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11/12/2008

Notícia do "Correio da Manhã"


Canas Senhorim: Para financiar movimento de restauração do concelho

A junta “esbanjou” os dinheiros públicos

A Junta de Freguesia de Canas de Senhorim foi investigada pela PJ de Coimbra na sequência de uma denúncia de irregularidades relacionadas com o financiamento das actividades do Movimento para a Restauração do Concelho e, entre outras questões, de um empréstimo a um membro do executivo. O Ministério Público do Tribunal de Nelas arquivou o processo por entender não haver indícios de crime, mas antes sinais de “uma gestão esbanjadora e, quiçá, irregular”, refere o despacho de arquivamento.


Na sequência das investigações feitas pela PJ em 2007, foram constituídos arguidos o presidente da Junta de Freguesia, Luís Pinheiro, o tesoureiro, Luís Gonçalves, e o ex-secretário e tesoureiro Serafim Ribeiro. Depois da análise de uma série de documentação, a PJ concluiu que ao longo dos anos a Junta de Freguesia "sustentou" o projecto do Movimento para a Restauração do Concelho, através do "pagamento de viagens, hotéis, restaurantes e de quilómetros". Uma das facturas está relacionada com o aluguer de um autocarro para transportar pessoas para uma manifestação em Lisboa.

Na análise aos movimentos financeiros da Junta a PJ detectou ainda um empréstimo de três mil euros a um membro do executivo, que depois lhe foi descontado nas verbas que deveria receber. Entre as situações denunciadas estava a sobrefacturação a um grupo de teatro, que a Judiciária não conseguiu detectar por "a desorganização administrativa da Junta não o permitir".

ARGUMENTOS

PROJECTO

A justificação dos autarcas para as despesas é que o seu programa de candidatura à Junta previa tudo fazer para a restauração do concelho.

EMPRÉSTIMO

O membro da Junta que recebeu o empréstimo negou os factos à PJ. O Ministério Público conclui que não foi feito com a consciência de prejudicar o Estado.

DINHEIRO

O MP diz não se ter apurado que os actos de disposição de dinheiro público realizados pelos três tivessem em vista o seu enriquecimento ilegítimo.


Paula Gonçalves - "Correio da Manhã.

26/11/2008

Consciência e Intervenção Cívicas



13/11/2008

Os Cães Vadios

Esta notícia não poderia ser mais oportuna. Segundo o Jornal de Notícias anda na zona de Canas uma matilha de cães vadios, atiram-se a tudo, "patos, galinhas, ovelhas e até pessoas. A matilha não faz distinções, ataca tudo e todos". Diz, ainda, o referido jornal que a Câmara de Nelas não sabe de nada oficialmente no entanto Manuel Marques diz algo que todos já sabemos: o que irá acontecer a essa matilha - "são recolhidos na rua e depois vão para o canil municipal, onde são tratados convenientemente. Ficam lá uns dias até que apareça alguém a reclamá-los. Quando isso não acontece, são abatidos decorrido um tempo". Eu sei que não devia dizer isto... mas vocês já repararam como os animais não são assim tão diferentes das pessoas?

Nota: Ó Tix eu não estou a dizer mal de Canas ok? É só da matilha :D

29/10/2008

Freguesia de Canas de Senhorim (informação)




30/09/2008

Viagem Medieval com calor e sol




19/09/2008

Irá Renascer [novamente]

08/09/2008

Borgstena - A esperança

Suecos dão luz verde para reerguer fábrica


A unidade será reconstruída e um conjunto de trabalhadores vai ser distribuído pela rede de empresas que opera em subcontratação com a Borgstena, em Portugal, na Alemanha e na Bélgica. A Administração evita despedimentos.

A Administração sueca que detém a maioria do capital social da Borgstena, a fábrica de componentes de tecidos para automóveis que, anteontem, foi consumida por um violento incêndio, quer voltar a reconstruir a unidade industrial de Nelas. Tal e qual como há dois anos, quando outro fogo, ainda mais devastador, a destruiu por completo.

Foram duas tragédias em dois anos apenas. Mas voltam a soprar bons ventos, que auguram bom futuro para grande parte dos seus 320 trabalhadores.

"Estive em contacto com os administradores suecos e eles deram-nos total o apoio e luz verde para avançarmos com a reconstrução da fábrica", disse ao JN Jorge Machado, da administração da empresa em Portugal. O empresário, que esteve ontem reunido com os trabalhadores, garantiu que a laboração será mantida pela rede de unidades industriais que trabalham para a Borgstena em regime de subcontratações.

"A rede está distribuída por Portugal, Alemanha e Bélgica", explicou, acrescentando que um conjunto de operários de Nelas vai ser distribuído pelas fábricas subcontratadas naqueles três locais.

"Vamos evitar que haja despedimentos. Não queremos que isso aconteça", afirmou Jorge Machado, que anteontem lançou duras críticas contra o plano de coordenação dos bombeiros que combateram o incêndio da fábrica, designadamente lamentando que os meios aéreos não tenham sido activados, como tinha solicitado.

"O fogo veio pelo telhado e nós fartamo-nos de pedir meios aéreos. Eu acho que com a intervenção deles, o incêndio não teria atingido aquelas dimensões. A informação que nós tivemos por parte do comandante dos bombeiros é que não teriam sido autorizados", lembra o empresário.

Confrontado com a questão, o comandante distrital de operações e socorro, César Fonseca, diz que a utilização de meios aéreos "não seria tecnicamente aconselhável".

Ontem, já depois de terminadas as operações de rescaldo, peritos do seguro estiveram no local e testemunharam o rasto deixado pela violência do fogo. "A peritagem que fizeram concluiu que o incêndio destruiu entre 85% a 90% da fábrica", disse Jorge Machado.

A devastação do fogo deu-se numa altura em que Borgstena estava em plena expansão, com o volume de negócios a triplicar e a admissão de mais trabalhadores.

Rui Bondoso em Jornal de Notícias

06/09/2008

Borgstena - Têxtil Portugal (VOLTOU O PESADELO)


Borgstena - Têxtil Portugal (VOLTOU O PESADELO)

A BORGSTENA ESTÁ EM CHAMAS

O pesadelo voltou a Canas e a mais de 300 Famílias. A Fábrica Têxtil Borgstena, na zona industrial de Canas, está em chamas. Estas duas fotos foram tiradas há cerca de 15 minutos a uma distância de mais ou menos 4km da fábrica.


31/08/2008

Resposta a moções apresentadas por Ex-Trabalhadores da ENU

Aprovadas no plenário de ex-trabalhadores da ENU a 7 de Julho de 2008, as duas moções que foram enviadas para o Ministério da Economia e da Inovação têm resposta no seguinte documento enviado ao representante dos ex-trabalhadores da ENU.
Relembro que as moções apresentadas reivindicavam "o campo de futebol como posse dos ex-trabalhadores da ENU e por conseguinte como pertença da Casa do Pessoal" e a segunda apoiava um comunicado que exigia a requalificação da Avenida dos Bombeiros Voluntários.

(clicar para ampliar)

09/07/2008

IC 37 - Rede Rodoviária da Serra da Estrela




"O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, anunciou dia 14 de Junho, em Conímbriga, a escolha dos traçados que constituirão a Rede Rodoviária da Serra da Estrela, adjudicando o Estudo necessário para o lançamento daquela Concessão. Com o objectivo de encontrar o cenário mais favorável para o desenvolvimento da Rede Rodoviária na zona da Serra da Estrela, tendo em conta a sustentabilidade do território – atendendo, pois, a critérios não só de natureza rodoviária, mas também social, ambiental e de desenvolvimento económico – o Governo lançou um Estudo de Avaliação estratégica para o Desenvolvimento da Rede Rodoviária Nacional na Região do Centro Interior que teve em conta três cenários:


Cenário A – Interpretação restrita do preconizado no PRN 2000 (IC6 – Coimbra/Venda de Galizes (IC7)/Covilhã (IP2); IC7 – Venda de Galizes (IC6)/Celorico da Beira (IP5); IC37 – Viseu (IP5)/Nelas/Seia (IC7);
Cenário B – Opção de atravessamento do maciço central da Estrela com recurso a túnel, ligando de forma mais directa Coimbra e Viseu à Covilhã;
Cenário C – Optimização dos traçados preconizados do PRN 2000, não os sobrepondo obrigatoriamente à rede viária existente (EN17, EN230 e EN231), daí resultando uma menor extensão global.
Realizado o Relatório do Plano e o Relatório Ambiental, seguidos das consultas públicas, elaborou-se o Relatório Final que apontou o Cenário C como preferencial.O Governo acolheu esta recomendação, optando pelo traçado optimizado do IC6, IC7 e IC37. O Estudo Prévio, hoje contratado, destas vias estará a cargo da PROJECTOPE – Gabinete de Topografia e Projectos, SA, com sede em Lisboa. A EP – Estradas de Portugal, SA, na qualidade de entidadecontratante, pagará 985.990€ à adjudicatária para realizar aquele trabalho no prazo de 300 dias.Este Estudo debruçar-se-á sobre uma zona com uma extensão aproximada de 150km com o objectivo de encontrar uma solução segura, rápida e cómoda para ‘abrir as portas’ à Serra da Estrela. A sua conclusão, prevista para Abril de 2009, tornará possível o lançamento da Concessão prevista para aquela região.Com a construção do IC6, IC7 e IC37 o Governo pretende aproximar as sedes de concelho das redes viárias de elevada qualidade, reduzindo em cerca de 60% o tempo de percurso na região.
Lisboa, 14 de Junho de 2008




Ver também o site da Câmara Municipal de Seia



18/05/2008

Prémio de Jornalismo Novartis Oncology

Isabel Nery com o director da VISÃO, Pedro Camacho


O Prémio de Jornalismo Novartis Oncology foi atribuído à jornalista da VISÃO Isabel Nery pelo trabalho «Eu venci o cancro». Isabel Nery tem raízes canenses.

* HOJE, no programa Grande Reportagem SIC, veja um trabalho assinado pela jornalista Isabel Nery.

15/04/2008

Inauguração, protesto e noticias

A"raiva contida" dos ex-mineiros
Diário de Notícias - Lisboa

Urgeiriça: radioactividade vai ser avaliada
Urânio: mineiros manifestam-se após morte
Portugal Diário - 14 Abr 2008

RTP Manifestação dos antigos mineiros da Urgeiriça
RTP - 14 Abr 2008

Antigos Mineiros da Urgeiriça em protesto
Esquerda - 14 Abr 2008

PLAYEx-trabalhadores exigem indemnizações pelos anos de exposição ...
SIC - 14 Abr 2008

Antigos mineiros de novo em luta
TVI - 14 Abr 2008

Urânio: mineiros manifestam-se após morte
Ex-trabalhadores admitem regressar aos protestos
Açoriano Oriental - 13 Abr 2008

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http://acorianooriental.sapo.pt/online/common/include/streaming_audio.asp?audio=/2008/04/noticias/14/m_cunha.asx

http://acorianooriental.sapo.pt/online/common/include/streaming_audio.asp?audio=/2008/04/noticias/14/m_cunha2.asx
TSF Rádio Noticias

http://www.rr.pt/PopUpMedia.Aspx?&FileTypeId=1&FileId=417588&contentid=243623
http://www.rr.pt/PopUpMedia.Aspx?&FileTypeId=1&FileId=417537&contentid=243571
Rádio Renascença

29/03/2008

IC 12




Parece que finalmente arranca a conclusão do IC 12. Óptimas notícias.

Facto curioso: Em termos comunicacionais o governo diz que lança o troço Mealhada-Mangualde (como se, pelo meio, nada estivesse construido).

Espera-se que esta melhoria das acessibilidades, a par das ligações Viseu-Covilhã ainda em estudo/decisão, contribuam para reforçar o lugar central a que a nossa freguesia, contra ventos e marés, parece estar destinada.


21/02/2008

Mortes por cancro motivam consultas


Mortes por cancro motivam consultas


Mais de 160 trabalhadores da extinta Empresa Nacional de Urânio já fizeram exames médicos
19.02.2008 - 13h40 Lusa


Mais de 160 antigos trabalhadores da extinta Empresa Nacional de Urânio (ENU) foram até hoje submetidos a consultas e exames médicos no âmbito do programa de intervenção em saúde iniciado em Novembro do ano passado. Estes exames médicos eram há vários anos exigidos ao Governo pelos antigos trabalhadores da ENU - que estava sedeada na Urgeiriça, freguesia de Canas de Senhorim (Nelas) - atendendo aos riscos da radioactividade do urânio e ao facto de muitos colegas terem morrido com doenças cancerígenas.O delegado de saúde de Nelas, Bernardino Campos, da equipa coordenadora do programa, disse à Agência Lusa que, desde 7 de Novembro, o número de antigos trabalhadores que voluntariamente se propõem a fazer os exames médicos "está constantemente a crescer", situando-se actualmente em mais de 160. Bernardino Campos explicou que "mais de 90 por cento são antigos trabalhadores que vivem no concelho de Nelas", acrescentando que há também alguns dos concelhos de Mangualde, Guarda, Sabugal, Pinhel e Belmonte. "Enviámos para centros de saúde que terão mais interesse no assunto uma carta aos directores e aos médicos de família e um aviso a explicar como funciona o programa para ser afixado num sítio público, mas tem vindo muito pouca gente de lá", contou. O programa envolve também o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e o Hospital São Teotónio, de Viseu. Os antigos trabalhadores da ENU são inicialmente atendidos pelo médico de família no centro de saúde, onde respondem a um inquérito sobre o seu historial clínico e profissional, sendo-lhes depois dadas indicações para estarem em determinado dia no hospital de Viseu, para uma consulta de Medicina Interna, que visa fazer uma avaliação clínica com realização de exames complementares de diagnóstico. "Se os trabalhadores optarem por fazer o inquérito num centro de saúde que não seja de Nelas, este é depois remetido para nós, que centralizamos as marcações em Viseu", explicou Bernardino Campos. O médico frisou que todos os antigos trabalhadores da ENU podem integrar este programa, "independentemente de onde vivam", podendo mesmo ser submetidos aos exames no hospital da sua área, depois de "pedirem instruções ao grupo de trabalho de Nelas ou ao hospital de Viseu". O porta-voz da comissão de antigos trabalhadores da ENU, António Minhoto, disse à Lusa que a adesão de cerca de metade dos 300 colegas que ainda estarão vivos e em condições de integrar o programa de saúde, demonstra que esta era uma questão fundamental para eles. "Havia uma necessidade urgente destes exames, para que vidas fossem salvas", frisou, lamentando, no entanto, que tenham de ser os trabalhadores a fazer o trabalho de mobilização dos colegas que vivem fora de Nelas. Na opinião de António Minhoto, "a informação tem estado a passar de uma forma um bocado arcaica", defendendo que deveria ter sido a própria ARSC a, logo de início, distribuir informação por todos os centros de saúde da sua área de intervenção. "Tem sido a comissão de trabalhadores que, junto do delegado de saúde, tem insistido para que sejam enviados os inquéritos e a informação para outros centros de saúde", contou. António Minhoto lamenta ainda a demora para marcar quer o primeiro atendimento no centro de saúde, quer depois os exames no hospital: "no meu caso, estava a tentar há cerca de dois meses ser atendido no centro de saúde, o que aconteceu a 07 de Fevereiro, e agora só vou ao hospital no dia 28 de Março". Bernardino Campos rejeitou atrasos, garantindo que o programa "está a funcionar muito bem", sendo habitualmente atendidos no hospital de Viseu vinte antigos trabalhadores por semana, quando inicialmente apenas estavam previstos dez. Acrescentou que o centro de saúde de Nelas "tem sempre inquéritos de mais pessoas do que o hospital consegue receber, para que alguma falha não implique uma quebra do ritmo em Viseu". "Futuramente é que teremos um problema: depois de acabarem os voluntários, como vamos à procura dos outros?", questionou o médico, contando que os contactos já feitos com a Segurança Social e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) não tiveram êxito, porque "não há dados actualizados". A ENU, que desde 1977 teve a seu cargo a exploração de urânio em Portugal, com minas a funcionar nos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra, chegou a ter 614 trabalhadores. A empresa de capital exclusivamente público entrou em processo de liquidação em 2001, numa altura em que tinha ainda 44 trabalhadores, e encerrou definitivamente no final de 2004, com apenas três.

13/12/2007

Consulta Pública do estudo sobre o IC12

O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional encontra-se a efectuar a avaliação do impacte ambiental do projecto IC12 - Canas de Senhorim / Mangualde. O público interessado neste procedimento pode consultar o processo, durante 40 dias úteis, de 12 de Novembro de 2007 a 8 de Janeiro de 2008. Nas Câmaras Municipais de Nelas e Mangualde, na Agência Portuguesa do Ambiente, em Lisboa e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

O resumo não técnico pode, ainda, ser consultado nas juntas de freguesia de Mangualde, Lapa de Lobo, Canas de Senhorim, Nelas, Vilar Seco, Moimenta de Maceira Dão e Fornos de Maceira Dão.

in Jornal do Centro

[Adenda]
Por nos parecer de vital importância para Canas de Senhorim o projecto de conclusão do IC12, cujo estudo de impacto ambiental se encontra disponível para consulta pública em http://www.iambiente.pt, retoma-se o post de 07/12/2007.

06/12/2007

Canas está de luto


É com muito pesar que informo que faleceu ontem o Zé Pelacinho.

"Figura" muito estimada em Canas, era ele que nos dava as más noticias, sempre que falecia alguém. Na memória fica aquela voz inconfundível e a celebre frase.


"A facavor catano!!!"


Até sempre Zé.


24/10/2007

Ranking - Escolas


Segundo o Jornal de Notícias a Escola EB 2,3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha-Canas de Senhorim está na posição 172 num total de 608 escolas, só por curiosidade, Nelas está na posição 293. Ainda não analisei bem, mas parece-me que embora seja um resultado inferior ao dos últimos anos, é sempre digno de registo.

Download de Lista Completa >>

19/09/2007

Minas de urânio

Jornal da Noite 17-09-2007

Minas de urânio Governo dá prioridade à requalificação até 2013
O Governo vai dar prioridade à requalificação das minas de urânio, no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio - QREN. Um dia após a exibição da reportagem da SIC, sobre a mina da Urgeiriça, a Junta de Freguesia de Canas de Senhorim exige integrar a Comissão de Acompanhamento da Obra de Requalificação, como foi prometido pelo governo de coligação PSD/CDS-PP.

Ao todo são 70, as minas de urânio que esperam por ser requalificadas. Há locais, nas antigas aldeias mineiras, onde os níveis de radioactividade chegam a ser doze vezes superiores ao permitido, por directivas comunitárias. Nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Viseu existem escombros com vestígios do metal radioactivo, espalhados pelos campos. Uma família que vive na Urgeiriça foi aconselhada pelo Instituto de Tecnologia Nuclear a não ficar mais de duas horas, dentro da própria casa. A SIC mostrou as dúvidas e a ansiedade de quem vive em permanente sobressalto. A Agência do Ambiente responde com a garantia de que existe um plano para recuperação das antigas aldeias mineiras para ser executado, entre 2008 e 2013. Segundo o director, Gonçalves Henriques a agência está a preparar as candidaturas de recuperação das minas abandonadas. Quinze anos depois da desactivação das minas de urânio a requalificação, ainda, só se faz sentir na Urgeiriça. Na aldeia, as histórias de radioactividade são contadas, por todos os moradores. Os trabalhos avançam à velocidade imposta pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM). O Presidente da Junta de freguesia de Canas de Senhorim lamenta não integrar a comissão de acompanhamento ao contrário do que lhe foi prometido. Luís Pinheiro afirmou à SIC que a Junta de Freguesia devia fazer parte da comissão de acompanhamento da obra. "Foi-nos prometido pelo ex-ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, integrar a comissão que assegurou também a construção de uma ETAR" A Junta de Freguesia quer fazer chegar à terra milhares de euros que saíram com o urânio. Verba que pretende aplicar em infra-estruturas. Os eventuais perigos para a Saúde Pública preocupam a população que até já colaborou num estudo. Foram recolhidas amostras de sangue e cabelo a trezentas pessoas, mas, até agora, o resultado não é do conhecimento de quem se disponibilizou para desvendar os perigos do urânio.

Paula Castanho - Jornalista - sic

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20070917+Minas+de+uranio.htm?wbc_purpose=basi%40

16/09/2007

"Terra envenenada"

Extinta formalmente em 2004, a Empresa Nacional de Urânio (ENU) deixou espalhadas pelos distritos de Guarda, Viseu e Castelo Branco 61 minas de urânio. Um minério que durante anos deu dinheiro a Portugal, matou a fome a muitas famílias e ajudou a fazer a guerra lá fora.

Reportagem SIC
AQUI
As minas fecharam em finais da década de 90. Os homens e as mulheres que deram vida à empresa partiram. Ficaram as instalações e os escombros radioactivos que fazem temer pela vida dos que trabalharam e vivem nas antigas aldeias mineiras. Mauro Figueiredo nasceu e cresceu na vila de Canas de Senhorim, paredes meias com a Urgeiriça: uma aldeia que foi construída para albergar os que vinham de fora para trabalhar na extracção do urânio... Em pequeno, Mauro brincava com os canos que transportavam os restos do minério lixiviado e que ia ser depositado na escombreira. Nunca pensou que os locais que ainda hoje fazem parte do seu imaginário de infância, fossem hoje o seu maior problema. Em finais da década de 90, Mauro decidiu comprar o antigo moinho das minas. Adquiriu-o à ENU com ideia de construir a casa de família. Casara há pouco tempo. Na altura tinha já uma filha. Hoje tem duas. Há três anos, e depois de gastar todas as suas poupanças na recuperação do moinho, Mauro descobriu que existiam níveis de radão (um gás radioactivo muito perigoso) na sua casa, várias vezes superiores aos máximos recomendados pela Comunidade Europeia. A explicação para tanta radioactividade terá sido o facto do moinho ter sido construído com escórias de urânio, trazido das jazidas. O caso de Mauro não é único... Na altura em que as minas estavam em plena laboração construíram-se muitas casas e estradas por toda a Beira com restos da exploração do urânio. Requalificar as antigas aldeias mineiras é o que recomenda os Institutos de Tecnologia Nuclear e Ricardo Jorge, num estudo que demorou três anos a realizar e que foi concluído este ano. No documento, o Governo é aconselhado a tratar as milhares de toneladas de escombros radioactivos que estão espalhados pelas 61 antigas minas. Neste momento apenas uma das minas está a ser requalificada. E quem vive nas antigas aldeias mineiras teme que a contaminação continue a ameaçar a vida naquelas paragens, sem que nada se faça.

Dulce Salzedas - Jornalista