28/02/2009
O homem do dia e a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim
Caro Professor ( Fui seu aluno na FDUC a Dtº Administrativo e DTº
Constitucional):
Tenho a certeza que a sua opinião contra Canas de Senhorim é apenas fundada
num profundo desconhecimento de uma realidade bem dura.
Provávelmente não irá ler de princípio ao fim o meu email.
A grandeza dos homens vê-se no respeito pelo próximo e na forma como se
acredita em causas justas, ainda que politicamente incorrectas.......
Boaventura de Sousa Santos
As Lições de Canas
Publicado na Visão em 10 de Julho de 2003
De:
Vital Moreira (NC) (vitalmoreira@netcabo.pt)
Você pode não conhecer este remetente.
Enviada:
quarta-feira, 29 de dezembro de 2004 2:57:22
Para:
'Manuel Henriques'
Eu penso conhecer o caso de Canas de Senhorim. Mas não me convence. Sou contra a proliferação de municípios. Há centenas de povoações que foram municípios até à reforma de Passos Manuel e há dezenas que julgam ter tantas razões quantas as de Canas par voltarem a sê-lo.
Com os melhores cumprimentos
Vital Moreira
************************************************************************************************
Vital Moreira, professor
Faculdade de Direito, Universidade de Coimbra / Law School, University of Coimbra
Pátio da Universidade, 3004-545 COIMBRA (Portugal)
E-mail address: vitalm@ci.uc.pt
Publicada por MANUEL HENRIQUES à(s) 21:01 1 comentários Etiquetas: Política Local, Pólo Colectivo de Resistência
Alguém escreveu
Não pode mas eu coloco…
Publicada por Cingab à(s) 20:19 10 comentários Etiquetas: Carnaval
27/02/2009
Descubra as Diferenças
Publicada por Ana Mafalda à(s) 10:03 5 comentários Etiquetas: Carnaval, Fotos, Humor
26/02/2009
22/02/2009
Carnaval 2009 ( Domingo) - algumas impressões
Publicada por MANUEL HENRIQUES à(s) 22:06 24 comentários Etiquetas: Carnaval
O Pirilampo e a Serpente
Publicada por Cingab à(s) 21:31 7 comentários Etiquetas: O Relinchar do Cavalo
Carnaval em Canas de Senhorim 2009
Canas de Senhorim
Situada entre a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo disponibiliza a quem a visita óptimas condições de alojamento e dispõe de excelentes restaurantes onde pode encontrar uma ampla diversidade de soluções gastronómicas, todas com o cunho típico dos sabores e costumes da região.
Passeie palas redondezas e aprecie o encanto e a hospitalidade das gentes que povoam as aldeias vizinhas. Repare nos campos, na lavoura e nas casas tipicamente beirãs. Tire partido da génese rural que ainda caracteriza a vivência dos seus habitantes. Aventure-se pelas matas adentro e contemple pausadamente a fantástica profusão de cores. Delicie-se com os cheiros e com a vivacidade do amarelo com que, por esta altura do ano, as mimosas e as giestas timbram a vegetação.
Após a digressão, saboreie o precioso vinho do Dão que, de braço dado com a morcela, a chouriça, a fatia de queijo da Serra e um naco de broa, lhe hão-de aconchegar a alma e aquecer o corpo.
Publicada por PortugaSuave à(s) 11:00 4 comentários Etiquetas: Carnaval
O bandido está de volta
Publicada por anjodisa à(s) 10:23 9 comentários Etiquetas: Carnaval
20/02/2009
Surripiar por aí...
Considerando os pergaminhos da fonte de onde foi retirado, não podemos deixar de considerar esta atitude uma usurpação provocatória. Se é que isto ainda não está devidamente esclarecido, este blog orgulha-se de não querer pertencer ao concelho de Asnelas* e como tal não troca bilhetinhos nem boletins de voto.
Portanto Sr. José, no bom espírito que caracteriza esta época, remetemo-lo para outra: faça o favor de carpinteirar no seu próprio presépio e deixar este sossegado.
* O nome (Município de Cannas de Senhorym) deste blog faz juz a um Concelho com mais de 600 anos de História- O Concelho de Canas de Senhorim- daí não figurar na lista de links (e nós percebemos as razões) do blog Nelas Virtualmente "O blog de todo o concelho - Notícias * Criticas * Debates * Desafios = Futuro" ( Damos de barato esta publicidade e o respectivo link , para os que, legitimamente, se interessam pelo concelho de Nelas dele se possam servir).
Publicada por MCNS à(s) 23:35 3 comentários Etiquetas: Blogosfera
Derby Paço-Rossio
Na próxima segunda feira às 18h, no Pavilhão Municipal Eng. Dionísio A. Cunha decorre como todos os anos e há mais de uma década o Derby Paço-Rossio em Futsal.
Apesar de também ser tradição tem tido pouca divulgação. Nada melhor que terminar a tarde de segunda-feira, após o tradicional "embate" das marchas de 2ª-feira das Velhas (também Paço-Rossio) dando continuidade a esse espírito apoiando as respectivas equipas e mais tarde finalizar o dia (onde quer que seja) com os tradicionais jantares convívios intra-gerações que os estabelecimentos de restauração da nossa zona realizam.
Cumprimentos Rossiences ... e Pacences
Publicada por Ana Mafalda à(s) 17:12 0 comentários Etiquetas: Carnaval, Desporto
19/02/2009
Macaquear por aí ....
Este fenómeno de decalque reflecte a inconsistência histórica e cultural da vila de Nelas. Constituída sede do concelho e criada administrativamente do nada, sem história nem memória, por força de Decreto em 9/12/1852, reuniu no seu seio as vilas de Canas de Senhorim, Senhorim e Santar. Estas vilas possuíam uma identidade própria que assentava no seu vasto património histórico e era consolidada pelos costumes e tradições seculares que os seus povos legaram à modernidade. Essa herança chegou aos nossos tempos através da arquitectura, da gastronomia, das lendas e crenças e de outros rituais, entre os quais o carnaval de Canas. O que aconteceu com Nelas é que não houve legado nem herança que sustentasse o estatuto entretanto adquirido. No que refere ao carnaval a tradição nelense resumia-se ao bailes de carnaval e às moribundas “Contradanças” que, convenientemente, são referidas como origem(?) do actual carnaval de Nelas (ver Boletim Informativo n.º 7 da Câmara Municipal de Nelas, de Fevereiro de 2005). Na ausência de tradições assinaláveis e a coberto de líderes despeitados e sem escrúpulos copiou-se o que havia para copiar e aviltou-se assim o património alheio na confecção de um carnaval por receita. Roubo premeditado e plágio consumado.
Mas de macacadas está o carnaval cheio e, mesmo assim, por mais que macaqueiem, não há dinheiro que compre o entusiasmo, a vibração, a alma e a devoção com que os canenses se entregam ao seu carnaval. Somos herdeiros de uma tradição genuína que representa uma das expressões mais autênticas do carnaval popular português, e isso vem cá de dentro, é inimitável. O resto são contradanças…Viva o Paço. Viva o Rossio. Viva o Carnaval de Canas de Senhorim.
Fotos do Carnaval de 2002 por Farpas
Publicada por ibotter à(s) 21:16 5 comentários Etiquetas: Blogosfera canense, Carnaval
18/02/2009
Rossio Adorado! (MNM)
No Rossio tens o Pão
A Escola, a estação,
A Capela até
Tens a Feira, tens a Praça
Também o nosso Café
Vens ao Rossio Santinha
Buscar a Cartinha
Cheia de alegria
Não fales mal do Rossio
onde irás morar um dia
Rossio adorado
És o meu encanto
Por seres tão bonito
É que eu te amo tanto
Ó jóia querida
Que a serra gabou
Alegre e garrida
Tu dás-me essa vida
Eu dou-te o que sou
Como não há outra igual
É a mais linda da Serra
A maior de Portugal
quando a viu cheia de brio
Ostentando sobre o peito
A jóia do meu Rossio
Natural de Canas de Senhorim (Viseu), Beira Alta, é licenciada em Filologia Românica e com os cursos de Ciências Pedagógicas e do Magistério Primário. Foi assistente pedagógica e autora de textos para a R.T.P., com trabalhos para a Rádio Renascença, Rádio Estação Orbital e outras. Foi fundadora e directora, por vários anos, do Jornal Vento Novo - Sacavém, e conta com 60 obras em vários campos: poesia, Infanto-juvenis e pedagógicos.
Com colaborações em vários jornais, revistas, livros escolares, antologias, etc., promove o Livro e a leitura junto de crianças e jovens através de escolas e bibliotecas a convite dos Municípios. Tem cerca de 400 prémios literários no pais e estrangeiro, poemas para canções gravadas em disco, vários prémios das Marchas de Lisboa e Porto, etc., e o título de "Trovador da Língua Portuguesa" a nível de todos os países de expressão portuguesa.
Segundo Maria Rosa Colaço:
"Obreira discreta de uma obra vasta e séria em que é urgente repararmos, Natália Miranda escreve sobre a vida com palavras de sol. A poesia dos seus textos acende a esperança e devolve a quem lê os espaços de fraternidade possível. E necessária."
Publicada por ibotter à(s) 18:56 5 comentários Etiquetas: Arte e Cultura, Carnaval, Pessoas
…quando eu vejo o azul e o preto… IV
Do alto da última fileira
Fora de foco é que eu vejo melhor
Um campo de futebol nasce
Numa qualquer estrada.
As balizas florescem
De simples pedras da calçada.
É com lentes de distanciamento que observo o passado.
*****
O Campo das Fonsecas situa-se junto à Estrada Nacional nº 234 e é dotado de fracos recursos. A ele associadas estão várias carências, de toda a natureza e magnitude, nomeadamente a inexistência de balneários ou quaisquer infra-estruturas de apoio, sendo de destacar a irregularidade do piso de terra batida, sempre muito mal tratado e a exiguidade do recinto de jogo. À volta do terreno existe um declive natural que permite aos espectadores uma melhor visão do espectáculo desportivo que se estava a desenrolar.
Canas de Senhorim, 17 de Setembro de 2007
ANTÓNIO JOSÉ DA ROSA MENDES
Campo da Raposeira
Complexo Desportivo
Ver slide
Campo 2
Convenhamos que, apesar de alguns azedumes verificados ao longo das conversações – que se podem considerar normais nestas situações - não há dúvida de que o G.D.R. saiu beneficiado com tal “donativo”, vendo, desta forma, enriquecido o seu já vasto património.
Parabéns a quem ofereceu e a quem recebeu!
Jornal Canas de Senhorim - Edição Nº 79 de Junho de 2005
“Desportivo” no Feminino
Por duas vezes o “Desportivo” teve Futebol Feminino. Aqui se apresentam as equipas e respectivas atletas:
Época 83/84
Em cima da esquerda para a direita:
“Milú”; Cecília; Amélia; Fátima; “Tila” e Filomena
Em baixo pela mesma ordem:
“Belinha”; Anabela; “Zira”; Olinda e Luísa.
Época 93/94 (carece de confirmação)
Zé Artur; Simão; Sofia; Teresa; Clara; Filipa; Zé Nelas; “Mokuna”; Loio e Victor
Em baixo pela mesma ordem:
Fátima; Elisabete; Patrícia; Sónia Isabel; Sónia Guedes; Patrícia e Anabela.
A “estória”
Começo por alertar que o facto que vou narrar não o parecendo é mesmo verídico.
Como sabem, no futebol aparece de tudo um pouco, normalmente este é uma festa e como em todas as festas futebolísticas uns gritam de alegria e outros de tristeza.
Perdoem-me mas não tenho bem presente o ano em que tudo se passou, no entanto o Desportivo foi disputar um jogo a Vila Nova de Paiva a contar para o campeonato distrital, tudo corria normalmente, a palestra do treinador estava dada, os equipamentos estavam prontos para serem envergados, todos os elementos da equipa estavam no balneário para os últimos preparativos.
Uma das equipas estava em falta, era a equipa de arbitragem.
Alguém bate à porta do nosso balneário e pede para entrar. Entrou um senhor (árbitro) que nos pediu compreensão do seu atraso, informando-nos da sua razão.
A sua mulher tinha falecido.
Nós ficamos boquiabertos, como era possível isto estar a acontecer?
O homem tem a mulher morta e em vez de estar a velar o seu corpo vem apitar um jogo? Será que ele gosta mais da mulher ou do apito?
Todo o tipo de conjecturas nos passaram pela cabeça, o que era certo é que ele tinha a mulher morta, tinha chegado tarde, mas estava pronto para dirigir o desafio.
Meus amigos, não me recordo do resultado do jogo, se o GDR ganhou ou perdeu, recordo-me sim daquela pobre alma a entrar no balneário e a justificar-se (ainda hoje se o vir na rua o conheço).
@ Paulo Dias
Publicada por ®efeneto à(s) 10:13 1 comentários Etiquetas: GDR-75anos
17/02/2009
Paço vs Rossio
Esta cisão, surge logo nos primeiros dias do mês de Janeiro, altura em que ambas as facções começam a trabalhar no arranjo dos carros alegóricos. É uma luta sem tréguas, que ocupa no ires e dias, sábados e domingos, cada um dos bairros tentando imaginar e conseguir o melhor para os dias da festa grande. Como nota curiosa, está o facto de muitas vezes uma moça porventura residente no Paço, casar com um rapaz do Rossio. Chegada a época carnavalesca, cada um vai para o seu lado, trabalhando em segredo noites a fio, sem confidências que o leito conjugal poderia proporcionar, e perfeitamente conscientes da rivalidade sâ que nestes dias Impera. Eis que finalmente chegam os dias em que cada um dos bairros vai por à prova o seu esforço, o seu saber, a sua criatividade. Logo que o calendário anuncia o domingo gordo e até terça-feira de entrudo, as duas marchas saem à rua incorporando centenas de foliões, desses milhares que anualmente visitam a vila, ávidos de participar em tão original folguedo.
Bairro do Rossio Carnaval de canas de Senhorim _1954
Nestes dias inesquecíveis, as marchas do Rossio e do Paço transformam as ruas, dando-lhes um colorido e alegria verdadeiramente singulares. Cada bairro tenta superiorizar-se ao seu rival, em imaginação, alegria, ineditismo, música. As piadas e os carros alegóricos são sempre ricos de originalidade, e após calcorrearem as principais ruas da vila exibindo o seu Carnaval as duas marchas rivais encontram-se frente a frente no Largo do Rossio. Este momento, que há muito é conhecido nas redondezas pelo "adeus" constitui o prato forte do Carnaval sendo indescritível o que se passa a seguir. Paço e Rossio desdobram-se em entusiasmo e vibração. Uma marcha tenta sobrepôr-se à outra. É o delírio... Velhos, rapazes, mulheres e raparigas jogam a sua última cartada. É uma alegria incontida e contangiante. Os forasteiros, mesmo que o não pretendessem sentem-se envolvidos na luta. E participam. E vivem. E chegam a tomar partido. No ar ecoam bombas, estalinhos, bichas de rabear, esvoaçam papelinhos, desfraldam-se bandeiras... É o Carnaval de Canas de Senhorim. É o espectáculo do Povo e para o povo.
Na quarta feira de cinzas, já no rescaldo da festa rija tem lugar a célebre batatada. Esta consiste na confecção de um valente cozido, que inclui sempre, quer haja ou não fartura, o "fiel amigo", bem regadinho de azeite novo que é jantar de gala para todos.
António João Pais Miranda
in Canas de Senhorim _História e Património
Paço vs Rossio _ Uma Luta Eterna
Não Há Outro Assim!
( mas anda por aí uma cópia)
Publicada por ibotter à(s) 14:05 2 comentários Etiquetas: Carnaval, Documentos Antigos, Fotos, História e Património, História Local
16/02/2009
As crianças não dão votos!!!
I. MAIS E MELHOR EDUCAÇÃO
1. Educação de infância, ensino básico e ensino secundário
2. Apostar em mudanças estruturais, para conseguir a educação de qualidade para todos
3. Superar o atraso educativo português face aos padrões europeus, integrar todas as crianças e jovens na escola e proporcionar-lhes um ambiente de aprendizagem motivador, exigente e gratificante, melhorar progressivamente os resultados, fazendo subir o nível de formação e qualificação das próximas gerações, tudo isto constitui uma urgência nacional."
Para quem não sabe abriu uma segunda sala no infantário há cerca de 3 anos, e por incrível que pareça a Câmara Municipal apenas contribuiu com umas cadeiras e umas mesas, faltando material didáctico para a aprendizagem das crianças. Durante 3 anos as crianças foram evoluindo graças ao apoio material e financeiro de alguns Pais e Educadores.
Estas duas fotos, bom estas duas é mesmo para rir! Esta obra foi feita pela câmara, é uma caixa de areia. Para quem não sabe o que é eu explico: abriram um buraco no chão e colocaram areia lá dentro, com a chuva e 3 ou 4 dias de brincadeira dos miudos a dita caixa de areia ficou como se vê! Então não se devia fazer um aro a toda a volta do recinto?
Quanto às novas tecnologias, estes miudos nem estão muito mal, uma aparelhagem usada dada pelos Pais de uma criança - umas vezes trabalha outras não!- uma televisão usada e um dvd emprestado ou dado pela Educadora.
Esta foto apesar de não ser bem visível, retrata o estado da pintura do interior do edifício. Neste caso a Câmara já quis pintar, embora fosse no início do ano lectivo, é óbvio que com tanto tempo a altura não era a melhor - quiseram no Natal - mais uma data desajustada, agora é esperar para ver!
Estas fotos retratam bem o estado de degradação do chão da sala.
Publicada por Pombo correio à(s) 23:15 7 comentários Etiquetas: Porque nem tudo está bem
Curt'ARTE (II)
André Jesus
Quando nos encontramos em casa, a observar o espaço exterior através de uma janela, os nossos olhos vêem coisas que nos obrigam por vezes a alterar a respiração. Ora aqui está uma das primeiras lareiras que os meus olhos viram a ser acesa neste regresso aos climas mais frios. É este o momento em que todos recolhemos aos nossos abrigos… Acredito que isto aos olhos de muitos seja ridículo e secante, mas acreditem que não é de modo algum um cenário parvo. Já se sente o frio em Canas de Senhorim.
Publicada por André jesus à(s) 21:43 8 comentários Etiquetas: Vídeos
15/02/2009
Voluntariado
Deitou as mãos à obra, como se costuma dizer, e pediu ajuda a um grupo de senhoras voluntárias que aos sábados e domingos iam a casa desses idosos levar-lhes o almoço. Apesar de poucas pessoas saberem, em Canas este grupo de voluntariado continua a existir. Ao longo dos anos muitos entraram, muitos saíram, mas o grupo continua. Pessoas que uma vez, todos os meses, “ perde” pouco mais de meia hora do seu fim-de-semana para ajudar os outros! Este grupo faz apenas um pequeno gesto que significa muito para muitos idosos. A sua função é levar o almoço aos fins-de-semana e feriados às pessoas mais idosas e necessitadas da nossa paróquia.
Numa edição de 2005, do Jornal Canas de Senhorim, está escrito que havia apenas 7 pessoas a serem auxiliadas por 27 voluntários. Hoje os números são outros. Há pessoas na Lapa do Lobo, em Vale de Madeiros, pessoas em Canas de Senhorim e na Urgeiriça, ao todo são umas 20 pessoas que são ajudadas por apenas 50 voluntários. Mas já foi necessário ir até à Póvoa, a Carvalhal e à Aguieira. Tendo em conta que cada voluntário apenas vai uma vez por mês, ou seja, por exemplo, no primeiro sábado ou no primeiro domingo e assim sucessivamente, conforme o calendário que está elaborado, seriam precisos, se cada um levasse o almoço, apenas a um idoso ou a um casal, uns 32 voluntários por fim-de-semana ou 128 voluntários por mês sem contar com os feriados ou meses com 5 semanas. Neste momento há voluntários a levaram o almoço a 3 e 4 pessoas! Não é só o levar o almoço, é também uma palavra de carinho e de conforto para as suas tristezas!
Enganem-se se pensam que são só pessoas ligadas à Igreja que participam neste voluntariado. Há homens e mulheres, pessoas católicas praticantes, pessoas que mal frequentam a igreja, formadas e não formadas, mais velhas e mais novas! Existe um pouco de tudo nesta faceta mais humanitária de Canas que não é visível!
Como conseguem perceber pelo texto, este grupo está sempre aberto a qualquer tipo de reforços e, pensando bem, é apenas o tempo de tomarmos um café sentados numa esplanada uma vez por mês…
Acreditem que o sorriso, as histórias de vida, os lamentos que por vezes se vão ouvindo dos nossos idosos valem o tempo que com eles passamos.
Se estiver interessado em pertencer a este grupo ou se quiser mais algumas informações contacte-me através do meu mail
Publicada por Tomahock à(s) 14:06 8 comentários Etiquetas: Instituições
14/02/2009
Editorial
Podemos comover-nos de várias formas, o espectro da comoção é tão alargado que pode ir da mais simples emoção ao completo arrebatamento ou da pura alegria à irremediável tristeza. Eu, no que toca a Canas, oscilo de uma extremidade à outra, conforme as circunstâncias.
Quando penso sobre a identidade canense, não no sentido lato da expressão, não aquela identidade que resulta directamente da nossa ancestralidade, mas aquela outra que nos identifica individualmente como membros de uma comunidade, questiono-me sobre de que barro é feito o actual canense, o que lhe vai no âmago enquanto membro da comunidade e qual a relação pessoal com os outros e com a própria terra.
As ambiguidades da nossa história recente influenciaram para o bem e para o mal muitos dos elementos que determinam o comportamento vulgar dos canenses.
No século XX, com o advento da indústria, Canas recebeu no seu seio gente de todo o lado, de tal forma que se fizermos uma breve incursão ao passado dos nossos pais e avós, verificamos que a maior parte não era efectivamente canense, isto é, a moldura do actual canense não é assim tão genuína, todos nós temos um pouco de achadiços. Pode dizer-se que isso não é assim tão importante uma vez que as novas gerações nasceram cá, mas não podemos ignorar que estas novas gerações absorveram dos pais referências diversas que por certo acabaram por formar a actual "pessoalidade canense".
A "pessoalidade canense", se assim lhe posso chamar, tem traços bem definidos. Embora assente numa miscelânea de sentimentos e interesses arbitrários, radica predominantemente em factores como a notoriedade, o proveito e a ascensão social, não excluindo contudo outros aspectos, como o orgulho na terra e o bem estar colectivo, especialmente no que diz respeito às infra-estruturas comunitárias. De que vale ter a casa e o jardim bem arranjadinhos se a coisa pública anda pelas ruas da amargura. Digamos que projectamos na terra as nossas aspirações pessoais, sem abdicarmos da natureza individualista e das vantagens imediatas que daí podemos tirar. Não podemos esquecer que as pessoas vieram para Canas para singrar na vida, aproveitando as novas oportunidades que a indústria oferecia, com tudo o que isso implica. Assim, em traços gerais, os canenses podem revelar paixão, abnegação, iniciativa, generosidade e altruísmo, à mistura, na mesma proporção, com inveja, indiferença, vaidade e mesquinhez. E isto é transversal na sociedade canense, o próprio confronto carnavalesco sublima o espírito competitivo e exprime a tendência separatista que caracteriza esta pessoalidade. Se a isto somarmos as características beirãs que a geografia nos concedeu, como sejam a hospitalidade e aquela típica introspecção deste povo confinado entre serras, ficamos com um desenho razoável do canense comum. Mas há mais...
Com o desaparecimento das empresas que sustinham o estatuto social da vila, e o dos próprios canenses, estes interiorizaram uma sensação de perda pessoal e o pessimismo compreensível de um futuro pouco auspicioso. Esta relação é extrínseca, já não é um problema de cada um: se Canas perde, eu perco, perdemos todos. Perante a adversidade a reacção foi admirável, acrescentaram à sua natureza novos elementos, como o inconformismo e a teimosia e reformularam a forma de ser canense, aditando à sua pessoalidade um aguerrido sentimento colectivo, mais abrangente que o anterior. Sobrepôs-se à causa privada a causa pública e elegeu-se como prioridade a autonomia política da terra, considerada indispensável à consolidação de um futuro que não traísse as expectativas que lhes foram legadas por pais e avós. Em suma, os interesses particulares acabaram por alicerçar na comunidade uma forte consciência social, que de resto já lhe era familiar, não tivesse este povo raízes maioritariamente proletárias - o canense transformou-se assim num animal político, habitual residente no circo da política nacional, mas pouco dado a domesticações.
Registo uma certa alegria de sentir a minha terra e as pessoas que a habitam e que lhe dão a tónica comovente com que iniciei este texto, mesmo com situações por vezes muito pouco recomendáveis, relevando, porque humana, esta gente que, embora simpática e amiga do seu amigo, franca e de coração ao alto, pode surpreender-nos ao virar da esquina com aquela necessidade irresistível de dizer mal, de invejar o sucesso alheio, de rebaixar o semelhante, que é a pior forma de elevar a auto-estima e revela no ser humano a mais pura iniquidade.
Também eu sou canense e provavelmente reconhecível nos defeitos e virtudes identificados. É necessário reflectir sobre as nossas fraquezas para melhor compreendermos a nossa terra e percebermos afinal o que é ser canense. Talvez seja por isto que Canas me comove, afinal ela é um reflexo de mim próprio.
Publicada por PortugaSuave à(s) 12:01 11 comentários Etiquetas: Editorial
12/02/2009
curt'ARTE - Festival de Curtas 2009
O conceito deste festival é bastante simples, em 30 dias (desde a data do lançamento do tema até à data limite de entrega das curtas) os participantes têm de realizar uma curta baseados no tema fornecido pela organização.
Mais informações no blog curt'ARTE
Publicada por Farpas à(s) 21:45 6 comentários Etiquetas: Agrupamento 604, Arte e Cultura, Urgeiriça
São Pedro "ajudou" na fase final da obra
Publicada por Pombo correio à(s) 20:57 14 comentários Etiquetas: Turismo Lazer, Urgeiriça