16/02/2009
03/02/2009
GDR [Mais Do Que Um Clube]

no GDR não se formavam apenas jogadores de futebol…
Como sabem, actualmente encontro-me outra vez ligado ao GDR, escalões de formação criados (escolas e infantis) sensivelmente há três anos.
É com muito agrado que revejo grandes figuras da história do nosso clube:
Durante a minha formação, toda feita no GDR, desde os iniciados aos seniores, existiram pessoas que me influenciaram e nunca mais por mim (e pela maior parte da minha geração) serão esquecidas:
O velho PAIS CORREIA (para quem a bola tinha que ser tratada como uma menina), o respeito, o gosto pela boa farda, pois aqueles que com ele trabalharam recordam-se que se não estivessem rigorosamente equipados, com botas engraxadas, camisola dentro dos calções e meias subidas não entravam em campo (fosse quem fosse).
O TI GASPAR que me guardava os calções mais pequenos e as melhores meias (menos rotas) para me apresentar rigorosamente fardado.
Tinha sempre uma toalha pronta para o Paulito, não era que o desportivo não tivesse toalhas para todos, o que se passava era que as toalhas eram novas e como tal tinham uma espécie de goma que fazia delas "personas non gratas".
O Sr. Dirceu (sr.Liceu para o Ti Gaspar) que viu em mim algum talento para a bola lançando-me para a equipa sénior apenas com 17/18 anos.
O Presidente Fernando Ramos que depois de uma época sempre a pagar dobrada e sabendo que esta não era do meu agrado mandava confeccionar uma SOLA no Zé Pataco.
O Presidente Sr. Fernando Rico que perdeu uma aposta comigo num célebre jogo Oliveira de Frades / Canas de Senhorim apostando que se saíssemos vitoriosos daria um cheque de 50 contos (era dinheiro) para a equipa, cheque esse que me foi dado em mão depois da nossa vitória por 2/1 (marcando eu o golo da vitória).
O brincalhão do TIDA, sendo eu júnior e treinando com a equipa sénior, “abafou-me” o champô "timotei" passando ele a oferecer-me nos treinos seguintes do meu champô e eu nunca me apercebi do facto (coisa de caloiro).
Todas estas brincadeiras de balneários fazem crescer quem lá passa, o espírito de equipa acentua-se, existe o tal “cheiro a balneário”.
Colegas como o Quim, o Carvalhal, Mário Alberto, o Peras, Serafim, Fernando, Lima e outros mais, foram referências para mim, tinha apenas 17 anos quando comecei a lidar de perto com esta rapaziada, todos gostávamos do GDR com carinho. Nos jogos fora a coisa complicava-se sempre, eu como era o mais novo era defendido pelos mais velhos.
Certo dia antes de disputarmos um embate em Carvalhais, mesmo antes de entrarmos no balneário fomos violentamente agredidos, penso que eu fui o único elemento a quem não tocaram.
Recordo-me que a primeira vez que fui convocado para representar a equipa sénior, a convocatória estava colocada na montra da Pastelaria, saía às 5ª feiras à noite. Fomos disputar o primeiro jogo do campeonato distrital da 1ª divisão em Silgueiros, o Desportivo como habitualmente levou um autocarro de adeptos “ultras”.
Caros amigos, muitos de vocês identificam-se com este meu depoimento. Muitos de nós por lá passámos e sabemos que no GDR não se formavam apenas jogadores de futebol, formavam-se também homens, uns aprendiam com os outros, a mística continua…
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ibotter
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GDR,
GDR-75anos
02/02/2009
“Desportivo” é o grito que troa no ar…I
Trata-se de um extraordinário trabalho em que a maior parte do espólio é um exclusivo do Município de Cannas de Senhorym/SportZone/CanasOline.
Fotografias de presidentes, jogadores do passado e do presente, documentos e taças, registos áudio e vídeos, a história e deliciosas "estórias" contadas na própria pessoa.
Aproveitamos desde já para agradecer a essas mesmas pessoas a disponibilidade que tiveram ao abrir os seus "baús" do passado. Um bem-haja a todas.
Não temos escola jornalística, escrevemos com o coração, por isso fica já aqui o registo de pedido de desculpas por algum lapso ortográfico ou má construção de frases. Fizemos o melhor, mas acima de tudo a entrega e o amor que dedicámos a este trabalho por certo irá suplantar esses erros. Usaremos quando necessário a linguagem popular, porque é dessa força canense que vive o "Desportivo".
Foram muitos e bons os presidentes que passaram pelo "Desportivo", uns com mais história que outros, mas todos importantes. Apresentaremos a maioria, mas para começar escolhemos este SENHOR:
Porque os GRANDES HOMENS se aplaudem de pé, clap, clap, clap....
Terminamos este "primeiro episódio" com uma das muitas "estórias":
...na altura o "Desportivo" tinha um jogador de raça negra chamado Vaz, a certa altura o filho ao ouvir o hino:
[...quando eu vejo o azul e o preto, o vermelho no campo a correr...]
Ó pai, o preto sei eu, é o Vaz, o azul e o vermelho? quem são??...
[o pai é o @amef]
Continua...
Mais ou menos quatro minutos de história:
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®efeneto
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GDR-75anos
01/02/2009
22/01/2009
19/01/2009
Jantar comemorativo dos 75 anos do GDR
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PortugaSuave
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GDR,
GDR-75anos
18/01/2009
GDR - Escolas
João Silva , Xavi, Francisco Costa, Dinis, Tomás , Cerveira , Pedro Jorge e Emanuel
Obrigado aos " Misters" e à equipa técnica que os ajudam a serem uns desportistas, que lhes ensinam o sentido da justiça e que os ajudam a crescer.

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Caxuxita
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13/01/2009
O Presidente falou...
Ponto 1 - Situação Económica
A Mouraz- O orçamento esta época será idêntico ao da época anterior. Apresentámos contas em Assembleia Geral aos nossos associados, tendo essas contas sido aprovadas por unanimidade. Os sócios se realmente estivessem interessados estariam presentes em tal assembleia, e a todos aqueles que por qualquer motivo não estiveram presentes a direcção disponibilizará essas informações.
MSZ - Deste, qual a dependência de dinheiros públicos?
A Mouraz- Tal como todos os clubes do conselho sempre dependemos dos dinheiros públicos. Sem esses subsídios não é viável manter a estrutura de qualquer clube seja ele qual for.
MSZ - Os apoios da C. M. Nelas aos clubes de futebol do concelho deram alguma polémica no verão passado. Quer explicar aos sócios e simpatizantes do GDR quais os critérios para auferir subsídios da C. M. Nelas?
A Mouraz- Os critérios para auferir dos subsídios da Câmara Municipal de Nelas são os mesmos utilizados à muitos anos. No inicio de cada época futebolística a Câmara atribui subsídios às equipas de futebol do concelho, assim como em determinada altura do ano faz o mesmo em relação a outras instituições e colectividades, tais como Associações carnavalescas, Ranchos Folclóricos, etc.
MSZ - Sabemos que os próximos tempos não irão ser fáceis. Como pensa gerir financeiramente o clube?
A Mouraz- Nos tempos em que estamos nada é fácil, e este clube tal, como outros, e outras associações, esperam cada vez tempos mais difíceis. Espero geri-lo financeiramente tal como o fiz sempre que estive á frente dos destinos do clube, com muito rigor financeiro, tendo como lema “não gastar mais do que aquilo que realmente podemos gastar”
MSZ - Qual o peso do futebol sénior no total anual dos gastos do clube?
A Mouraz- No patamar onde nos encontramos no futebol distrital o GDR Canas de Senhorim deve ser dos poucos clubes que menos gasta com o Futebol Sénior. Sem dúvida que o Futebol Sénior dentro do orçamento do clube é o que mais gasta, mas em contrapartida também é o que gere mais receitas aos cofres do clube, e é aquele em que os sócios mais exigem a nível de resultados a todas as direcções que por aqui passam.
A Mouraz- O número de sócios é actualmente de 360, não tendo sofrido grandes oscilações. As pequenas oscilações prendem-se apenas com o falecimento de alguns, que serão sempre sócios no pensamento do Desportivo, e outros, porque não se identificam com alguém que está no clube, e para esses o mais fácil é deixarem de o ser. Com mentalidades destas este clube não pode alcançar patamares que alguns sócios exigem.
MSZ - Qual o peso (percentual) das quotizações para o orçamento do clube?
A Mouraz- O peso percentual das quotizações é muito baixa no orçamento do clube, ronda talvez os 10% desse mesmo orçamento, o que não invalida que essa percentagem não seja muito benéfica e importante para quem está a gerir o clube.
MSZ - O que tem sido feito para aumentar o numero de sócios?
A Mouraz- Têm sido feitas algumas iniciativas para aumentar o número de sócios, uma delas na época passada em que apresentámos aos associados a oferta de um livre transito para toda a época futebolística a quem trouxesse três novos sócios para o clube. Não fomos correspondidos em tal iniciativa, e tenho a lamentar que os amigos do clube nem sequer um novo sócio trouxeram. Parte dos sócios exigem o melhor a quem está á frente do clube, mas infelizmente nestas iniciativas eles não estão cá.
A Mouraz- Sem dúvida que esta direcção a que presido há cerca de 5 anos, embora com pequenos ajustes a nível directivo, tem tido o seu sucesso. Aproveito aqui para lembrar aos sócios e amigos do clube que para a época de 2004/05 não havia quem pegasse no clube estando por esse motivo a atravessar uma crise directiva até finais de Agosto. Fui eu juntamente com o Sr. José Lima, já em inícios de Setembro, que resolvemos não deixar que o clube fechasse as portas e convidámos um grupo de pessoas que amavelmente não nos disseram que não. Com uma equipa construída há última da hora ainda nos classificámos em 4º lugar no escalão sénior da 2ª Divisão.
A época seguinte, 2005/06, já foi melhor e aí atingimos o 2º lugar, o que nos daria o acesso a disputar um lugar na Divisão de Honra com o 2º classificado da Zona Norte. Fomos os vencedores desse disputa mas infelizmente nesse ano não deu para ascendermos á Divisão de Honra.
Na época de 2006/07, aí sim, apostámos fortemente na subida de Divisão, o que com o esforço de todos fomos bem sucedidos, tendo inclusive sido Campeões Distritais na referida prova e alcançado a final da Taça Sócio de Mérito, o que nos permitiu pela 1ª vez na historia do clube estarmos na Taça de Portugal na época seguinte.
Época de 2007/08, presença na Divisão de Honra, aliás a divisão em que toda a direcção pensa ser o lugar certo para os pergaminhos deste clube. Um honroso 5º Lugar logo no ano de estreia.
2008/09, na época que está a decorrer, a nossa ambição passa por manter a classificação da época anterior (5º lugar), ou se possível fazer um pouco melhor.
Quero reafirmar, com tudo aquilo que disse, que o sucesso do GDR Canas de Senhorim nestas últimas épocas se deve ao bom trabalho desenvolvido pela actual direcção e seus colaboradores. Sobre as contas do clube, da minha parte e da parte dos meus colaboradores, todos somos da opinião de seguir o lema já descrito: “não gastar mais do que aquilo que realmente podemos gastar”.
MSZ – A recente remodelação, com a entrada de novos elementos veio dar mais dinamismo a esta direcção?
A Mouraz- Sem dúvida que com pequenos ajustes e a entrada de novos elementos houve outro dinamismo. Não quero com isto dizer que aqueles que hoje já não se encontram não foram úteis ao clube, pelo contrário, mas devido aos seus afazeres pessoais tiveram que infelizmente abandonar . Com os que estão e com aqueles que partiram eu apostaria novamente em tais pessoas para uma recandidatura. Aproveito para dizer o meu muito obrigado àqueles que comigo trabalharam e para os que actualmente fazem parte da minha equipa.
A Mouraz- A época futebolística a nível sénior tem decorrido dentro daquilo que foi programado no inicio da época. Como atrás foi referido, os nossos objectivos passam por atingirmos uma classificação igual á da época transacta e se possível melhora-la.
MSZ - Está á vista de todos a excelente melhoria das equipas mais jovens. Podemos concluir que esta política de ter camadas jovens é benéfica ou se pelo contrario se torna um “fardo” financeiro para o clube!
A Mouraz- Sem dúvida que tem havido uma excelente melhoria das equipas mais jovens. Essa melhoria deve-se ao trabalho desenvolvido pelos técnicos ao longo destas últimas épocas. Aproveito para agradecer publicamente a esses técnicos o magnifico trabalho que têm desenvolvido em prol do GDR Canas de Senhorim. Sem dúvida que é muito benéfico ter camadas de formação nos clubes. Não é “fardo” nenhum, pelo contrário, é uma semente a colher pelo clube num futuro próximo.
MSZ - O GDR tem estrutura (financeira) para uma 3ª divisão nacional?
A Mouraz- O GDR Canas de Senhorim tem estruturas capazes de enfrentar uma 3ª Divisão Nacional, tal como alguns clubes que hoje lá militam. O GDR Canas de Senhorim, hoje, tem condições de trabalho de fazer inveja a alguns clubes da Divisão de Honra e até a alguns da 3ª Divisão nacional. O que falta realmente neste clube para atingir esses objectivos e esses patamares é mais apoio das “gentes desta terra”. No dia em que os canenses forem unidos em torno do clube da sua terra, sem dúvida que teremos capacidades para enfrentar esse desafio.
A Mouraz- O GDR Canas de Senhorim tinha o dever de ter outras modalidades que não só o futebol, assim as pessoas se disponibilizassem junto das direcções, dispostas a colaborar. Temos uma pista no nosso estádio que é uma das poucas do nosso distrito sem utilidade. Daqui faço um apelo aos amantes do atletismo, que venham junto da direcção e se disponibilizem a avançar com esta modalidade. Aproveito ainda para colocar esta pista à disposição das nossas escolas para que esta tenha utilidade e que seja útil aos nossos jovens.
MSZ - Já teve propostas nesse sentido?
A Mouraz- Já tivemos uma proposta na época passada, para que fosse possível o ciclismo estar representado no clube. Foi uma óptima ideia, tendo esta direcção levado à Assembleia Geral tal proposta para que esta modalidade fosse criada. Foi criada mas acabou logo á nascença.
A Mouraz- A reivindicação que o GDR Canas de Senhorim tem feito junto das entidades competentes, além do campo de futebol pelado, tem a ver com a obra a fazer na parte da bancada coberta do Complexo desportivo. Aí esperamos num futuro próximo a construção de uma sede digna para os associados e criar condições de trabalho para as direcções e departamentos de futebol, e outros que possam futuramente fazer parte do clube.
MSZ - Para quando uma sede condigna para o desportivo? Acha possível edificá-la no complexo desportivo?
A Mouraz- A sede terá que ser nesta área a que me acabo de referir na pergunta anterior.
Para quando?
Quando as entidades competentes assim o entendam. Para uma obra desta envergadura, o clube não tem capacidades financeiras, e se não houver ajuda exterior de alguém, esse sonho não é possível de ser concretizado. Como confio nas pessoas, acredito que o sonho se torne realidade dentro de um futuro a médio prazo.
A Mouraz- Sinto-me orgulhoso por todas as pessoas que deram o seu esforço e suor ao longo destes 75 anos em prol do GDR Canas de Senhorim. Aproveito para endereçar um convite a todos os amigos do “Desportivo” a estarem presentes no jantar de aniversário deste nosso querido clube que se realiza no próximo dia 30 de Janeiro.
MSZ - Costuma consultar o Município SportZone ou o Canas Online?
A Mouraz- Sempre que posso dou uma “espreitadela” ao Municipio Sport Zone e ao Canas Online.
MSZ - Acha possível estreitar os laços com estas plataformas virtuais com o intuito de divulgar ao público o dia-a-dia do desportivo?
A Mouraz- Enquanto presidente deste clube e sempre que pretenderem estarei disponível a dar a minha colaboração.
Aproveito para desejar a todos os amigos do GDR Canas de Senhorim um bom ano de 2009 e que, na medida do possível, continuem a apoiar este clube que bem merece e precisa da ajuda de todos para se manter dignamente no lugar que merece no desporto português.
Eduardo A Mouraz Alexandre
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®efeneto
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GDR
09/01/2009
" GDR : É a força da malta que puxa, a certeza de que vai ganhar..."

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MANUEL HENRIQUES
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GDR-75anos
08/01/2009
Saídas do Baú
Um contributo para os 75 anos do GDR
Desafio os visitantes do blog a identificarem estas "trutas"!
Uma equipa "made in Canas de Senhorim".
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Ana Mafalda
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GDR-75anos
06/01/2009
Parabéns DESPORTIVO






Dia 30 de Janeiro apresentação do vídeo comemorativo.
[…] Espero gerir financeiramente o clube, tal como o fiz sempre que estive à frente do clube, com muito rigor financeiro, não gastando mais do que aquilo que realmente podemos gastar […]
Dia 9 de Janeiro a entrevista com o presidente Eduardo Adelino Mouraz
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Associações,
Comemorações Eventos Efemérides Festividades,
Desporto,
Documentos Antigos,
GDR
17/12/2008
Torneio quadrangular de basquetebol em 1983
Na última imagem podemos ver outro saudoso amigo de Canas e do Desportivo, Carlos Maria.



Escola Eng. Dionísio Augusto Cunha, Canas de Senhorim_1983
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Pombo correio
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Saídas do baú
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Ana Mafalda
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GDR
02/12/2008
Entrevista[s]

1 – Ano novo, vida nova. Que projectos e ambições para esta época em relação á equipa que orienta?
Paulo Dias - Os projectos estão desde sempre traçados, quem pensa trabalhar com crianças com estas faixas etárias, tem que ter bem presente que o seu desenvolvimento físico tem que ser acompanhado pelo desenvolvimento intelectual e social, é certo que as vitórias são muito importantes, mas mais importante ainda é a sua dedicação à escola, é fundamental que os atletas tenham um comportamento equilibrado entre a sua prestação escolar e desportiva.
Esta actividade pode dar às crianças um complemento muito importante para a sua vida, nesta sociedade moderna cada vez mais existe a necessidade de trabalhar em conjunto, o desporto colectivo isso proporciona;
O gosto pelo futebol e principalmente pelo GDR, é uma batalha completamente ganha, estas crianças aderiram de corpo e alma ao projecto.
Este projecto tem perto de 3 anos, as crianças que nos chegaram pela primeira vez aos treinos não conheciam a cor da camisola, o símbolo, o próprio estádio. Com o decorrer dos anos, passaram a gostar e a defender o GDR como qualquer um de nós. Por esta perspectiva (quanto a mim a mais importante) os projectos estão bastante conseguidos, cada vez existem mais crianças nos variados escalões e que “rebocam” também familiares que estavam completamente desligados do clube.
O amor à terra, ao clube e ao desporto é um factor que está sempre presente nos nossos objectivos, está e continuará a estar dentro do nosso projecto.
No entanto as ambições também passam por lutar pela vitória em todos jogos que são disputados. Estas são bastante importantes, dão auto-estima quer às crianças quer a quem com elas trabalha. Quando as derrotas surgem analisamos em conjunto o porquê. Como sabemos, durante a nossa vida perdemos mais do que aquilo que ganhamos, logo estamos a preparar o futuro, estamos a aprender a perder, porque ganhar toda a gente sabe.
João Marques - Quando se começa a trabalhar com pequeninos o objectivo principal é, na minha modesta opinião, apenas vê-los progredir como jogadores. Em consequência disso, os resultados serão sempre melhores e é isso que pretendo para esta época: melhores resultados e exibições do que na anterior e temo-lo conseguido.
2 – Muito criticada na época passada em relação às camadas jovens, o que espera desta nova direcção do GDR Canas de Senhorim a nível de apoio e infra-estruturas?
Paulo Dias - Penso que todo o apoio é sempre bem-vindo. Apesar de termos sempre por perto um director que está directamente ligado à direcção, as próprias crianças comentam que “ não sabem quem é que manda no Desportivo”.
O Desportivo deveria ser mais a arrojado em relação à formação, não me refiro só ao futebol mas também a outros desportos. As crianças são o futuro da nossa terra, no entanto tudo isto dá muito trabalho, sendo por vezes difícil arranjar alguém que esteja disposto a ajudar.
Sem dúvida que gostaria de proporcionar mais momentos de convívio entre todos os elementos da equipa, gostaria que todos almoçassem juntos pelo menos uma vez por mês, no entanto tenho consciência que tal é impossível, ficaria muito dispendioso para o clube.
Ao nível das infra-estruturas e apesar de existirem 2 campos existe colisão de horários no campo pelado em vários escalões.
A boa vontade, o gosto de ensinar, e a paixão pelo futebol fazem com que tudo seja resolvido com bom senso.
João Marques - Na história mais recente do GDR que vai desde o seu ressurgimento nos finais da década de 60 do século passado até aos dias de hoje, as equipas de formação sempre foram o parente pobre do futebol no Desportivo, excepção às duas ou três épocas em que tivemos efectivamente grandes equipas de juniores em que fomos campeões distritais e disputámos os campeonatos nacionais. E não excluo as minhas responsabilidades pois também fiz parte de algumas direcções fora desse período glorioso.
É sempre muito difícil a qualquer treinador trabalhar com as condições que nós tivemos num passado recente, sobretudo pela falta de espaços para treinar, e tendo em conta que na época passada havia uma equipa altamente competitiva com pretensões ao título e, em consequência disso, se apoiasse essa em detrimento das restantes.
Pela minha parte posso dizer que já trabalhei em condições bem piores, em que para iniciar um treino tivemos que ir comprar uma bola, paga por todos, já que não aparecia nenhum director para abrir o balneário.
Este ano, com as remodelações que houve na direcção penso que o apoio é mais visível, embora se mantenha o problema de falta de espaço para treinar.
3 – Trabalha na área de formação de novos talentos. Que relação com os jogadores é no seu entender a mais adequada?
Paulo Dias - Sem dúvida que trabalhar com estes escalões não é o mesmo que trabalhar com seniores. É preciso ter alguma compreensão, alguma paciência para compreender as necessidades e dificuldades que por vezes aparecem. A minha formação profissional ajuda bastante, no entanto com o trabalho do dia-a-dia as pessoas apercebem-se disso, têm que ter paciência e gosto de ensinar.
Já não é o primeiro, segundo e terceiro pai que em conversa refere que não tinha paciência, no entanto alguém teve que ter paciência com eles porque a grande maioria também jogou futebol e fez a sua formação no GDR.
João Marques - Pessoalmente, procuro fazer exercícios simples e repetidos, não insistindo naqueles que não resultam e tentando, normalmente, pô-los a pensar nos seus erros e na forma de os corrigir.
... Mas isto é o que tento fazer...!
O mais complicado é fazer-lhes ver que não podem jogar todos e que num futuro muito próximo ainda será mais complicado, pois a partir dos iniciados só são permitidas 3 substituições e que estas são definitivas.
4 – Fala-se sempre da falta de apoio por parte dos pais e do público em geral nos jogos e treinos, principalmente nas camadas jovens. Diz-se até que o apoio do público se baseia apenas nos seniores. Sente o apoio dos pais e do público nos treinos e jogos?
Paulo Dias - O apoio dos pais é uma realidade, todos os anos têm aparecido pais a ajudar naquilo que podem e sabem fazer, no entanto existem outros que nada ajudam.
A equipa de infantis vai para o seu terceiro ano de trabalho, sem dúvida que durante o primeiro ano (escalão de escolas) foram bastante apoiados pelos familiares, não havia jogo onde não estivessem bastantes pessoas a apoiar a equipa fazendo claque. Com o avançar dos anos essas claques vão rareando, principalmente fora vai diminuindo, a época anterior demonstrou isso.
Com o apoio ou sem ele o jogo é realizado, os seus intervenientes batem-se sempre até ao último minuto.
Este ano, no primeiro jogo fora (Vitória em Viseu) a equipa foi bastante apoiada.
Penso que a "crise" de apoio do público é comum a todos os escalões. Quando posso vou apoiar ao domingo à tarde e vejo com alguma tristeza que os tempos mudaram ou estão a mudar, existem outras ofertas que as pessoas acabam por escolher a que as retira da festa do futebol ao domingo à tarde (que saudades….).
Penso que se trata de um problema social.
João Marques - Não concordo com a totalidade da ideia. Os pais tem sido o grande suporte de apoio às equipas dos mais pequenos, com muitas presenças nos treinos e não regateando aplausos até mesmo nas situações mais difíceis e nunca esquecendo o pequeno convívio que se faz no final dos jogos.
Quanto ao público em geral, olhando para as assistências dos últimos jogos no nosso complexo desportivo, em que os visitantes estão sempre em maioria ou perto disso (ao contrário do que acontece fora) constato que já nem os seniores são apoiados e isso entristece-me.
5 – Para terminar imagine-se presidente do GDR Canas de Senhorim por um dia. Que medidas e decisões tomaria de imediato?
Paulo Dias - È uma pergunta difícil de responder, olharia mais para os escalões de formação, criaria ou tentaria criar uma actividade para as meninas, que sempre foram tão esquecidas, tentaria formar uma escola de iniciação ao badmington, ou então uma escola de iniciação à patinagem artística e porque não uma escola de iniciação ao andebol.
É certo que as raparigas também podem jogar futebol e competir nestes escalões com os rapazes, mas penso que ainda existe algum preconceito relativamente a este problema, no entanto ele vai desaparecendo, já não é a primeira vez que em equipas adversárias isso acontece.
Mas também sei que se alguém apresentar este projecto à direcção do Desportivo esta o apoiará como fez com o nosso.
João Marques - Se fosse presidente por um dia, pediria às entidades competentes para recuperar o campo da Urgeiriça para o serviço da comunidade e depois de pequenas obras, através de protocolos com a entidade a que o mesmo fosse entregue, passava para ele toda a actividade do futebol de 7 (Infantis e Escolinhas) criando assim melhores condições de trabalho para todas as equipas.
Depois tentaria perceber a razão porque vai tão pouca gente ao futebol.
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®efeneto
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18/11/2008
Palavras para reflectir...

Com esta humildade e entrega, estes jogadores dão garantias de um resultado final bem agradável, apesar de neste caminho que se prevê longo e duro, nem sempre é muito bem entendido pelos sócios, que de vez enquando se esquecem de apoiar, dando a sensação de que estamos obrigados a algo de grande e glorioso, esquecendo-se por vezes das limitações de alguém que é amador e tem vida profissional e familiar, mas adiante... é futebol e o futebol é mesmo isto... emoção.
Um abraço, CAPITÃO.
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®efeneto
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22/10/2008
A voz da juventude...
MSZone - O “amor à camisola” que antigamente existia, pensas que ainda existe no futebol actual?
Vasco Dias - Sim, hoje em dia, nos jogos pode não aparecer muita gente, mas os jogadores têm muito orgulho no seu clube (GDR de Canas de Senhorim), e até os adeptos.
Mas mais nos pequenos clubes, porque nos grandes clubes, os jogadores são profissionais, pensam sobretudo no dinheiro que recebem...
Toda a entrevista no seu : MSZone
E também em: Diário dos Infantis GDR
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®efeneto
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08/10/2008
"Pack" Desportivo
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ibotter
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16/09/2008
António Portugal

Queria abraçar a relva.
Os anos passaram e
Ele continua jovem.
©efeneto
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®efeneto
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26/08/2008
75º Aniversário GDR Canas de Senhorim
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®efeneto
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