Canas OnLine

30/01/2008

Carnaval75 - Tradição e Liberdade


fotos cedidas por Horácio Peixoto
veja mais em carnavalcanas.blogspot.com

29/01/2008

Nevão de 1981







28/01/2008

Carnaval das Crianças


(clique para ampliar)


27/01/2008

Carnaval em Canas de Senhorim/08


Aproveite esta época do ano e venha a
Canas de Senhorim



Para além do fantástico carnaval de cariz popular que se desmarca dos habituais cortejos abrasileirados que ocorrem por esse país fora, pode aproveitar para admirar a robustez arquitectural que o granito imprime às nossas casas e desfrutar da maravilhosa paisagem que o maciço da serra proporciona.
Situada entre a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo disponibiliza a quem a visita óptimas condições de alojamento e dispõe de excelentes restaurantes onde pode encontrar uma ampla diversidade de soluções gastronómicas, todas com o cunho típico dos sabores e costumes da região.
Passeie palas redondezas e aprecie o encanto e a hospitalidade das gentes que povoam as aldeias vizinhas. Repare nos campos, na lavoura e nas casas tipicamente beirãs. Tire partido da génese rural que ainda caracteriza a vivência dos seus habitantes. Aventure-se pelas matas adentro e contemple pausadamente a fantástica profusão de cores. Delicie-se com os cheiros e com a vivacidade do amarelo com que, por esta altura do ano, as mimosas e as giestas timbram a vegetação.
Após a digressão, saboreie o precioso vinho do Dão que, de braço dado com a morcela, a chouriça, a fatia de queijo da Serra e um naco de broa, lhe hão-de aconchegar a alma e aquecer o corpo.


Por tudo isto e por tudo aquilo que aqui não cabe
venha passar o Carnaval a Canas de Senhorim





DIVIRTA-SE PARTICIPANDO NO CARNAVAL DE CANAS
veja mais em carnavalcanas.blogspot.com

Em cima da mesa...II

Futuro Miradouro
[sujeito a confirmação]

Obras do futuro Parque Temático e Anfiteatro em:
[praticamente confirmado]

26/01/2008

Blogosfera canense


Crónicas da Galinha Riça
Carnavalite


[...]
Até a comunidade de Nelas, um lugarejo aqui perto, foi ligeiramente contagiada, não se sabe bem como nem porquê (há coisas que a ciência não explica). Porém os organismos inoculados tinham uma malformação congénita e a nova estirpe degenerou num fiasco, isto apesar do investimento na sua encubação e na manipulação in-vitro da cultura original. Claro que ficámos compadecidos com o fracasso, então andam os senhores vereadores mais a senhora presidente a brincar ao Carnaval todo o ano e depois na altura de colher os louros, nem corso, nem vestimentas nem foliões… uma preocupação!
[...]

Trabalhadores da ENU: PCP defende direitos iguais

O PCP entregou, na Assembleia da República, um projecto-lei que altera o regime jurídico de acesso às pensões de invalidez e velhice, no sentido de equiparar todos os ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, sediada em Canas de Senhorim, a trabalhadores de fundo de mina, para efeitos de antecipação da idade de reforma.
O projecto-lei, que tem como primeiro subscritor o secretário-geral do PCP, o deputado Jerónimo de Sousa, exige ainda a monitorização médica "consistente e periódica" de todos os ex-trabalhadores, no sentido de detectar possíveis desenvolvimento negativos da actividade que levaram a cabo".
E defende a atribuição de indemnização "em caso de morte como consequência da profissão, aplicando assim o carácter de doença profissional às doenças que se venham a verificar nos ex-trabalhadores da ENU, nomeadamente as neoplasias malignas que têm afectado, só na região da Urgeiriça, várias dezenas de ex-trabalhadores".
"Só a conjugação destas três medidas pode garantir que o Estado não se demita das suas responsabilidades perante estes trabalhadores, independentemente das datas da cessação dos seus vínculos laborais", defende o preâmbulo do projecto-lei, referindo-se ao Decreto-Lei nº 28/2005, de 10 de Fevereiro, que equiparou os trabalhadores que conservavam o vínculo à data da dissolução da Empresa Nacional de Urânio SA.. Decreto-lei que acabou por criar "uma situação de injustiça perante todos aqueles que foram efectivamente trabalhadores da ENU, em fundo de mina, áreas de exploração, anexos mineiros ou obras e imóveis afectos à exploração, mas que não estavam vinculados à empresa no momento da sua dissolução", argumenta o PCP.
No que se refere ao acompanhamento médico, os comunistas propõem o alargamento aos descendentes directos dos trabalhadores, também de forma gratuita, com o objectivo de identificar consequências decorrentes da actividade mineira. E defendem a "prestação gratuita dos tratamentos médicos necessários.

Texto deIsabel Costa Bordalo
ed. 306, 25 de Janeiro de 2008 JORNAL DO CENTRO

25/01/2008

O Relinchar do Cavalo

Carnaval de Fato e Gravata

Quando se fala da tradição, cheia de rituais, que é o Carnaval de Canas, quase sempre esquecemos o que está por trás... A política ou, para melhor explanar, a organização (já que, actualmente, a palavra “política” tem conotações muito negativas)...

Em conversa de café com ex directores das duas associações, todos e lamentavam do facto de terem sido tratados com “escravos” dos respectivos associados, construtores de carros alegóricos, ou marchantes... Ser director do Rossio ou do Paço é, apenas e só, uma missão que contempla unicamente obrigações e maus tratos...

Na verdade, o espírito de missão tem de estar presente nestas ou noutras associações, mas, o que mais custa, são os nomes puxados para a lama, já que o muito trabalho é recompensado no Domingo Gordo quando vêm os respectivos corsos a desfilar nas ruas... Uma sensação de dever comprido...

Por muito boa vontade que se tenha, não é possível elevar o Carnaval de Canas sem mais gente de fato e gravata!...

Para se fazerem carnavais mais “elevados”. Não podem os tesoureiros andar a fazer flores enquanto anda o presidente à procura dele para ser assinado um cheque para pagar um fornecedor... Não pode um presidente de um bairro deixar de reunir com o do outro porque tem uma carro alegórico para fazer... Não podem os cobradores de cotas perder tempo a negociar esferovite...

Esta (des)organização, por exemplo, impede que alguém tenha disponibilidade de tempo para “estudar” e encomendar as quantidades certas de papel, esferovite, tintas e tudo o mais, em procurar os melhores preços... Digo-vos que, com tempo, se conseguem materiais 75% mais baratos...

Com tempo, pessoas e uma melhor organização teríamos espaço para animação de rua, música ao longo dos 3 dias, realização de eventos anexos, fogo de artifício no final do despique, promoção nos média, mais apoios institucionais, mais patrocínios e tudo o mais que cada pessoa de “fato e gravata” se lembrasse...

Contudo, o Carnaval de Canas, não tem na sua génese este espírito organizacional... Basta notarmos que numa tradição com IV séculos os “fatos e gravatas” só apareceram há pouco mais de 20 anos... É um poder do Povo...

Ainda hoje, a maioria das pessoas torce o nariz a uma simples reunião entre as direcções do Paço e do Rossio... Ainda hoje, principalmente no Rossio, parece haver vergonha em aceitar apoio da Cmasn... Os foliões, organizados, ou não, em grupos que fazem os corsos, ainda não entenderam que não podem todos ir na frente na marcha ou colados as carro da música... Não compreendem que cabe a alguém (sob indicação das direcções) a organização da marcha, com todas as dores de cabeça que tem associado, mas, no entanto, assumido!...

As pessoas, teimam, principalmente as do Paço, que há horários de passagem, que não se pode estar parado uma hora no mesmo sítio... Não pode uma marcha organizada estar constantemente é ser vítima de saídas para beber um fino... muitos finos... Não podem ir os carros alegóricos por uma rua e a maioria dos marchantes sair em debandada por outra... Mas, enfim, os populares é que mandam, é isso o Carnaval de Canas...

Uma tradição, com inúmeros momentos, dezenas de rituais... Quando se pede algo mais ao Carnaval, ele em si, não se permite elevar... O Carnaval de Canas é o que é... Não está muito virado para pessoas de fato e gravata... São, direi até, dispensáveis!...

De mim, têm um muito obrigado e o respeito por todas as suas decisões tomadas de boa fé... Às vezes não há tempo, nem pachorra, para mais... Obrigados a “eles”!...

402ª Edição do Carnaval de Canas de Senhorim


24/01/2008

Não há outro assim!

Carnaval de Canas 08
Podem sentir o "cheiro" ouvindo as músicas do Paço e do Rossio em

"Festa do Povo Para o Povo"


A(s) Facada(s)
A propósito do Carnaval...
por PortugaSuave



A tentativa de ensombrar o nosso Carnaval, levada a cabo pela Câmara Municipal de Asnelas, desde que em 1977 se prestou a incentivar e apoiar uma cópia do Carnaval de Canas de Senhorim, é sobejamente conhecida dos canenses e já não nos suscita qualquer comentário, senão o de registar as mentes perturbadas dos fomentadores de tal recriação. Porém, julgo importante recordar e esclarecer as circunstâncias que levaram à criação da macaquice do carnaval de Asnelas.
A ancestralidade do carnaval de Canas de Senhorim perde-se no tempo e na memória. Segundo reza a história, há 300 anos que se vem realizando regularmente, constituindo, pela sua tradição e genuinidade, caso ímpar no panorama nacional. Das suas características peculiares, mantidas até aos dias de hoje, realço a sua originalidade, assente na saudável rivalidade entre os principais bairros da terra (Paço e Rossio) e a diversidade de costumes que animam, não só os quatro dias de folia, mas também os que os antecedem. O facto de nunca ter cedido a influências brasileiras confere-lhe um cunho tipicamente popular, bem patente no ritmo das marchas dos corsos e nas Bandas de Música que as interpretam.

Foram estas particularidades, aliadas à dedicação com que as gentes de Canas se entregam à sua festa de eleição, que colocaram Canas de Senhorim no roteiro de milhares de visitantes e foliões que anualmente nos procuram para desfrutar e participar no nosso carnaval. Uma festa do povo para o povo, gratuita e espontânea, como refere António João Pais Miranda na publicação Canas de Senhorim – História e Património.
Ora, perante tal evidência, o mínimo que seria de esperar dos responsáveis camarários (Câmara Municipal de Asnelas) era que apoiassem e difundissem este evento, assumindo-o como património cultural da região, elegendo-o como ex-líbris do calendário festivo do município e promovendo-o eficazmente.Mas não. Muito pelo contrário. O que a Câmara Municipal de Asnelas fez no ido ano de 1977, foi incentivar a recriação na sede do município (Asnelas) de um carnaval artificial, tirado a papel químico do nosso. Simularam uma rivalidade ficcionada entre dois bairros postiços e saíram ao embuste, sem pejo nem dignidade. Ocorre-me aqui a leviandade de imaginar o que seria se a Câmara do Carregal, inspirada pelo plágio da sua congénere nelense, importasse a vetusta e tradicional Dança dos Cus de Cabanas de Viriato para o Carregal do Sal. Impossível! Pertencesse Cabanas ao concelho de Asnelas e asseguro-vos que o “bate cu” há já muito tempo seria parte do folclore “genuinamente nelense”.
Este fenómeno de decalque reflecte a inconsistência histórica e cultural da vila de Asnelas. Constituída sede do concelho e criada administrativamente do nada, sem história nem memória, por força de Decreto em 9/12/1852, reuniu no seu seio as vilas de Canas de Senhorim, Senhorim e Santar. Estas vilas possuíam uma identidade própria que assentava no seu vasto património histórico e era consolidada pelos costumes e tradições seculares que os seus povos legaram à modernidade. Essa herança chegou aos nossos tempos através da arquitectura, da gastronomia, das lendas e crenças e de outros rituais, entre os quais o carnaval de Canas. O que aconteceu com Asnelas é que não houve legado nem herança que sustentasse o estatuto entretanto adquirido. No que refere ao carnaval a tradição nelense resumia-se ao bailes de carnaval e às moribundas “Contradanças” que, convenientemente, são referidas como origem(?) do actual carnaval de Nelas (ver Boletim Informativo n.º 7 da Câmara Municipal de Asnelas, de Fevereiro de 2005). Na ausência de tradições assinaláveis e a coberto de líderes despeitados e sem escrúpulos copiou-se o que havia para copiar e aviltou-se assim o património alheio na confecção de um carnaval por receita. Roubo premeditado e plágio consumado.

23/01/2008

Café Rossio (anos 60)


21/01/2008

O Relinchar do Cavalo

Chover no molhado...

Depois da boa entrevista do @Manel (não o vou chamar Sr. Dr.!), apraz-me comentar...

Em 1º lugar o simples(?) facto de o Deputado Hélder Amaral conceder uma entrevista a um Blogue, ainda por cima de nome “Município de Cannas de Senhorym”, isto apesar das suas respostas intrigantes, irritantes, desmoralizantes, mas sérias. O simples facto de ele deixar o seu pensamento ser escrutinado pelo povo é de saudar... e eu saúdo-o por isso.

Parece claro que PSD e CDS nacionais estão juntos e apoiam a coligação “todos juntos pelo concelho de asnelas”; que o facto de Canas ter votado maciçamente na mesma, não foi mais que um suicídio colectivo, se bem que continuo a achar que não havia outra solução... Hélder Amaral lá foi dizendo de Canas de Senhorim que se não vota no CDS, logo, não pode contar muito com fidelidades cegas...

No entanto, noto que “vai dando uma no cravo outra na ferradura”, pois sabe muito bem que esta coligação só “renova contrato” se Canas de Senhorim quiser... e toda a gente sabe que não quer!... CDS e PSD preparam já a derrota neste concelho que tanta luta lhes deu para ganhar... juntaram Canas contra Zé Correia e assim derrotaram o PS... se bem os canenses sempre se estiveram a “borrifar” para querelas politico-partidárias. O PS, como um todo, nunca foi o inimigo!...

Contudo, também não é o CDS que me preocupa muito, para sermos Município temos de contar com o apoio de pelo menos um dos dois grandes partidos...
E ficou por perguntar o que raio esteve a fazer o Sr. Hélder com o ex e novo presidente de partido Paulo Portas num palco da Praça, com uma promessa inequívoca, favorável às nossas aspirações, na altura e no futuro. Só que parece haver outra palavra em política para transmitir o que está para além do futuro... eu não sem bem é qual é!...

Não se assume politicamente uma discriminação positiva da mais elementar justiça; propõe-nos, como se fosse o bastante, uma ténue igualdade, o respeito, a simpatia e o reconhecimento que temos razão. Mas alguém vive da razão? Quer-me parecer que não! Relembro o exemplo do subsídio a cada bairro carnavalesco do concelho, logo no 1º ano de mandato: 10.000€ para os de Canas, 25.000€ para os de asnelas... sintomático?!...

Não esqueço, e seria politicamente sério, que em vez de se alterar o PDM para possibilitar a implementação e ampliação de novas industrias, se recorresse às zonas industriais já existentes e votadas as abandono, ou seja em Canas de Senhorim. Haverá, neste aspecto, alguma diferença entre Zé Correia e Isaura Pedro?... Só a simpatia!

Por tudo isto e muito mais, o Sr. Hélder Amaral, já que não quer, ou não pode, estar com a luta municipal dos canenses, pelo menos promova a equidade entre todos os munícipes asnelenses, nos quais eu, infelizmente, me incluo para efeitos administrativos, mas nunca me incluirei em pensamento. O meu concelho é Canas de Senhorim!

Mas obrigado por esta entrevista, do fundo do coração, obrigado... ao entrevistado e ao entrevistador!...

Estatísticas BC - 4º Trim2007


A blogosfera canense (BC) recuperou. No 4º trimestre de 2007 todos os valores ficaram acima dos obtidos no trimestre anterior. Com um efectivo de 19 blogues activos no início do trimestre, registamos com agrado o aparecimento de mais quatro, o Município SportZone, o Escolinhas do GDR, o Desacreditado e o Momentos.
De pedra e cal está O Camandro, recompensado no passado mês de Dezembro com a atribuição de dois prémios pelo site MBP.com.
Igualmente participado mantém-se o MCdS. Após o lamentável declínio evidenciado pelo popular Canas&Senhorins, o MCdS revelou-se quase exclusivamente como divulgador da vila de Canas. Esta vocação é bem patente nos suplementos que lhe estão ligados: O Blog do Carnaval e, mais recentemente, o Município SportZone.
Com igual vocação destaca-se o Urgeiriça em Peso, uma página nobre sobre o nosso bairro mineiro.
Também o Mulherio de Canas de Senhorim é digno de uma referência especial. Original e marcadamente personalizado pelos textos das suas mentoras, leva-nos facilmente do sorriso à emoção. Recomenda-se vivamente.
Neste trimestre sobressairam ainda, pela elevada paricipação de que foram alvo, O Grito do Poeta, o AndréBlog e o Mas Porquê.
A todos os criadores, colaboradores e participantes da BC deixamos votos de um ano produtivo. Boas postagens.






19/01/2008

Entrevista ao Deputado Hélder Amaral


Nota Introdutória : Quero aproveitar para agradecer ao Deputado Hélder Amaral o tempo dispendido nesta entrevista ao Blogue. Não obstante discordar de algumas opiniões/linhas de pensamento politico, gabo-lhe a frontalidade e a disponibilidade para falar com o seu eleitorado. Nos tempos que vivemos a cidadania tem de ser execida assim: Questionando os eleitos sobre a evolução das nossas expectativas. A ideia de que estas questões devem ser tratada de forma recatada por uns quantos previligiados é "chão que deu uvas".

A entrevista está também publicada na última edição do Jornal "Canas de Senhorim"
Causa da Restauração do Concelho de Canas de Senhorim


Blogue Município de Canas de Senhorim -Em 2003 os canenses conheceram o melhor e o pior na sua causa restauracionista: a Assembleia da República aprovou a elevação de Canas a Concelho. O presidente da República à época, Jorge Sampaio, vetou o projecto de elevação aprovado pela Assembleia. Quatro anos e meio volvidos que pode dizer aos canenses sobre este veto tão “cruel” para as nossas aspirações?

Hélder Amaral – Dizer que o senti não como um veto “cruel”, mas como uma derrota, da vontade de uma comunidade assumir nas suas mãos o seu destino, da derrota de um sentimento profundo de liberdade, e esse é um direito que por mim não deveria ser negado a ninguém, mas sou dos que acredita que “o que não nos mata torna-nos mais fortes”, e por isso nem tudo correu mal, um dos principais causadores da forte vontade restauracionista foi o anterior Presidente de Câmara, afastado pelo via normal, ou seja, a derrota nas urnas, e para isso contribuiu o surgimento de uma solução para o Concelho de Nelas onde colaboram em grande harmonia, independentes, e militantes do PSD e CDS, julgo que este esforço que os partidos fizeram na tentativa de dar a Nelas um Executivo unido e capaz, que para Canas não seja um problema, mas a solução para muitos dos motivos que levaram muitos a querer seguir sozinhos, Canas pode ser o motor de Nelas, pode ter a sua identidade própria e pode ser mais Nelas sem deixar de ser Canas assim haja vontade e saber para isso.

MCS – Na época falou-se da alteração da lei-quadro dos novos concelhos, que daria enquadramento legal à causa de Canas, com base no argumento histórico-cultural. Como está este dossiê na Assembleia da República? Houve alguma evolução na actual legislatura?

HA – Não, infelizmente o momento é de discussão das leis eleitorais, sem antes olhar seriamente para a organização administrativa do país, rever as leis no sentido de criar concelhos, extinguir concelhos e freguesias etc, o anterior Ministro da Adm. Interna, Dr. António Costa, queria por exemplo acabar com as freguesias com menos de 1000 eleitores, ou de plenários, mas rapidamente se esqueceu o assunto e por isso PS e PSD, acordaram já uma alteração às Leis Eleitorais, nomeadamente a Autárquica, procurando dar resposta a problemas que não existem, mas não resolvendo nenhum dos que existem, como os desequilíbrios que falei ou criando base legal para permitir que, sem por em causa a Lei, permitir a criação de concelhos, respeitando as identidades histórico-culturais.

MCS – O CDS/PP -Viseu continua disponível para apoiar politicamente o MRCCS na luta pela restauração do Município de Canas de Senhorim?

HA – Não, o CDS apoiou no passado incondicionalmente e a todos os níveis local e nacional a MRCCS, hoje este problema não se põe e os seus órgãos, com a minha excepção, são outros, logo devem revalidar se é essa a sua prioridade e se a causa de Canas hoje merece esse apoio, para já, estamos empenhados na solução que existe ou seja maior compromisso e diálogo com a Autarquia de Nelas.

MCS – Se a relação de forças se alterar no Parlamento o CDS/PP está pronto para relançar a discussão da criação de novos concelhos?

HA – Tenho resposta idêntica: o CDS/PP tem que actualizar esta questão, no entanto nas questões de princípio nada mudou, somos favoráveis ao princípio de “autodeterminação” de uma comunidade desde que preencha os requisitos legais, mas estamos mais empenhados em garantir as novas leis eleitorais não se tornem prejudiciais à democracia interna de cada Município, evitando que possam surgir mais problemas como o de Canas, ou seja o que importa garantir é a governabilidade e a eficácia e a democraticidade do exercício do poder Autárquico.

MCS – Uma das forças que apoiou o projecto da elevação de Canas a Concelho foi o PSD. A par do CDS, este partido governa, em coligação, a Câmara Municipal de Nelas. Mesmo neste contexto local (diferente de 2003), continua sensível à causa da restauração do concelho?

HA – Não posso responder pelo PSD, mas pelo que sei o PSD como o CDS, embora sensíveis a causa, tem que reavaliar internamente todo o processo e todo o percurso, mas cabe ao PSD decidir.

MCS- Como estão os contactos institucionais entre o MRCCS e o CDS/PP-Viseu?

HA -Deixaram de existir, porque como disse o tempo é outro as prioridades são outras, mas tenho mantido contactos, pessoais e informais, com pessoas do MRCCS, por outros motivos, guardo com muitos deles uma forte amizade. Nunca houve e não haverá necessidade de falar por terceiros ou de mandar recados, estou sempre disponível.

MCS – O deputado Hélder Amaral está disponível para fazer ouvir a sua voz em nome do povo de Canas, transmitindo no parlamento o inconformismo latente dos canenses e denunciando a continuada discriminação a nível do investimento, das infra-estruturas, etc., etc.

HA – Estou disponível, e com vontade de levantar a minha voz, por Canas e por todo o Distrito não esqueço que sou deputado da nação mas o meu Distrito é Viseu logo o meu coração está em Viseu, por isso qualquer problema do Distrito merece a minha atenção, e Canas não e excepções, mesmo que os seus eleitores escolham depois outros partidos que não o CDS.

Câmara Municipal de Nelas

MCS – Embora as caras e as cores se tenham alterado nas autárquicas de 2005 na Câmara Municipal de Nelas, nada de relevante aconteceu em Canas. As queixas dos canenses continuam as mesmas, com excepção da prepotência e da arrogância que eram apanágio do anterior presidente da autarquia. Qual a opinião que tem do actual executivo liderado pela Dr.ª Isaura Pedro?
HA -Tenho tentado saber junto da Presidente de Câmara Dr.ª. Isaura Pedro, como caminham as coisas em Canas, e tenho recebido e percebido que há no executivo de Nelas, uma grande atenção para com Canas, uma grande vontade de corrigir injustiças e um grande carinho até por Canas o mesmo acontece com o Vereador do CDS, com quem por maioria de razões, falo com maior frequência, por isso sei, que não foi só a arrogância e prepotência, que desapareceram, há uma vontade objectiva de ajudar Canas, o problema é que este executivo encontrou uma Câmara quase em falência, com muitos problemas não perceptíveis na altura, logo a que equilibrar as contas, há que dividir justamente, sei também que o Presidente da Junta de Canas tem um bom dialogo com o executivo e que não é por falta da sua entrega, que as coisas não estão eventualmente melhor. Canas merece mais e sei que vai ter mais eu confio na Dra. Isaura Pedro ele que ajudar Canas deve saber compreender sem no entanto deixar de reivindicar a Sr.ª Presidente é uma pessoa justa.

MCS – Tem contactos regulares com o executivo municipal? Se sim, como acompanhou as polémicas da nomeação de acessores “desenraizados” e a expulsão do Vereador Borges da Silva do PSD?

HA -Como disse tenho contactos regulares, quanto ao acessor ou acessores, o que posso dizer é que essa não é uma prática do CDS por isso não assumimos dores de outros, no entanto perguntamos o porquê das nomeações e a sua utilidade para o bom funcionamento do executivo, para o CDS as explicações tiveram acolhimento, foi preciso resolver um problema criado pela saída do Vereador que para além de problemas internos do PSD que não comento, porque o PSD me merece todo o respeito e porque não aceitaria que o PSD ou outro partido, se intrometesse em questões internas do meu partido, mas passou também pela perda de confiança da Presidente e quando assim é nada a fazer e um direito do presidente de Câmara sob pena de afectar a governabilidade do executivo. Se os problemas de Canas de Nelas se resolvessem com a saída ou não nomeação de um qualquer acessor seria o primeiro a impedir, mas infelizmente as coisas são mais sérias do que isso.

MCS – Acha que a equidade na gestão dos dinheiros públicos deste concelho deverá passar por um tratamento compensatório à Vila de Canas de forma a atenuar o “crime” que foram os 20 anos de poder do Presidente Zé Correia com investimento zero na freguesia?
HA – Acho que deve e vai ser dada uma atenção especial a Canas a situações especiais devem ser dadas soluções especiais, mas o crime foi cometido pelo PS e pelo seu presidente de câmara a penalização deve ser feita nas urnas ou seja sejamos claros o PS não foi como deveria ter sido penalizado, logo não é justo prejudicar todo o concelho para compensar erros de outros que a própria população de Canas não penalizou, mas como já disse Canas é fundamental para o desenvolvimento sustentado do concelho e é nessa perspectiva que deve ser tratado.

MCS-É politicamente legitimo pedir “paciência” a quem espera há duas décadas (como nos pede a presidente da Câmara Municipal), e elegeu o actual executivo?

HA – É, porque o actual executivo é também vítima do mau governo anterior da Autarquia e procura ser a solução, a situação não evoluiu para o que se desejava mas mudou para melhor, Canas hoje tem com quem conversar, com quem estabelecer compromissos no seu interesse e no interesse do Concelho. Conheço Canas e sei que mesmo nos piores momentos os Canenses não são egoístas, são solidários. Seria um erro histórico se Canas não aproveitasse esta oportunidade de dar um salto em frente. Não tem que gostar do executivo, mas deve colaborar.

MCS – Parece-lhe justo que os canenses (30 % da população do concelho) reclamem transparência e justiça da Câmara Municipal no investimento público e apoio ao empreendorismo? Um sinal importante para os canenses seria, uma vez na vida, ver o executivo preferenciar Canas de Senhorim na instalação de serviços camarários ou investimentos empresariais. Mas acontece o oposto…

HA -Não posso responder com rigor, sei que, o apoio ao empreendorismo não passa só pela Câmara, por isso o CDS tentou em sede de orçamento de estado propor politica de apoio, por exemplo aos jovens melhorar o acesso ao crédito, as empresas medidas de isenções fiscais, para compensar custos de investimento, mas não foram aceitos pelo PS, se é difícil para o Governo também o é para a Autarquia, mas sei que a dificuldade de captar investimento empresariais é um drama para o interior e não um problema particular de Canas, como pode a Câmara Municipal captar investimento empresas, se o sinal do Governo é de encerramento de serviços.

MCS-Não é certamente alheio ao tratamento discriminatório que a freguesia de Canas de Senhorim tem sido alvo por vários executivos camarários (o caso extremo é, claro está, o nada saudoso Zé Correia), de 1974 até à presente data. De igual forma constata-se uma evidente falta de qualidade do pessoal político que tem estado à frente dos destinos do Concelho (salvo raras excepções, infelizmente efémeras, que não lograram prosseguir o seu trabalho – refiro-me nestas excepções positivas ao Dr. José Vaz e ao Eng.º José Manuel Lopes de Almeida). O actual Vereador do CDS-PP, em entrevista a um jornal local no início do mês, referia que concorreu pelo CDS em 2001 apenas porque tinha muitos anti-corpos no PSD. A actual presidente da Câmara Municipal passou de “delfim” do Presidente Zé Correia a sua feroz opositora. Na prática, e nesta “casta dirigente”, vemos interesse pessoal e sobranceria na gestão das suas “carreiras”, e nenhuma preocupação com o interesse público, nomeadamente com o desenvolvimento harmonioso de todas as freguesias. Que esperança se pode dar com um pessoal político tão fraco e de vistas tão curtas?

HA – Não posso concordar com o comentário. A forma mais fácil de fugirmos as nossas responsabilidades é achar que todos os outros são maus, fui e sou critico e adversário politico do Anterior Presidente de Câmara, mas sei que mesmo fazendo mal a Canas e essa é a minha opinião e a de muitos canenses, que contra ele lutaram tanto, o fez com a convicção que fazia o melhor pelo seu eleitorado, para o seu partido, pelo que acreditava, merece o meu respeito por isso, da mesma forma que a actual Presidente que poderia não abraçar a coisa publica e manter-se no conforto da sua profissão aceitou dar do seu saber do seu tempo aos outros, isso merece elogios e não criticas, com o Vereador do CDS, a coisa não é diferente, eu não tenho dúvidas e julgo que ninguém terá que o Manuel Marques é dos que mais ama Nelas, dá a vida por Nelas prejudica-se por Nelas por isso serviu Nelas por vários partido, mas sempre com a mesma paixão e é isso que importa, no que toca ao meu partido foi útil, espero que o seja também para ele, hoje é um dirigente do CDS sinto que é tanto do CDS, (pela amizade e cumplicidade e respeito que muitos dirigentes sentem por ele) como eu. Por isso acho que não é crime conciliar o interesse pessoal com o interesse público, no respeito escrupuloso pelo primado da lei e da democracia. Se o PSD não gosta do Manuel Marques será um problema do PSD, mas confesso que nunca me apercebi de nada. Se o povo escolheu estes e o povo é sábio, então escolheu porque achou que estes eram os melhores, se eu votasse em Nelas também votava neles.

MCS – O actual contexto de insatisfação com o privilégio escandaloso da sede do concelho em detrimento das outras freguesias (que não apenas Canas de Senhorim). Sabendo que o actual executivo deve, integralmente a sua eleição ao povo de Canas, e na mais que certa (e justa) recusa de novos votos de confiança, qual seria atitude correcta (eleitoralmente falando) dos canenses nas autárquicas de 2009?

HA – Caberá aos Canenses escolher o seu caminho. Pelo CDS respeitaremos a sua escolha, mas Canas deve também saber assumir as suas responsabilidades, onde há direitos há deveres, a liberdade é principalmente responsabilidade. Defendi sempre que a solução não passa pelo boicote, ou outras medidas que são inaceitáveis num estado de direito democrático se assim for não contarão mais com o meu apoio e simpatia ou do CDS. Canas pertence a um Concelho e a um pais com dificuldades, não pode e não deve permanecer numa atitude de calimero, se sente que foi factor decisivo para a mudança do executivo é porque não queria o anterior resta o bom senso de reivindicar de forma justa, o que entende ser seu direito, mas com a necessária ponderação do interesse particular e colectivo, repito que vejo neste executivo grande vontade de ajudar a população de Canas, espera-se de Canas colaboração e bom senso, a minha máxima que e de S. Agostinho é eu “vale mais coxear no caminho certo que correr no caminho errado”.

Regionalização

MCS – Qual é a posição do CDS/PP, dez anos passados sobre o anterior referendo, sobre a possibilidade de se constituírem regiões administrativas em Portugal?

HA – Não foi feita a discussão na direcção do partido, no sentido de saber se houve alguma evolução, há muitos dirigentes a favor e contra, por mim continuo contra, no fundo esta é uma matéria que tem muito a haver com Canas, esta matéria merece uma outra entrevista. Eu acredito que hoje há condições e pessoas capazes de saber aproveitar os méritos de uma descentralização com meios e competências capazes de desenvolver o pais de forma equitativa e solidária, o que tem faltado são dirigentes locais que mantenham o discurso na região e em Lisboa o que nem sempre acontece, a maioria dos governantes nos últimos 30 anos, faz-se eleger com discursos regionalista chega ao governo, ou a administração e torna-se centralista o problemas não está portanto no modelo.

MCS – Não acha que o país tem acentuado o seu centralismo (em Lisboa) e que a Regionalização, se implantada com critérios racionais e efectivamente descentralizadores, poderia contribuir para dar voz ao interior do país?

HA -A voz depende da existência de pessoas e das capacidades destas, quem seriam as suas vozes? O que temos hoje e aconteceu sempre é que sempre que se pretende criar algo de relevante e dou apenas um exemplo: a AIRV, Associação Industrial da Região de Viseu criou uma escola de estudos avançados, foi buscar algum dirigente local para a direcção? Não. Para o estudo da Universidade Publica de Viseu, quem foi o promotor? Era de Viseu? Não. Posso com legitimidade pensar que se houver regionalização ainda vão convidar o Dr. Augusto Mateus ou Miguel Cadilhe para seu presidente, este é o verdadeiro problema do interior: não se assume.

MCS – Caso existissem regiões administrativas, politicamente legitimadas, e com poderes efectivos, não estariam os interesses das populações melhor defendidos? Vejam-se os casos do encerramento dos SAP e das escolas primárias, para grande descontentamento causa no tão martirizado, e preterido, interior do país…

HA -Como disse este assunto merece mais tempo, mas tenho muitas dúvidas em saber se algo mudaria sem saber ao certo, competência e meios teriam as regiões, genericamente acho que o problema é Humano e não legal, com regiões ou sem elas o País não seria igual, alguém poderia impedir as pessoas de se deslocarem para regiões mais desenvolvidas a custa de lideranças mais “Amadeiradas”, ou simplesmente mais eficazes, ou porque tem mais capacidades naturais. Não seria racional ir adequando a oferta de serviços a procura, tanto se poderia abrir ou fechar escolas ou SAP´s. etc, como se vê a solução não e ter ou não regiões administrativas.

MCS – Qual é actual situação da chamada “Reforma Relvas” que criou a área metropolitana de Viseu?

HA -Morreu, pertence ao passado

MCS – Crê que a regionalização poderia controlar a supremacia das sedes de concelho relativamente às localidades que os servem e deslocalizar o investimento para essas mesmas localidades?

HA -Não, a política é centralista na sua essência, neste caso desconfio que os partidos dominantes e os políticos seriam os mesmos, porque esperar algo de diferente, os próprios eleitores não tem querido mudar escolhem entre dois partidos, logo, a lógica de poder seria a mesma, só teria tendência a agravar-se se há votos há obra se não o “deserto”, para quem tem duvidas, aconselho uma visita as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, com modelos de autonomia mais reforçados que numa regionalização e é ver se o nível de Vida da cidade do Funchal se repete no resto da ilha ou em Porto Santo e no caso dos açores comparara ilha a ilha ai encontra a resposta.

Reforma das Autarquias Locais

MCS – Como vê a situação das “Canas de Senhorim” deste país com a projectada reforma das autarquias locais que, ao que dizem os jornais, tornarão os executivos camarários totalmente mono-partidários?

HA – A reforma está acordada pelos dois partidos, PSD e PS, que apenas querem ganhar na secretaria o que não conseguiram nas urnas, o CDS irá apresentar um projecto-lei sobre a matéria, esperemos pela discussão na Assembleia da Republica para saber o resultado final, como disse esta reforma não vem resolver problema algum, dizem-nos que a intenção é garantir estabilidade governativa, mas que se saiba não caiu nenhum executivo por ser minoritário. Quantas Câmaras se tornaram ingovernáveis pela existência de oposição e inexistência de maioria ? Mas se a garantia de maioria no executivo corresponder a um efectivo reforço dos poderes da Assembleia Municipal estou de acordo que o executivo governe e que assembleia controle, tenha iniciativa, por exemplo nos investimentos, na criação de empresas municipais, no orçamento, ai sim, pode evitar alguns desequilíbrio porque o órgão é mais democrático, outro aspecto é a não permanência dos Presidentes de Junta que para fugir do controle do Presidente da Câmara deveriam ter mais meios financeiros e mais competências (não precisam de estar sempre de mão estendida, mas vamos ver se é por ai que se quer ir.).


Assembleia da República

MCS – Qual a posição do CDS-PP sobre os círculos uninominais que, de tempos a tempos, PSD e PS vêm falando no âmbito da reforma do sistema politico em Portugal?

MA -Não tenho nada contra, como disse anteriormente, por principio sou favorável a aproximação entre eleito e eleitor, o que importa garantir na Lei é que a pluralidade se mantém, que continuem a existir na sociedade portuguesas vários partidos e que cada um tenha a possibilidade de estar representado na Assembleia da Republica, o nosso sistema já deu de tudo (governos de maioria, minoritários e de coligação) não troco os círculos uninominais por um bipartidarismo do sistema politico, mas ainda é cedo Vamos esperar para ver.


MCS – Acha viável, com os devidos ajustes constitucionais, a criação de um modelo de representação democrática que junte proporcionalidade e círculos uninominais?

HA -Acho, mas confesso que não estudei ainda todos os modelos possíveis para saber se há algum que possa mater a proporcionalidade e ao mesmo tempo resolver um problema real de afastamento dos eleitos aos eleitores, se bem que há melhorias que se podem fazer sem, necessariamente mudar o sistema.

CDS/PP

MCS – O ano de 2007 foi conturbado para o CDS-PP, com divisões internas vindas a público durante o congresso do passado mês de Maio. Como está o Partido, 6 meses passados da mudança do líder e das estruturas nacionais? Que alternativas de governo irão apresentar ao eleitorado em 2009?

HA -O partido esta a crescer está a tratar da sua organização interna, a adaptar-se a lei dos partidos, por isso está a actualizar os seus ficheiros, vamos finalmente saber com rigor quem somos e quantos somos, estamos a rever o modelo de relação entre a direcção nacional e as estruturas locais, e estamos já a tratar do processo Autárquico, onde o partido sente sempre dificuldades, estamos a avaliar os nossos erros, se os identificarmos podemos logo ai melhorar alguma coisa, no resto continuaremos a defender um estado menos gastador, mas acima de tudo que assuma a sua responsabilidade com o cidadão, que pague a tempo, que respeite os direitos dos contribuintes, que não interfira no mercado, que não atrapalhe na Justiça, na Saúde e na Educação, queremos um Estado na Hora, com sensibilidade social, ou seja que não tribute reformas já baixas, que poupe nos medicamentos mas porque deixou de pagar e passou a pagar o utente, no fundo um estado mais eficaz e justo e amigo da iniciativa privada.

MCS – Ao nível das autarquias locais o projecto político do CDS/PP prevê a aposta na conquista de novas Câmaras Municipais (onde já teve no distrito de Viseu uma das suas praças fortes) ou o partido pretende enveredar por uma vocação mais virada para os grandes temas nacionais, apostando sobretudo nas legislativas?

HA -O Partido tem muito orgulho no trabalho feito pelos seus Autarcas no Distrito, hoje como no passado, por isso tudo faremos para voltar as posições que já tivemos, se a avaliação for feita pelo trabalho realizado, e não pelas cumplicidades geradas, veremos que o nosso trabalho foi bom e disso exemplo o magnifico trabalho que ainda hoje é decisivo do Eng.º, Carrilho em Viseu, mas mesmo no Sátão e no Carregal ou em Tondela onde os Autarcas começaram no CDS e depois transitaram para o PSD, mesmo aí podemos comparara o antes e o depois mesmo falando dos mesmos homens. Por isso a aposta é ganhar Câmaras, mas temos consciência que temos que o fazer por fases, primeiro melhorar a nossa organização, depois perceber o eleitorado e oferecer candidaturas credíveis, abrir o partido a todos os que sentem que podem dar alguma coisa ao seu município independentemente de não serem do CDS, com uma única obrigação que a que sinto o único compromisso é com o povo, não é com os interesses nem é com os munícipes.

MCS – Viseu, Vila Nova de Paiva, Carregal do Sal foram já municípios governados pelo CDS. Para as próximas autárquicas quais serão as apostas fortes do partido no distrito?

HA -Falaremos mais tarde. A aposta forte será onde já temos posição e trabalho feito.

MCS – Qual é o estado da militância partidária no Distrito e na Freguesia de Canas em particular? Durante muito anos o terreno foi mais difícil do que hoje, mas o partido nunca deixou de ir a votos com listas combativas….

HA -As nossa listas são sempre combativas e novas, somos o partido que mais renova e que mais gente fornece a politica, o momento continua difícil as pessoas continuam a olhar para a politica como uma forma de emprego fácil do pequeno favor e com um sentimento de desconfiança na democracia e na força da democracia, são muitos os exemplos de pessoas que concordam com o CDS, não aceitam ser os primeiros no CDS, mas aceitam ser os quintos no PS ou PSD,, o problema não é portanto de convicção, por outro lado o eleitorado não arrisca e depois queixa-se da alternância que patrocina. Por exemplo, em Canas, o CDS foi dos partidos que mais apoio deu e esteve ao lado de Canas, não o pedimos mas eu esperava um voto de confiança do eleitorado de Canas e isso não aconteceu, as vezes o eleitorado tem o que merece.

MCS – Quais os projectos mais significativos que o CDS/PP está actualmente empenhado para o interior em geral e para o Distrito de Viseu em Particular?

HA -Continuo a achar que o Distrito tem condições únicas para ser o melhor Distrito do País, falta que os governos sejam gratos pelos votos que o recebem do Distrito, mas apesar dessa “traição” o distrito tem crescido, falta claramente um oferta de ensino superior publico, desde que seja uma oferta inovadora útil para o País e para o distrito onde falta massa critica, faltam acessibilidades embora muita coisa já foi feita, mas não descansaremos enquanto não tivermos auto-estrada para Coimbra, ou para a Serra da Estrela o nosso maior pólo de atracão turística, como não pararemos de lutar para ter uma linha de Alta velocidade entre Aveiro e Salamanca, ligando o Distrito a Espanha e ao Porto de Aveiro e as redes de Alta Velocidade, não pararemos em criar no interior condições fiscais e incentivos para que seja possível fixar no interior investimento relevante que proteja o ambiente e que crie mais valia em I&D. de resto acompanharemos com frontalidade e lealdade o Governo bem como os executivos municipais, no sentido de proteger um desenvolvimento sustentado que proteja a identidade dos concelhos e do Distrito.

17/01/2008

Trovão e Faísca XIII

Plagiando ...em baús.



15/01/2008

GDR - Época 78/79

Manuel,_,_,Luís Mota,_,Zé Luciano,Aristides,Fino,Delfim,Matos,_
Mário Alberto,Garcia,Carvalhal,Capitão,_,_,Quim (cap)

10/01/2008

La Dona è Mobile

Excerto da entrevista da Dr. Isaura Pedro ao Viseumais.com, em 14 Outubro 2005, aquando da sua eleição para presidente da Câmara de Asnelas.

Decisivos foram os votos de Canas de Senhorim?
Provavelmente. Foi o contributo de Canas de Senhorim, Carvalhal Redondo, Aguieira, Senhorim... Não digo que Canas ganhou e Nelas perdeu como já ouvi da oposição. O concelho tem nove freguesias. A coligação obteve 3200 votos de oito delas e de Canas vieram 700. É uma freguesia igual às outras.

Um dos seus compromissos é preservar a integridade de Nelas. Como irá compaginar esse propósito com a luta de Canas de Senhorim pela elevação a concelho?
Respeito os seus ideais, mas não concordo com eles. Uma coisa é certa a mensagem que passei é que sou contra a divisão do concelho. As pessoas leram a minha mensagem e votaram. Não enganei a população de Canas de Senhorim.

Canas vai ter discriminação positiva?
Não foi a única a ser discriminada. Senhorim, Santar e outras também o foram. As juntas que não eram socialistas eram penalizadas. É triste e lamentável. Canas tem uma zona industrial mas não se promoveu a instalação de empresas. Temos de criar pólos de emprego e outras infra-estruturas.

Prioridades de acção?
Dinamizar a indústria em Nelas e Canas, requalificar o ambiente (temos nove ETAR que não funcionam e o passivo das minas da Urgeiriça) e instalar centros de dia nas freguesias.


Discriminação positiva?

É mentira é mentira
É mentira sim senhor
Eu nunca pedi um beijo
Quem mo deu foi meu amor

Ribeira da Pantanha

Ribeira da Pantanha desde ontem que está coberta de espuma


Noticias e fotos e entrevista em :

Urgeiriça em peso

05/01/2008

Juniores do GDR imparáveis


JUNIORES
05-01-2008
5 - 0
GDR Canas de SenhorimMangualde
Golos GDR: David Póvoas(4) e Pernica


E com este expressivo resultado a magnífica equipa dos Juniores do GDR de Canas de Senhorim ascende ao 1º lugar da tabela classificativa.

Em cima da mesa...

Projecto de requalificação de espaços.


Museu do Mineiro...nos antigos balneários.

Anfiteatro e Parque temático... Antigos tanques de lavagem
(em frente á Cantina da Mina)


Campo de Treinos... Antigo Campo da Urgeiriça


Torre... Limpeza e pintura

Nota: Noticias sujeitas a confirmação.

03/01/2008

"Danças Ocultas" em Canas de Senhorim

“Danças Ocultas” estará em Canas de Senhorim, repondo a Feira Medieval prevista para o passado dia 29 de Setembro e que não se chegou a concretizar devido ao mau tempo. Será no dia 26 de Janeiro às 21,30 horas, no salão de espectáculos da Casa do Pessoal das Minas da Urgeiriça (Canas de Senhorim).

Danças Ocultas é o nome de um grupo musical português constituído por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel. Danças Ocultas é a aceitação mútua do desafio de explorar, imaginar e conceber novas linguagens musicais, transformando o mundo pelo som e desenvolvendo todas as possibilidades da máquina inventada no século XIX - o acordeão diatónico, em Portugal conhecido como concertina.

Tony Correia







Tony Correia, um canense de sucesso no Brasil

"Ator de sucesso da Rede Globo (O Casarão e Locomotivas) viveu nos últimos 15 anos em Paris e Toulouse (Sul da França) exercendo cargos de chefia nas multinacionais Havas e France Telecom."


" Participou recentemente na TV GLOBO em:

- Belíssima (novela 2006)

- Celebridade (novela 2004)

- Um Só Coração (minissérie 2004)

- Sabor da Paixão (novela 2003)"


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