Crepúsculo de pálpebras desejadas
quase amanhece…
fixo um ponto invisível por entre as rugas da parede, local onde moram os carregadores do piano de palavras e faíscas de sombra…
absorto, inclino-me na cama,
escrevo-te tendo a certeza de que ninguém será capaz de roubar os sapatos que carrego na direcção das tuas costas…
se quiseres, vem dormir perto de mim antes que trema o
corpo no frio da tua ausência…
lá fora, as Avenidas de mortalhas permanecem vazias…
cheias, correm sem destino, sem ti
os eléctricos já passam e os carris anunciam a tua chegada ao ponto de partida dos barcos,
as aves inquietas…
tira a corda com que me amarras a perna…
arrasta-me na asa da tua sombra enquanto te percorro a
estrada de pele…
fixo um ponto invisível por entre as rugas da parede, local onde moram os carregadores do piano de palavras e faíscas de sombra…
absorto, inclino-me na cama,
escrevo-te tendo a certeza de que ninguém será capaz de roubar os sapatos que carrego na direcção das tuas costas…
se quiseres, vem dormir perto de mim antes que trema o
corpo no frio da tua ausência…
lá fora, as Avenidas de mortalhas permanecem vazias…
cheias, correm sem destino, sem ti
os eléctricos já passam e os carris anunciam a tua chegada ao ponto de partida dos barcos,
as aves inquietas…
tira a corda com que me amarras a perna…
arrasta-me na asa da tua sombra enquanto te percorro a
estrada de pele…
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Nuno Albuquerque Vaz
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