernando Gomes Pinto
    Primeiro vogal - António Manuel Esteves de Figueiredo

    Conselho Fiscal:
    Presidente - António Luís Sampaio Abreu Madeira
    Secretário - António José Dias dos Santos
    Relator - António José Andrade da Costa

    Mesa da Assembleia - Geral:
    Presidente - José Carlos de Araújo Morgado
    Vice - Presidente - António João Pais Miranda
    Secretário - Orlando Ernesto Constâncio Vieira

    Ao grande Capitão




    Figura incontornável do futebol canense e distrital.

    Respeitado e admirado pelos colegas e idolatrado pelas camadas jovens, foi o jogador que por mais vezes vestiu a camisola do GRD e que mais vezes envergou a braçadeira de capitão, ficou mesmo conhecido como o "grande capitão".

    Já esteve à frente dos desígnios do GDR, hoje pertence aos "ultra"...

    O seu desempenho pelo GDR atravessou três décadas, iniciou a carreira nos anos 70, jogou toda a década de 80, vindo a concluir a carreira já na década de 90!

    A Associação de Futebol de Viseu, no seu conselho disciplinar, reconheceu as qualidades deste capitão ao atribuir-lhe um louvor pela meritória actuação, um caso ímpar no futebol distrital, atribuído assim a um jogador do GDR.

    15/01/2009

    Contas Livres

    Poderá ser um pouco estranho este título, mas na realidade tem bastante lógica. A Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL) lançou no dia 13 de Janeiro um site totalmente produzido com software livre que não é nada mais nada medos do que um motor de busca ao site da BASE, que é um site governamental que contém informação relativa à formação e execução dos contratos sujeitos ao Código dos Contratos Públicos. Por outras palavras é um site que contém todas as informações sobre contratos feitos por entidades públicas (pelo menos é o que eu penso que é!).
    De momento o site ainda não contém todos os contratos indexados, pois, tal como se encontra, foi o trabalho de apenas um dia! E posso garantir que é muito mais fácil pesquisar neste novo site do que no próprio site da BASE.
    Por lá já se encontra um contrato para uma obra em Canas que data de 2008-11-13!
    Se quiserem ir vendo para onde está a ir o dinheiro que supostamente devia ser investido em Canas basta seguirem este link.
    Se quiserem pesquisar outras informações vão ao site inicial http://transparencia-pt.org/, até porque por lá encontram-se despesas engraçadas, como uma fotocopiadora Multifuncional do tipo IRC3080I para a Divisão de Obras Municipais do Município de Beja no valor de 6.572.980,00 €!!!

    Mais informações sobre o projecto aqui.

    14/01/2009

    "Dê um pouco do seu sangue e salve uma vida"

    O sangue humano continua a não ter substituto.
    Em nome de todos os que necessitam e dos que virão a necessitar de sangue, continue a colaborar connosco e procure-nos no:
    Dia 18-01-2009
    Das 8:30 às 12:30
    No seguinte local:ESCOLA SECUNDÀRIA ENG: DIONISIO AUGUSTO CUNHA- CANAS DE SENHORIM
    Gratos pela sua generosidade.

    (Não esquecer do Bilhete de Identidade)

    13/01/2009

    O Jardim Zoológico


    Era uma vez... Um Jardim Zoológico que abriu falência!...

    Toda a administração e funcionários de topo partiram às suas vidas, deixando para trás um ou outro tratador que não teve coragem de abandonar os animais à sua sorte...
    Com o passar dos dias, o alimento foi faltando! E, como seria de esperar, a lei da selva começou a imperar... Os tratadores iam tentando defender os mais fracos como os pequenos mamíferos e, principalmente os herbívoros... As aves voadoras desertaram para outros zoológicos... Daria especial ênfase às araras e papagaios, que, de quando em vez, voltavam por momentos as seu antigo zoo falido e “azucrinavam” as cabeças àqueles que de lá não podem ou não querem sair, com papagaiadas e barulhos:
    - Esses tratadores são um ladrões, roubam o vosso comer!... - ou então:
    - No outro zoo é que é bom, vocês são meios estúpidos acreditarem ainda neste zoo!...

    Mas, pior ainda, são os leões... Sim, aqueles que se julgam os reis da selva, mas não passam de um enorme fardo que o zoológico e seus tratadores mais fieis têm de aturar... A eles juntam-se as hienas com o seu sorriso cínico de hálito putrefacto, as cobras venenosas e rastejantes, os ursos que só sabem afirmar que antigamente é que eram bom, os pavões a abrirem as suas caudas quando vêm passar “a banda”... Enfim!... Uma tristeza que dá dó!...
    Sempre que algum popular passava pelas portas do jardim para oferecer alguma comida o caldo ficava entornado... Ou era o feno que deveria ir para as girafas, ou para os antílopes... Se as febras de burro velho deveriam ir para os Tigres da Malásia ou para as Panteras... Ou mesmo se os ratos brancos de laboratório dariam para alimentar as águias ou os falcões...

    Que Jardim Zoológico este!... Sem ter quem mande, faça-se então com que impere a lei da selva, porque com esta bicharada não há macaco de cu pelado que aguente!...

    O Presidente falou...

    No mês em que se comemora o 75º aniversário do GDR Canas de Senhorim, apresentamos a entrevista ao seu actual presidente. A equipa do MSZone, aqui publicamente, agradece ao Sr. Adelino Mouraz a sua disponibilidade. O nosso muito obrigado.


    Ponto 1 - Situação Económica
    MSZ - Qual o orçamento anual do GDR?
    A Mouraz- O orçamento esta época será idêntico ao da época anterior. Apresentámos contas em Assembleia Geral aos nossos associados, tendo essas contas sido aprovadas por unanimidade. Os sócios se realmente estivessem interessados estariam presentes em tal assembleia, e a todos aqueles que por qualquer motivo não estiveram presentes a direcção disponibilizará essas informações.

    MSZ - Deste, qual a dependência de dinheiros públicos?
    A Mouraz- Tal como todos os clubes do conselho sempre dependemos dos dinheiros públicos. Sem esses subsídios não é viável manter a estrutura de qualquer clube seja ele qual for.

    MSZ - Os apoios da C. M. Nelas aos clubes de futebol do concelho deram alguma polémica no verão passado. Quer explicar aos sócios e simpatizantes do GDR quais os critérios para auferir subsídios da C. M. Nelas?
    A Mouraz- Os critérios para auferir dos subsídios da Câmara Municipal de Nelas são os mesmos utilizados à muitos anos. No inicio de cada época futebolística a Câmara atribui subsídios às equipas de futebol do concelho, assim como em determinada altura do ano faz o mesmo em relação a outras instituições e colectividades, tais como Associações carnavalescas, Ranchos Folclóricos, etc.

    MSZ - Sabemos que os próximos tempos não irão ser fáceis. Como pensa gerir financeiramente o clube?
    A Mouraz- Nos tempos em que estamos nada é fácil, e este clube tal, como outros, e outras associações, esperam cada vez tempos mais difíceis. Espero geri-lo financeiramente tal como o fiz sempre que estive á frente dos destinos do clube, com muito rigor financeiro, tendo como lema “não gastar mais do que aquilo que realmente podemos gastar”

    MSZ - Qual o peso do futebol sénior no total anual dos gastos do clube?
    A Mouraz- No patamar onde nos encontramos no futebol distrital o GDR Canas de Senhorim deve ser dos poucos clubes que menos gasta com o Futebol Sénior. Sem dúvida que o Futebol Sénior dentro do orçamento do clube é o que mais gasta, mas em contrapartida também é o que gere mais receitas aos cofres do clube, e é aquele em que os sócios mais exigem a nível de resultados a todas as direcções que por aqui passam.
    Ponto 2 – Sócios
    MSZ - Qual o nº de sócios actual? O nº tem conhecido oscilações?
    A Mouraz- O número de sócios é actualmente de 360, não tendo sofrido grandes oscilações. As pequenas oscilações prendem-se apenas com o falecimento de alguns, que serão sempre sócios no pensamento do Desportivo, e outros, porque não se identificam com alguém que está no clube, e para esses o mais fácil é deixarem de o ser. Com mentalidades destas este clube não pode alcançar patamares que alguns sócios exigem.

    MSZ - Qual o peso (percentual) das quotizações para o orçamento do clube?
    A Mouraz- O peso percentual das quotizações é muito baixa no orçamento do clube, ronda talvez os 10% desse mesmo orçamento, o que não invalida que essa percentagem não seja muito benéfica e importante para quem está a gerir o clube.

    MSZ - O que tem sido feito para aumentar o numero de sócios?
    A Mouraz- Têm sido feitas algumas iniciativas para aumentar o número de sócios, uma delas na época passada em que apresentámos aos associados a oferta de um livre transito para toda a época futebolística a quem trouxesse três novos sócios para o clube. Não fomos correspondidos em tal iniciativa, e tenho a lamentar que os amigos do clube nem sequer um novo sócio trouxeram. Parte dos sócios exigem o melhor a quem está á frente do clube, mas infelizmente nestas iniciativas eles não estão cá.
    Ponto 3 -Estabilidade Directiva
    MSZ - Esta direcção tem tido um inegável sucesso à frente dos destinos do GDR. Qual o segredo para contas sãs e sucesso desportivo?
    A Mouraz- Sem dúvida que esta direcção a que presido há cerca de 5 anos, embora com pequenos ajustes a nível directivo, tem tido o seu sucesso. Aproveito aqui para lembrar aos sócios e amigos do clube que para a época de 2004/05 não havia quem pegasse no clube estando por esse motivo a atravessar uma crise directiva até finais de Agosto. Fui eu juntamente com o Sr. José Lima, já em inícios de Setembro, que resolvemos não deixar que o clube fechasse as portas e convidámos um grupo de pessoas que amavelmente não nos disseram que não. Com uma equipa construída há última da hora ainda nos classificámos em 4º lugar no escalão sénior da 2ª Divisão.
    A época seguinte, 2005/06, já foi melhor e aí atingimos o 2º lugar, o que nos daria o acesso a disputar um lugar na Divisão de Honra com o 2º classificado da Zona Norte. Fomos os vencedores desse disputa mas infelizmente nesse ano não deu para ascendermos á Divisão de Honra.
    Na época de 2006/07, aí sim, apostámos fortemente na subida de Divisão, o que com o esforço de todos fomos bem sucedidos, tendo inclusive sido Campeões Distritais na referida prova e alcançado a final da Taça Sócio de Mérito, o que nos permitiu pela 1ª vez na historia do clube estarmos na Taça de Portugal na época seguinte.
    Época de 2007/08, presença na Divisão de Honra, aliás a divisão em que toda a direcção pensa ser o lugar certo para os pergaminhos deste clube. Um honroso 5º Lugar logo no ano de estreia.
    2008/09, na época que está a decorrer, a nossa ambição passa por manter a classificação da época anterior (5º lugar), ou se possível fazer um pouco melhor.
    Quero reafirmar, com tudo aquilo que disse, que o sucesso do GDR Canas de Senhorim nestas últimas épocas se deve ao bom trabalho desenvolvido pela actual direcção e seus colaboradores. Sobre as contas do clube, da minha parte e da parte dos meus colaboradores, todos somos da opinião de seguir o lema já descrito: “não gastar mais do que aquilo que realmente podemos gastar”.

    MSZ – A recente remodelação, com a entrada de novos elementos veio dar mais dinamismo a esta direcção?
    A Mouraz- Sem dúvida que com pequenos ajustes e a entrada de novos elementos houve outro dinamismo. Não quero com isto dizer que aqueles que hoje já não se encontram não foram úteis ao clube, pelo contrário, mas devido aos seus afazeres pessoais tiveram que infelizmente abandonar . Com os que estão e com aqueles que partiram eu apostaria novamente em tais pessoas para uma recandidatura. Aproveito para dizer o meu muito obrigado àqueles que comigo trabalharam e para os que actualmente fazem parte da minha equipa.
    Ponto 4 -Equipas de Futebol
    MSZ - Como tem decorrido esta época futebolística a nível de seniores?
    A Mouraz- A época futebolística a nível sénior tem decorrido dentro daquilo que foi programado no inicio da época. Como atrás foi referido, os nossos objectivos passam por atingirmos uma classificação igual á da época transacta e se possível melhora-la.

    MSZ - Está á vista de todos a excelente melhoria das equipas mais jovens. Podemos concluir que esta política de ter camadas jovens é benéfica ou se pelo contrario se torna um “fardo” financeiro para o clube!
    A Mouraz- Sem dúvida que tem havido uma excelente melhoria das equipas mais jovens. Essa melhoria deve-se ao trabalho desenvolvido pelos técnicos ao longo destas últimas épocas. Aproveito para agradecer publicamente a esses técnicos o magnifico trabalho que têm desenvolvido em prol do GDR Canas de Senhorim. Sem dúvida que é muito benéfico ter camadas de formação nos clubes. Não é “fardo” nenhum, pelo contrário, é uma semente a colher pelo clube num futuro próximo.

    MSZ - O GDR tem estrutura (financeira) para uma 3ª divisão nacional?
    A Mouraz- O GDR Canas de Senhorim tem estruturas capazes de enfrentar uma 3ª Divisão Nacional, tal como alguns clubes que hoje lá militam. O GDR Canas de Senhorim, hoje, tem condições de trabalho de fazer inveja a alguns clubes da Divisão de Honra e até a alguns da 3ª Divisão nacional. O que falta realmente neste clube para atingir esses objectivos e esses patamares é mais apoio das “gentes desta terra”. No dia em que os canenses forem unidos em torno do clube da sua terra, sem dúvida que teremos capacidades para enfrentar esse desafio.
    Ponto 5 - Modalidades
    MSZ - Vê com bons olhos o GDR ter equipas em modalidades que não o futebol (se um grupo de sócios a isso se disponibilizasse)?
    A Mouraz- O GDR Canas de Senhorim tinha o dever de ter outras modalidades que não só o futebol, assim as pessoas se disponibilizassem junto das direcções, dispostas a colaborar. Temos uma pista no nosso estádio que é uma das poucas do nosso distrito sem utilidade. Daqui faço um apelo aos amantes do atletismo, que venham junto da direcção e se disponibilizem a avançar com esta modalidade. Aproveito ainda para colocar esta pista à disposição das nossas escolas para que esta tenha utilidade e que seja útil aos nossos jovens.

    MSZ - Já teve propostas nesse sentido?
    A Mouraz- Já tivemos uma proposta na época passada, para que fosse possível o ciclismo estar representado no clube. Foi uma óptima ideia, tendo esta direcção levado à Assembleia Geral tal proposta para que esta modalidade fosse criada. Foi criada mas acabou logo á nascença.
    Ponto 6 - Infra-estruturas
    MSZ - Para a sua actividade o GDR tem alguma reivindicação quanto a infra-estruturas?
    A Mouraz- A reivindicação que o GDR Canas de Senhorim tem feito junto das entidades competentes, além do campo de futebol pelado, tem a ver com a obra a fazer na parte da bancada coberta do Complexo desportivo. Aí esperamos num futuro próximo a construção de uma sede digna para os associados e criar condições de trabalho para as direcções e departamentos de futebol, e outros que possam futuramente fazer parte do clube.

    MSZ - Para quando uma sede condigna para o desportivo? Acha possível edificá-la no complexo desportivo?
    A Mouraz- A sede terá que ser nesta área a que me acabo de referir na pergunta anterior.
    Para quando?
    Quando as entidades competentes assim o entendam. Para uma obra desta envergadura, o clube não tem capacidades financeiras, e se não houver ajuda exterior de alguém, esse sonho não é possível de ser concretizado. Como confio nas pessoas, acredito que o sonho se torne realidade dentro de um futuro a médio prazo.
    Ponto 7 – Outros
    MSZ - 75 Anos são uma bonita idade. Que sente um Presidente ao olhar para o “seu” clube com esta idade?
    A Mouraz- Sinto-me orgulhoso por todas as pessoas que deram o seu esforço e suor ao longo destes 75 anos em prol do GDR Canas de Senhorim. Aproveito para endereçar um convite a todos os amigos do “Desportivo” a estarem presentes no jantar de aniversário deste nosso querido clube que se realiza no próximo dia 30 de Janeiro.

    MSZ - Costuma consultar o Município SportZone ou o Canas Online?
    A Mouraz- Sempre que posso dou uma “espreitadela” ao Municipio Sport Zone e ao Canas Online.

    MSZ - Acha possível estreitar os laços com estas plataformas virtuais com o intuito de divulgar ao público o dia-a-dia do desportivo?
    A Mouraz- Enquanto presidente deste clube e sempre que pretenderem estarei disponível a dar a minha colaboração.
    Aproveito para desejar a todos os amigos do GDR Canas de Senhorim um bom ano de 2009 e que, na medida do possível, continuem a apoiar este clube que bem merece e precisa da ajuda de todos para se manter dignamente no lugar que merece no desporto português.
    Eduardo A Mouraz Alexandre

    12/01/2009

    Villa Romana do Fojo - A resposta da Câmara Municipal





    Sensivelmente 2 meses após ter sido despoletada a polémica da destruição de vestigios arqueológicos na Villa Romana do Fojo, recebi hoje a posição oficial da Câmara Municipal, que anexo integralmente. A referida carta merece-me 4 observações:

    1) Fico satisfeito por saber que o protesto promovido por este blogue, a que se associaram vários canenses, pode vir a ter consequência práticas : permitir que se faça um estudo de salvaguarda da estação romana do fojo, por forma a minorar as perdas resultantes da destruição selvagem que foram objecto;

    2) Ficar perplexo pelo facto da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia ( independentemente do julgamento a fazer acerca de quem "podia" e de quem "devia" ter evitado este "crime") desconhecerem, à data dos pareceres emitidos sobre a operação de loteamento, a existência de um bem arqueológico inventariado, como já se fez prova neste blogue. Realço novamente que esta estação romana está longamente identificada em bibliografia local publicada pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal (“Arqueologia e arte no Concelho de Nelas” da autoria dos Professores Maria de Fátima Eusébio e Jorge Adolfo Marques, editada em 2005 pela Câmara Municipal ; e “Canas de Senhorim – História e Património” , edição da Junta de Freguesia de Canas de Senhorim;

    3) Apelar às entidades com responsabilidades (vinculativas ou não vinculativas) no licenciamento de obras de edificação na freguesia de Canas de Senhorim, que promovam uma melhor preparação e formação dos seus técnicos por forma a não permitir que projectos lesivos do património sejam aprovados sem a salvaguarda de, insisto, valores maiores.

    4) Recordar que, encontrando-se as obras do loteamento aqui referido em fase de conclusão, e dado que se seguirá - como a lei obriga - uma série de pedidos de emissão de licenças de utilização das moradias do loteamento, a Câmara Municipal tem uma boa oportunidade para "obrigar" o promotor a realizar os referidos estudos (sem prejuízo do desfecho do procedimento de contra-ordenação), condicionado a emissão das licenças de habitabilidade à realização dos trabalhos de salvaguarda.







    Sport Vale de Madeiros e Benfica


    http://svmbfutebol.blogspot.com/

    Desde Agosto de 2008 o Sport Vale de Madeiros e Benfica conta com dois espaços na Net, o blogue do SVMB em http://svmbfutebol.blogspot.com/ e o site oficial do clube em http://svmbclube.com.sapo.pt. Administrados e desenvolvidos por Daniel Monteiro preenchem uma lacuna que já se fazia sentir no espaço “internáutico”. Os pergaminhos do clube estão certamente bem entregues e a simpática localidade de Vale de Madeiros de parabéns. Felicidades para os projectos.

    Parabéns AHBV Canas de Senhorim

    Retirei estas fotos do meu baú, para desta forma homenagear aqueles que, todos os dias continuam a defender o lema "VIDA POR VIDA". Estas fotos foram tiradas no maior desfile de Fanfarras feito no País no ano de 1993, onde os Bombeiros de Canas, foram considerada uma das melhores Fanfarras do desfile.

    Em 1930, após um pavoroso incêndio, ocorrido na vila de Canas de Senhorim, um grupo de cidadãos iniciou os contactos oficiais que iriam levar a criação de uma Associação de Bombeiros Voluntários nesta Vila Beirã.
    A data oficial da sua criação foi o dia 12 de Janeiro de 1931, sendo dessa data os seus primeiros estatutos, aprovados pelo Governo Civil de Viseu.

    Carro de combate a incêndio antigo a desfilar

    Fanfarra dos Bombeiros de Canas, a descer do Marquês de Pombal, em plena Avenida da Liberdade para a Praça do Comércio

    Foto de família num jardim junto ao Marquês de Pombal

    "Canal 3" aí vai a prova!

    foto gentilmente cedida por: amef

    "Para não ter que contar toda a história radiofónica canense que, de resto, seria muito extensa para este comentário, queria dizer-lhe que está certo quanto à existência, composição e localização da "original" RAC. No entanto, como co-fundador da saudosa "Mega" (até no nome, ao contrário do que era habitual, se destacava no extenso espectro nacional!!), queria dizer-lhe que, um grupo de pessoas, sabendo da sua existência e de outras experiências anteriores em circuito fechado, isto é, sem emissor, produzindo apenas registos magnéticos, alguns em minha posse, achando a ideia interessante, resolveu dar-lhe alguma expressão, tudo combinado na esplanada da "Galé", no meio de "finos", tremoços, amendoins e alguns camarões, após os jogos de futebol de salão que decorriam naquele verão, nas instalações dos Bombeiros, antes do encerramento da CPFE.

    Resolveu-se, então, convidar os animadores e fundadores da original RAC para integrarem o Projecto Mega Rádio. Uma dessas pessoas que referiu não foi convidada e todas as outras aceitaram integrar o projecto. Inicialmente, como disse, instalámo-nos nas águas furtadas do prédio onde vivia o amigo António Brízida Rojão, onde ninguém cabia em pé, e poucos meses depois mudamos para o espaço que hoje é ocupado pelo Jornal Canas de Senhorim. Para que saiba, Helder Ambrósio junta-se ao "staff" nesta fase. O Horácio Peixoto, sempre colaborador e co-fundador, que me lembre, nunca foi lucotor mas colaborava em muitas outras coisas. Já o Antunes (Toninho iu) foi uma peça chave do projecto. Era ele o homem das electrónicas, com capacidade de montar as antenas e o emissor comprados em kit e em ...Madrid. Lembro com admiração alguns carolas que contribuiram financeiramente para tudo isto: Rojão, Figueiredo, Caetano, Ilídio, Brandão, Tó-Zé Lopes e outros, que já não me lembro mas que, concerteza, me desculparão por isso. Quanto às pessoas e à formação da "segunda via" da RAC está certo no que disse mas, queria dizer-lhe que, mais uma vêz, houve carnaval em Canas de Senhorim, fora de tempo, sim, o carnaval não dura só três dias como diz a canção mas, infelizmente, o ano inteiro. Digo-lhe mais, por tudo isto hoje não temos rádio nenhuma (e tanta falta nos fêz, na luta!!) assim como não temos, porque perdemos, outras coisas. Antes de terminar, queria dizer-lhe que o nome adoptado antes da legalização como RAC, foi "Canal 3", lembra-se? Para entender porque é que ficou finalmente com a designação "RAC", tudo teve a ver com a constituição das cooperativas: A Mega Rádio constituiu uma de raíz enquanto que a RAC aproveitou uma já existente, que detinha a também saudosa publicação quinzenal jornal "Tribuna de Canas". Como a antiguidade das cooperativas fazia parte dos critérios de selecção para atribuição de frequências (lei das rádios regionais), a "fusão" Mega-RAC concorreu com a cooperativa da ...RAC. Ah! lembra-se do Pedro Vieira? Foi recrutado por mim para a Mega. Na Mega se formou e depois fez carreira na Rádio...Renascença!!!

    Cumprimentos.

    P.S.: A sede de concelho também tinha uma rádio. Chamava-se "Rádio Club de Nelas" e não teve arte nem engenho para concorrer à única frequência disponível, mas, Canas tinha de ter duas....!!!!!!?????"

    Publicado por Anjodisa em Município de Cannas de Senhorym a 8 Janeiro, 2009 pelas 02:44h

    10/01/2009

    Votos para 09 _ Miguel Tiago (O PCP é favorável à Restauração do Concelho de Canas de Senhorim)


    Comentário de Miguel Tiago (PCP)
    (Pedras contra Canhões)
    Deputado na AR
    em 20 de Dezembro de 2008

    (Entrevista de Farpas na barra lateral)

    No PCP não há os grandes, nem os pequenos. Colectivamente, os compromissos são compromissos e isso basta. A posição do PCP é favorável à restauração do Concelho de Canas de Senhorim , no âmbito de uma reestruturação administrativa racional, que não veja avulsas as peças municipais do país e que traga de facto mudança, ao invés de satisfação sem que nada mude.

    um abraço e boa luta!


    09/01/2009

    Orçamentos

    Há orçamentos para todos os gostos, todos os anos, sempre iguais, como mais ou menos barulho!...

    Aquilo que se torna deveras transcendente é os meus caros amigos (os que se considerarem) andarem, parece, todos os anos a descobrirem a pólvora… Seca! Quando outros andam já nas bombas de hidrogénio…
    Por mais contas que façam Canas de Senhorim será sempre uma rica galinha dos ovos de ouro do concelho de asnelas…
    Como me quer parecer que Efeneto e Pombo Correio, ilustríssimos colaboradores deste Blogue, parecem ficar melindrados sempre que Cingab posta (a coberto de um anonimato), a minha missão torna-se mais difícil, por respeito a eles, mas…

    Depois parece que olhar a nossa história (desportivo, rádios, jornais, carnavais e outras coisas mais) é como um penoso recordatório e uma eterna “pedra no sapato”… Claro que os Jogos de Futebol de Salão nos Bombeiros eram interessantes, claro que o loto, sacado pelo AMEF, era estonteante, claro que as faltas de respeito para com os árbitros e organizadores eram divertidas (excepto para eles)… Obviamente que antigamente é que haviam Pisões e Paneladas… Que fixe seria termos ainda a RAC e a MEGA… O Campo de Raposeira, a ENU e a CPFE… Vejo até longas horas de dissertações sobre quais dos MRCCS defendem Canas de Senhorim… Como era lindo termos um Rancho Folclórico Infantil…

    Mas, onde estão as pessoas?... Não é mais fácil estar no café ou mesmo nos blogues a dissertar do que estar a fazer um carro alegórico no pavilhão do Rossio ou do Paço?

    Querem que os vossos filhos pratiquem desporto em Canas, porque não fazem como aqueles bravos “mister’s” que treinam as escolinhas do GDR? Porque é que eu em vez de estar para aqui a escrever este post não estou a ajudar a fazer o jornal de Canas de Senhorim?

    Quer-me parecer que gostamos muito de estar à espera dos outros e não temos obra para mostrar, algo que tenhamos feito sem esperar outra recompensa. Criticamos quem o faz, criticamos quem, estoicamente, tenta manter as associações, as cooperativas e entidades… Desconhecemos ainda assim que, não há muitas freguesias Vila em Portugal que têm três clubes Filiados na Federação Portuguesa de Futebol! Não nos lembramos que temos os Escuteiros mais reconhecidamente trabalhadores a nível nacional, dois hotéis (será 1,5?), um Carnaval 5 estrelas… Muitos tentam comercializá-lo, mas não dá!

    Agora, para discutir orçamentos, execuções orçamentais e leis, teria de estar criado o concelho de Canas de Senhorim… Fora isso vamos “mamando” à vez com a certeza que casa onde não há pão, todos choram e ninguém tem razão!...

    PS.: Caso este post cause algum eriçamento ao @efeneto e ao @pombo correio é só dizer, eu tento torná-lo mais cultural!... LOL :P

    Ser Padre...

    Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação. Ser padre não é uma tarefa fácil! Deixar tudo e entregar-se completamente nas mãos do Senhor pede vocação, força e fé. Muita fé. O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraquezas e também emoções e sentimentos. É claro que, em alguns casos, nem sempre os limites humanos são superados, mas a graça divina e a oração constante são a melhor ajuda para os momentos de dificuldade. O padre precisa de nós tanto quanto nós dele. Precisa do nosso apoio, colaboração e compreensão; precisa do nosso amor, da nossa amizade e das nossas orações. Precisa que rezemos pedindo que Deus o santifique, ampare e console nos instantes de fraqueza.


      efeneto - Atendendo à sua idade, poderemos dizer que é um jovem padre e um padre jovem mas tem certamente já algo a relatar do passado. Sempre dedicado à causa Cristã? É padre por opção, por influência familiar, ou outras?

      Padre Nuno - Como todos os jovens gosto de desafios, julgo que ser padre é um grande desafio. Fui educado para a liberdade, por um ambiente familiar harmonioso, apesar de plural (entre os + crentes e - crentes), desde pequeno senti um fascínio especial pela Igreja, sempre participei na vida da minha paróquia e um apelo interior crescente “vem e segue-Me”... tudo isto contribuiu, mas quem chamou foi Deus!

      efeneto - Sabendo que tinha vocação e vontade de ser Padre, com que idade pensou realizar o seu sonho?

      Padre Nuno - Ainda continuo a descobrir hoje a minha vocação, e espero assim continuar, mas a decisão foi tomada aos 25 anos e a ordenação aos 27 anos.

      efeneto - Onde realizou os seus estudos?

      Padre Nuno - Com 29 anos continuo a estudar, penso que já ando há 23 anos na ‘escola’, onde as oportunidades de aprendizagem foram imensas, tive grandes mestres na ‘arte do ensinar’, ganhei importantes amigos e enfim, muito gosto em me sentir um aprendiz. Frequentei a escola primária da minha aldeia (Vila Mendo de Tavares), as escolas preparatória e secundaria em Mangualde, os Seminários Diocesanos de Fornos de Algodres e de Viseu, a Faculdade de Teologia em Lisboa na Universidade Católica e actualmente tenho o privilégio de frequentar a Universidade Pontifícia de Salamanca. Talvez de escola já chegue, é hora de me dedicar mais a outros saberes, menos livrecos!

      efeneto - Onde celebrou a primeira Missa?

      Padre Nuno - Na Igreja onde fui Baptizado no dia 31de Dezembro de 1979, no 1º aniversário de Matrimónio dos meus pais em Abrunhosa-a-Velha, concelho de Mangualde. No dia 12 de Setembro de 2005, o dia seguinte à minha ordenação Sacerdotal, aí celebrei a primeira Missa.

      efeneto - Em Canas de Senhorim sente-se realizado?

      Padre Nuno - Graças a Deus, sinto-me muito feliz aqui!

      efeneto - Tem nesta freguesia bons colaboradores?

      Padre Nuno - Sem dúvida que encontrei um grupo muito interessante de pessoas comprometidas com a paróquia, graças ao bom trabalho que os meus antecessores por aqui fizeram. Agora, na paróquia há espaço para todos. Há sempre lugares em aberto, vagas para a boa vontade e urgência de solidariedade!

      efeneto - Em quantas aldeias desta freguesia celebra Missa?

      Padre Nuno - Em todas (Póvoa de Stº António, Lapa do Lobo, Caldas da Felgueira, Vale de Madeiros, Urgeiriça e Canas), temos 8 locais de Culto na paróquia – vamos procurando rotativamente, com a ajuda de um grupo de leigos que fazem Celebrações da Palavra, que se celebre o Domingo em toda a paróquia.

      efeneto- A requalificação da Capela de Santa Bárbara, a jóia da coroa aqui da terra, foi, certamente, um especial orgulho para si. O que sentiu no dia da sua inauguração?

      Padre Nuno - Senti-me muito feliz, mais do que orgulho uma enorme gratidão. Foi um trabalho de equipa muito interessante e sobretudo bem sucedido. Encontrei desde o início um grupo de pessoas muito motivadas para que esta obra se concretizasse, o que facilitou muito. Penso que os que de ali são ou ali têm alguma ligação participaram desta mesma alegria. É a alegria dos sonhos concretizados!

      efeneto - Já publicámos as contas da obra e os elogios sucedem-se. Foi difícil gerir a obra a nível financeiro?

      Padre Nuno - A paróquia ao nível dos seus recursos materiais, vive da generosidade dos seus paroquianos. Todos os anos são prestadas contas, àcerca da gestão que é feita e daquilo que as pessoas partilham com a paróquia, é um direito que as assiste e que temos respeitado com o máximo rigor. Este processo das obras de requalificação da capela conta com quase 3 anos de trabalho – sem falar do que está para trás, onde o Sr. D. Ilídio sempre colocou muito empenho – desde a elaboração do projecto, a procura de apoios para a excução do mesmo (aonde algumas portas não se abriram mas outras sim, felizmente!). Resolvemos avançar, mesmo sem ter todos os meios necessários (o que naturalmente traz sempre alguns calafrios), mas com duas convicções fortes: 1ª que sabíamos o que queríamos e a 2ª o dinheiro iria aparecer. Graças à Providencia Divina, manifesta em tanta generosidade, da parte de muita gente e algumas instituições, tudo foi possível.

      efeneto – Por certo que segue todo o mundo virtual canense. Nalguns comentários foi notória a insatisfação, em relação à placa comemorativa da inauguração não mencionar o seu nome - que para muitos deveria estar acima de alguns nomes que lá estão. O que nos tem a dizer àcerca disso?

      Padre Nuno - Li alguns comentários – que me pareceram pouco amplos e demasiado politizados - mereceram a minha melhor atenção e reflexão. Sempre tive para mim que as opiniões são para serem discutidas, os princípios para serem seguidos. Penso que esta matéria é perfeitamente opinável, no que diz respeito à conveniência da tal placa - pelo menos do seu conteúdo - mas como tudo tem um contexto, alguns desses comentários estavam feridos de descontextualização. Pensámos colocar uma placa para assinalar o acontecimento, que traduzisse o bom relacionamento institucional entre a igreja e poderes autárquicos, que acarinharam este projecto e o tornaram possível. É muito arriscado nestas coisas falar duns e deixar outros, concordo com isso! Mas sem dúvida de que os que lá figuram foram determinantes para que a requalificação da capela fosse concretizada, para além da sua função representativa. A mim agradam-me as parcerias, penso que é necessária a cooperação institucional, é claramente um motor de desenvolvimento. Estas ideias estão um pouco por de trás da tal placa. Pena é, a hipersensibilidade que atinge as pessoas aqui nestas terras em tudo que toca à esfera política. Claro que isso também tem um contexto!
      Agradeço os comentários, especialmente os que me foram feitos pessoalmente.

      efeneto - Normalmente, há três palavras que é melhor não referir em conversas com sacerdotes. Como o padre Nuno não é propriamente um sacerdote à "antiga", com todo o respeito para os sacerdotes com mais idade, arrisco-me a juntá-las na mesma pergunta e peço-lhe que comente como entender. Aborto, contracepção, homossexualidade.

      Padre Nuno - Os padres gostam de conversar, são pessoas predispostas para o diálogo, alguns mais ‘antigos’ são sábios, quando tiverem oportunidade falem com eles. Tudo aquilo que é do Homem é de Deus, onde está um Homem aí está Deus (celebramos este mistério no Natal). Entender assim a vida traz consigo algumas responsabilidades, impõe-se o máximo respeito diante da dignidade da Vida Humana, o aborto é uma interrupção do ciclo da vida, é um atentado à vida, um mal para responder a outros males, esta resposta é um caminho que não tem futuro.
      Contracepção, parece-me que se usa e abusa, suspeita-se hoje em dia que a crescente infertilidade das mulheres se deva a isso. Aqui é preciso conjugar meios e fins.
      Homossexualidade é uma opção (àcerca da qual a ciência pouco ou nada nos sabe dizer), total respeito por todos. Equiparar à família heterossexual, uma relação homossexual, acho errado.

      efeneto - O celibato é assim tão essencial à prática do sacerdócio como nos é dado a entender? Acha que um padre casado poderia ser um bom padre? Uma mulher poderia ser um bom sacerdote?

      Padre Nuno - O Amor feito entrega de vida é o mais importante! O celibato tem sentido na medida em que favoreça isso. O celibato não nos desumaniza. Sentimo-nos humanos como toda a gente. É uma matéria ‘disciplinar’ dentro da Igreja Católica Latina, nem sempre o foi ao longo da história. Pode ser reformada pela igreja, não é imposição é uma opção, uma forma de viver a nossa sexualidade. Com certeza que os homens casados podem ser bons padres bem como as mulheres, embora neste caso esteja a desfavor delas toda tradição, onde as mulheres nunca desempenharam estas funções na igreja, mas outras, que os homens nunca desempenharam nem puderam desempenhar.

      efeneto - Como cidadão do mundo e face ao actual cenário, como vê o futuro do país a curto e médio prazo?

      Padre Nuno - Julgo que passaremos por algumas dificuldades sociais, que se impõem algumas reformas, sobretudo em matéria político-social, onde por desgraça, se cometem injustiças de ‘bradar aos céus’. As reformas têm de começar por ‘cima’, tal como o exemplo tem de vir de “cima” (classe política). É preciso mudar mentalidades, investir na formação das pessoas e sempre apoiar as famílias. Se somos parte do problema também somos parte da solução.

      efeneto - E do mundo?

      Padre Nuno - O mundo tem de colocar o Ser Humano no centro de tudo e não o dinheiro, espero que seja capaz de fazer o que até agora ainda não fez: aprender com os erros passados.

      efeneto - Entrando no domínio da fantasia (ou talvez não, pois o futuro apenas a Deus pertence) imagine que era escolhido para ser Papa. Quais as três primeiras coisas a fazer?

      Padre Nuno - Convidava o @Efeneto para dinamizar o sítio na Internet da Santa Sé e depois resignava.

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          Quero aqui publicamente agradecer ao Padre Nuno a disponibilidade e entrega dada a esta entrevista.