No baú dos outros...
Poderá parecer chato mas não. Este espaço está a tornar-se um autêntico museu virtual. Um lugar onde mais tarde os jovens poderão vir pesquisar tudo o que se relaciona com Canas de Senhorim. Colegas meus andam a “rebuscar” nos respectivos baús. Eu não tenho baú. Nada melhor que “rebuscar” no dos outros. Com a cumplicidade de vários amigos dou mais uma achega para a história das “Megas” cá da terra. Desculpem a insistência mas o que poderá hoje nada valer, para os jovens conhecerem a terra que pisam poderá vir a ter muito valor.
Transcrição
Para os simpáticos directores e colaboradores da Mega, a minha simpatia, a minha disponibilidade, a minha amizade e o desejo de muitos êxitos.
Assinatura de: Maria Natália Miranda 15 – 02 - 88
Transcrição
Para os colaboradores da Mega Rádio, com um abraço de muita amizade e os votos calorosos de sucesso.
Assinatura de: Arlindo de Carvalho
Canas de Senhorim, 15 – 02 – 88
Para os simpáticos directores e colaboradores da Mega, a minha simpatia, a minha disponibilidade, a minha amizade e o desejo de muitos êxitos.
Assinatura de: Maria Natália Miranda 15 – 02 - 88
Transcrição
Para os colaboradores da Mega Rádio, com um abraço de muita amizade e os votos calorosos de sucesso.
Assinatura de: Arlindo de Carvalho
Canas de Senhorim, 15 – 02 – 88
"Acta da Constituição da Cooperativa Mega Rádio - Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, C.R.L, com sede em Canas de Senhorim, nos termos do Artigo 11º do Código Cooperativo (Decreto - Lei nº. 454/80, de 9 de Outubro, e Decreto Lei nº238/81, de 10 de Agosto, e Lei nº.1/83, de 10 de Janeiro).
No dia 25 de Outubro de 1986, às 21h30m, reuniram em Canas de Senhorim, Freguesia de Canas de Senhorim, Concelho de Nelas, as seguintes pessoas:
António Manuel dos Santos Brizida Rojão
Orlando Ernesto Constâncio Vieira
Helder José Gomes Ambrósio
António José Dias dos Santos
Júlio António Soares Fernandes
Jorge Paulo Loureiro Soares
Artur Jorge Cardoso da Silva
Paulo Jorge Rodrigues Dias
António João Pais Miranda
António Manuel Esteves Figueiredo
António José Andrade da Costa
Fernando Gomes Pinto
António Brandão Gonçalves
António Luís Sampaio de Abreu Madeira
José Carlos Araújo Morgado
Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano
A pessoa identificada em primeiro lugar, depois de proceder à identificação de todos os presentes por conhecimento pessoal e pelos respectivos Bilhetes de Identidade, que exibiram, declarou aberta a sessão desta Assembleia para constituição de uma cooperativa, que se reúne dos termos do artigo 11º do Código Cooperativo. Seguidamente, foi proposto pela mesma pessoa, Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, que se elegesse uma mesa para dirigir os trabalhos da assembleia, tendo sido eleito o próprio Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, como Presidente da Assembleia, e, como Secretários da mesa, as pessoas identificadas sob os nºs 2 e 3, respectivamente Sr. Orlando Ernesto Constâncio Vieira e Sr. Helder José Gomes Ambrósio. Constituída a Mesa, o Presidente pôs à discussão a Constituição de uma Cooperativa para associar todos os presentes e outras pessoas que posteriormente a ela se queiram associar nos termos estatutários.
E foi seguidamente apresentada à Mesa pelo Sr. Fernando Gomes Pinto uma proposta de seguinte teor:
" Por todas as pessoas que constituem esta Assembleia é constituída uma Cooperativa nos seguintes termos:
A) A cooperativa denomina-se Mega Rádio - Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, C.R.L., conforme consta do certificado emitido pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas em 5 de Outubro de 1986, e tem sede em Canas de Senhorim, freguesia de Canas de Senhorim, concelho de Nelas;
B) A Cooperativa pertence ao ramo de cultura a que se refere o artigo 4º do Código Cooperativo;
C) A Cooperativa tem por objecto a produção e realização da transmissão de programas radiofónicos e, através da produção e realização de exposições, espectáculos e conferências de carácter cultural, incentivar, defender e divulgar os interesses regionais;
D) Cada uma das pessoas presentes e que constituem esta Cooperativa realizam nesta data 3 títulos de capital no valor de 500$00 cada um, ficando assim nesta data realizado o capital de 24.000$00, sendo o capital mínimo da cooperativa de 50.000$00;
E) Para o primeiro mandato que se segue à constituição da Cooperativa são designados para os Corpos Sociais as seguintes pessoas, todas presentes nesta Assembleia:
Direcção:
Presidente - António Manuel dos Santos Brizida Rojão
Vice - Presidente - Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano
Tesoureiro - Helder José Gomes Ambrósio
Secretário - Fernando Gomes Pinto
Primeiro vogal - António Manuel Esteves de Figueiredo
Conselho Fiscal:
Presidente - António Luís Sampaio Abreu Madeira
Secretário - António José Dias dos Santos
Relator - António José Andrade da Costa
Mesa da Assembleia - Geral:
Presidente - José Carlos de Araújo Morgado
Vice - Presidente - António João Pais Miranda
Secretário - Orlando Ernesto Constâncio Vieira
No dia 25 de Outubro de 1986, às 21h30m, reuniram em Canas de Senhorim, Freguesia de Canas de Senhorim, Concelho de Nelas, as seguintes pessoas:
António Manuel dos Santos Brizida Rojão
Orlando Ernesto Constâncio Vieira
Helder José Gomes Ambrósio
António José Dias dos Santos
Júlio António Soares Fernandes
Jorge Paulo Loureiro Soares
Artur Jorge Cardoso da Silva
Paulo Jorge Rodrigues Dias
António João Pais Miranda
António Manuel Esteves Figueiredo
António José Andrade da Costa
Fernando Gomes Pinto
António Brandão Gonçalves
António Luís Sampaio de Abreu Madeira
José Carlos Araújo Morgado
Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano
A pessoa identificada em primeiro lugar, depois de proceder à identificação de todos os presentes por conhecimento pessoal e pelos respectivos Bilhetes de Identidade, que exibiram, declarou aberta a sessão desta Assembleia para constituição de uma cooperativa, que se reúne dos termos do artigo 11º do Código Cooperativo. Seguidamente, foi proposto pela mesma pessoa, Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, que se elegesse uma mesa para dirigir os trabalhos da assembleia, tendo sido eleito o próprio Sr. António Manuel dos Santos Brizida Rojão, como Presidente da Assembleia, e, como Secretários da mesa, as pessoas identificadas sob os nºs 2 e 3, respectivamente Sr. Orlando Ernesto Constâncio Vieira e Sr. Helder José Gomes Ambrósio. Constituída a Mesa, o Presidente pôs à discussão a Constituição de uma Cooperativa para associar todos os presentes e outras pessoas que posteriormente a ela se queiram associar nos termos estatutários.
E foi seguidamente apresentada à Mesa pelo Sr. Fernando Gomes Pinto uma proposta de seguinte teor:
" Por todas as pessoas que constituem esta Assembleia é constituída uma Cooperativa nos seguintes termos:
A) A cooperativa denomina-se Mega Rádio - Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, C.R.L., conforme consta do certificado emitido pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas em 5 de Outubro de 1986, e tem sede em Canas de Senhorim, freguesia de Canas de Senhorim, concelho de Nelas;
B) A Cooperativa pertence ao ramo de cultura a que se refere o artigo 4º do Código Cooperativo;
C) A Cooperativa tem por objecto a produção e realização da transmissão de programas radiofónicos e, através da produção e realização de exposições, espectáculos e conferências de carácter cultural, incentivar, defender e divulgar os interesses regionais;
D) Cada uma das pessoas presentes e que constituem esta Cooperativa realizam nesta data 3 títulos de capital no valor de 500$00 cada um, ficando assim nesta data realizado o capital de 24.000$00, sendo o capital mínimo da cooperativa de 50.000$00;
E) Para o primeiro mandato que se segue à constituição da Cooperativa são designados para os Corpos Sociais as seguintes pessoas, todas presentes nesta Assembleia:
Direcção:
Presidente - António Manuel dos Santos Brizida Rojão
Vice - Presidente - Luís Pedro Domingos dos Santos Caetano
Tesoureiro - Helder José Gomes Ambrósio
Secretário - Fernando Gomes Pinto
Primeiro vogal - António Manuel Esteves de Figueiredo
Conselho Fiscal:
Presidente - António Luís Sampaio Abreu Madeira
Secretário - António José Dias dos Santos
Relator - António José Andrade da Costa
Mesa da Assembleia - Geral:
Presidente - José Carlos de Araújo Morgado
Vice - Presidente - António João Pais Miranda
Secretário - Orlando Ernesto Constâncio Vieira
18 comentários:
@Efeneto,
Bom post, mas em vez de Maria Natália Fernandes penso que será Maria Natália Miranda. Cumprimentos
Amigo @Mr Kunami, tem toda a razão, estou com o velhinho LP de vinil na mão e realmente é Maria Natália Miranda. Rectificação feita. Obrigado. Abraço.
@efeneto, esse baú é fabuloso!!!!!!
A minha intuição diz-me que lá há muito mais ... fico à espera das surpresas, sempre agradáveis, que traz aqui ao blog.
Sabe (vale a pena a pesquisa) quem ganhou o concurso para o logotipo da Mega???
De entre aqueles nomes que constam da cooperativa de suporte da Mega encontram-se pessoas com destaque a nível nacional, um deles é um destacado quadro da PT comunicações!!!
Antes da "debandada", para além dos autóctones, muitos se lhes associavam e contribuiam para o engrandecimento e projecção desta terra ... à época muito respeitada!
Parabéns e Obg
Este blog está cada vez mais apelativo para os jovens, o problema é que muitos deles nao sabem da sua existência. Lá na escola o Sr. Álvaro delirou ao ver a fotografia do desporto escolar em que participou (e que era guarda-redes porque não tinha grande técnica, lol, ele diz que naquele tempo era assim =D) , quero eu dizer com isto que cada vez mais este blog se torna numa rotina para aqueles que andam pela Internet. Abraço
Na rádio não eram só discos pedidos….
A constituição desta cooperativa (Mega Rádio) tinha por objectivo a legalização da própria rádio.
No entanto, depois deste acto, a Mega foi mais do que uma rádio, as suas actividades passaram para além da simples difusão das suas ondas.
A nível cultural está-lhe também atribuído o primeiro encontro realizado em Canas de bandas filarmónicas, esta actividade decorreu no campo de futebol de salão dos Bombeiros Voluntários.
Os canenses mais atentos devem recordar-se ( se não forem atraiçoados pela memória) desta actividade levada a efeito pela Mega Rádio tendo como coordenador da mesma o Sr. Hélder Ambrósio.
Desfilaram na nossa praça durante dois dias as mais representativas bandas filarmónicas da nossa redondeza.
Do que me recordo, a aderência dos canenses a esta iniciativa não foi das melhores, no entanto fica registado que a Mega Rádio não foi apenas uma rádio de discos pedidos, preocupou-se também em fornecer às pessoas outras actividades diferentes das normais.
As actividade realizada por esta rádio local, canense e pirata não ficaram por aqui, recordam-se do primeiro "Rally Paper Mega Rádio"?
Pois é, foi mais uma actividade levada a cabo pela "directoria" desta emissora, o Paulo Barata organizou a actividade, assessorado por mais alguns membros pertencentes à Mega, a corrida foi um sucesso, aderiram imensos concorrentes com vários prémios para distribuir pelos "vencedores".
De referir também outras actividades levadas a efeito por esta posto emissor “pirata”:
Os relatos de futebol (equipa sénior do Canas principalmente) e a cobertura de um Rally de Portugal com informação em directo e exclusivo para todos os seus fieis ouvintes.
As primeiras actividades estiveram relacionadas com o seu primeiro aniversário, existiu mesmo um programa comemorativo onde estavam assinaladas todas as actividades a desenvolver (não sei onde parará).
Como podemos concluir, as rádios que existiram em canas não tinham somente uma função (discos pedidos), tinham também a vontade de levar às pessoas algo que estas não tinham no seu dia-a-dia.
Penso que a morte anunciada da rádio levou alguma riqueza cultural que esta poderia dar a todos os canenses.
A falta de sensibilidade das pessoas fez com que este projecto ficasse por terra (quem perdeu fomos todos nós).
Com esta minha intervenção relativa a esta temática (rádios) quero apenas que as pessoas entendam que a rádio não tinha apenas uma função (informar), ela estava também a aglutinar quem gostavam de ficar culturalmente mais rico, este faceta de lazer que estava a ser oferecida fazia também (mais cedo ou mais tarde) com que as suas actividades fossem aceites por toda a população.
Só mais uma:
A RAC disputou pelo menos um torneio de futebol de salão nos bombeiros e…. venceu.
Como podem ver as rádios não foram só discos pedidos.
Foi uma pena….
Heróicas saudações.
MEGA RÁDIO
ESTAMOS ONDE SOMOS PRECISOS
(era um dos slogans da mega)
Em primeiro lugar devo informar que o alvará de uma rádio é intransmissível, isto é, não se pode vender.
Segundo
Julgo que neste momento o alvará da frequência do concelho de Nelas, 96,8, ainda pertence à RAC, ou à Cooperativa de Informação e Divulgação, Rádio Amador de Canas de Senhorim.
Se o alvará não pertencer à RAC é porque o deixaram caducar, não o renovaram.
Se o deixaram caducar os cooperantes não foram chamados para se pronunciarem sobre esta questão.
Terceiro
A exploração da frequência 96,8, como sabem, deixou de ser feita pela Cooperativa de Informação e Divulgação, Rádio Amador de Canas de Senhorim. Esta célebre terra perdeu um veículo importante da nossa identidade como um povo. A legalização da Rádio foi conquistada com muito suor, sangue e lágrimas, através da colaboração de muita gente.
Colaboraram das pessoas mais simples às mais endinheiradas. Foi feita uma campanha que não deixou indiferente o cidadão comum. Foi um gozo viver esse processo. Vivíamos horas a fio junto ao microfone. Alucinante fazer Rádio. Devo à Rádio, a minha capacidade de me relacionar com facilidade com os meus interlocutores. Essa empatia que estabeleço com as pessoas, foi formatada na Rádio.
No último passeio paroquial, quando peguei no microfone do autocarro em que viajava, ainda vivi momentos de um autêntico programa de rádio, fazendo cantar as pessoas, entrevistando, quase que estava ali em directo, de uma estrada espanhola a transmitir para Canas. Uma Senhora que se estava a deliciar com aqueles momentos fez questão de dizer que eu dava para trabalhar numa rádio. Tinha-se esquecido do passado recente, ou então já não se lembrava da minha voz. Esta minha forma de estar foi conquistada a fazer rádio. Rádio sem rede, sem gravações, sempre em directo, quer em programas musicais quer em tempos informativos. Tal como eu também muitos outros o fizeram por gosto e por amor a esta terra.
Terceiro, ponto 1
A Rádio deu-me arcaboiço para fazer notícias para a LUSA, para o JORNAL DE NOTICIAS, (com noticias sobre ministros e sobre secretários de estado e algumas delas na primeira página), sem padrinhos, para a Renascença, para outras emissoras e para outros jornais regionais, de Viseu, da Guarda e de Mortágua, para a revista REPORTAGEM, dirigida para a comunidade portuguesa espalhada pelo mundo, etc.
Quarto
Estive muitos anos envolvido na actividade radiofónica, como muitos outros canenses, mas a parte da cedência da exploração à empresa de Viseu (estação diária), passou-me ao lado. Não sei qualquer história sobre essa cedência de exploração da frequência de 96,8, mas fiquei sempre com a orelha guiada. Já justifico.
Quinto
Numa celebre Assembleia - Geral, depois de terem prometido numa reunião, havida antecipadamente, a cedência da Rádio a um ilustre Canense, viraram o bico ao prego e o que se passou antes da votação foi inqualificável. Para que não fosse cúmplice desse negócio, nesse mesmo momento, renunciei ao cargo de vice-presidente da Assembleia-geral. O Presidente da Assembleia - geral, ilustre jurista desta terra, também renunciou ao cargo. Foi um dos fundadores da RAC – Cooperativa de Informação e Divulgação de Canas de Senhorim.
Sexto
Desde essa altura até hoje, nunca mais tive notícias da Rádio Amador de Canas. O que é grave, gravíssimo. Ninguém marca Assembleias. Ninguém mais viu convocatórias. Tive um apagão. Nesta terra é assim. Não sei se a entidade que explora a frequência de 96.8 paga à RAC ou não? Quanto é que paga por mês? Não sei se as dividas que a RAC tinha, estão pagas ou não? Ninguém sabe de nada … Mas pelos vistos o tal homem de Viseu nunca mais entregou nenhum …. .
Porque é que silenciaram a Cooperativa?
Sétimo
Não quero vir aqui cobrar o trabalho que desenvolvi na RAC, como tantos outros o desenvolveram, mas era de bom - tom que alguém viesse a terreiro dizer alguma coisa, pelo menos fazer o ponto da situação aos cooperantes.
Oitavo
Tenho que realçar aqui a questão da sustentabilidade financeira da Rádio em Canas. A RAC tinha muitas dificuldades financeiras e a partir do momento em que o Estado começou a exigir determinadas normas, essas dificuldades financeiras aumentaram. Sem receitas não há possibilidade de haver qualidade e sem qualidade não há receitas. Este binómio é difícil de equilibrar numa terra que caiu no abismo desde o fecho dos Fornos e da Urgeiriça. Quando os Fornos estavam a laborar os programas de informação tinham muita qualidade. Por quem eram feitos? Eram feitos por pessoas que trabalhavam nos Fornos e na Urgeiriça, grande parte delas. Esse potencial humano desapareceu, infelizmente.
Nono
Desapareceu o potencial humano, mas antes estoiraram com o potencial económico. Quem foi que estoirou com esse potencial económico?
Décimo
Ainda sobre a RAC, devo dizer que deixei de fazer Rádio porque entendi que deveria fazer um ponto final na minha actividade hertziana. Não me incompatibilizei com ninguém. Estava cansado de nadar num mar picado. Foram muitos anos … . De Director passei para a Assembleia – Geral e estive neste Órgão Social até à dita Assembleia onde fui tremendamente injuriado.
Adivinhem por quem?
O que aconteceu à RAC, (desaparecimento) vai acontecer ao nosso Jornal. Atenção que não estou a falar em vendas, nem em fusões, nem em dissoluções, nem cisões e nem em incorporações. Em Canas são sempre os mesmos a fazer tudo. Não há renovação. Os colaboradores têm que ser renovados, para haver outro estilo, outras ideias, etc. Sangue novo faz sempre bem, logo que não esteja contaminado. A minha experiência diz-me que é mais difícil manter uma Rádio do que um jornal mensal, em ambos os casos com qualidade. Sem qualidade não vale a pena queimarmos as pestanas em longas noites e estoirar as tardes de domingo agarrado a um computador. Sem qualidade não vale a pena estoirarmos o espectro radioeléctrico de Canas de Senhorim.
Décimo primeiro
Já agora vamos aos doze. Vamos falar da Mega.
Décimo segundo
Tenho na minha posse os livros de actas da Direcção e da Assembleia da MEGA. Tenho-os guardado religiosamente, desde que terminei o processo de dissolução da MEGA, mandatado em Assembleia – Geral. Nunca mais abri estes dois livros.
A dissolução da Mega deu-me água pelas barbas. Contei com a ajuda financeira de alguns fundadores, que foi preciosa e com a colaboração de mais dois ou três especialistas, designadamente um TOC e um jurista. Obrigado a todos.
Foi este Blog que me fez abrir os dois livros e que me levou a recordar tempos freneticamente vividos e muito especiais. Havia um certo carinho na malta da MEGA. Malta fixe. Afinal já lá vão mais de vinte anos e isso não se esquece. Porque não, mais um ponto?
Décimo terceiro
Sabem porque é que o nome da Mega Rádio foi escrito em quase todos os jornais diários e semanários, publicados neste país à beira mar plantado?
Fiquem com esta pergunta e espero que haja uma alma caridosa que esclareça mais alguma coisa. Posso acrescentar mais um ponto?
Décimo quarto
Estive a falar da Mega Rádio, fundada no dia 25 de Outubro de 1986, pelas 21 horas e 30 minutos.
Hoje fico por aqui com uma grande saudade de fazer rádio.
Para matar saudades, porque é que não marcamos um jantar com a malta da Rádio? O AMEF leva os filmes das nossas actividades, cada um conta uma “estoria” e penso que entraremos pela noite dentro.
Cps.
@efeneto, você foi ao cerne. Parabéns.
Da lista dos nomes dos presentes na reunião de constituição da Mega Rádio-Cooperativa de Rádio e Animação Cultural, constam três dos animadores da RAC "original". O meu também aparece. Mas que estranho, já foi assim hà tanto tempo?
Nesta altura já "ocupávamos" o nº1 do Largo do Pelourinho. Há uma história antes disto só com cerca de metade dos intervenientes e outros que não aparecem nesta "fotografia".
@ana mafalda, a autoria do logótipo da "Mega", em tons de azul e amarelo, resultante de concurso público com prémio de 10 mil escudos para o 1º lugar, pertence ao amigo e actual arquiteto Nuno Abreu Madeira.
O destacado quadro da PT de quem fala é, como sabe, Carlos Morgado que, em parceria com os irmãos Zé e Tito Pessoa Paiva, realizavam aos sábados à tarde um programa,cujo nome agora me escapa, que possuia "alinhamento", que era cumprido ao pormenor. Um luxo.
@zhulkorro, vejo que também se lembra que a "Mega" não era uma rádo qualquer. Eu também gostava de rever o "cartaz" do 1º aniversário. Como referiu, durante um mês, sim, um mês, houve de tudo um pouco, culturalmente falando.
Destacou-se, como disse, o encontro de bandas filarmónicas do concelho (Santar, Carvalhal Redondo e Vilar Seco, que muito trabalho deram a convencer a tocar no mesmo local e no mesmo dia) e o Rally Paper. Também houve Cicloturismo e teatro, muito teatro e variedades, no "salão" dos Bombeiros. O meu amigo António M. tem tudo gravado em VHS. Espero que tenha passado para um suporte digital, senão, depois de todo este tempo....
Já agora, sabem quem é Maria Natália Miranda, não sabem? Claro que sim.
De que forma ela está associada ao carnaval, quer do Paço quer do Rossio?
Todas as gargantas dos canenses sabem, não é?
Cumprimentos.
Ex-radialistas:
A coisa começa a compor-se, gostei das intervenções do @Anjodisa e especialmente do Hélder (peça chave no desvendar de toda a verdade) no entanto continua muita coisa por explicar.
O que é feito da cooperativa, actualmente quem será o seu máximo responsável?
Quem deverá marcar uma possível assembleia-geral para apresentar contas aos associados e contar toda esta vida atribulada?
Como foi feita a cedência, em que moldes?
Hélder, seria bom elaborar um pequeno resumo sobre a dita assembleia geral. Sabermos quem foi o ilustre que virou o bico ao prego. Desvendar o problema pode passar por ai, não?
Eu (como canense super herói), já disse tudo o que sabia sobre as rádios, a vossa colaboração é muito importante, principalmente a do Hélder que fez parte dos órgãos sociais da RAC.
O meu humilde trabalho nas rádios não esteve relacionado com burocracias, no entanto gostaria de ver esclarecido todo este mistério.
Canas perdeu. Todos perdemos.
Heróicas saudações.
Zhulkorro.
Ponto da situação às questões colocadas até às 22h do dia 18:
@ZUHULKORRO
BANDAS
O Sr. Helder Ambrósio não foi o único a coordenar esse interessante evento, apesar de ter trabalho afincadamente.
Na Mega Rádio sempre se fez trabalho em equipa.
É verdade que o público não aderiu à iniciativa, o que nos deixou desolados.
Era a "Guerra das Radios" que imperava ...
RALLY PAPER MEGA RADIO
A equipa que realizou este Rally foi grande, mas tenho que destacar o papel do AMEF.
@anjodisa
Confirmo que a reunião da constituição da MEga já foi por cima do Restaurante Pelourinho.
Lembro-me perfeitamente.
Da reunião anterior que fala, o @efeneto não tem conhecimento dela.
@ZHULKORRO
DUVIDAS
Também volto a colocar as suas questões:
Quem é o Presidente da Assembelia Geral que não faz convocatórias?
Temos de saber quem é o canense que não marca convocatórias.
CEDÊNCIA
Neste momento sei tanto como o Zhulkorro. Sou "tabua rasa". Só sei que foi cedida à Estação Diária, como toda a gente sabe, quando sintoniza os 96,8.
BICO AO PREGO
Quem virou o bico ao prego?
Quer que lhe faça um desenho em movimento?
Pergunte ao mais comum cidadão de Canas que ele sabe.
Esta assembleia foi uma antecipação de tudo o que iria acontecer nesta terra.
Ainda recordo um episodio muito interessante:
um ilustre membro da Assembleia depois de ter votado favoravelmente ao "tal grupo" também renunciou ao cargo. Não se quis entalar!
Alguém lhe perguntou?
Então que ... de homem és tu?
Votaste a favor deles e também renuncias?
Abriu-se um grande buraco na sala que ainda está por tapar.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA?
Não sou a solução deste problema.
Mas há solução.
Existe o Codigo cooperativo e há mecanismos legais para que os cooperantes exijam uma Assembleia.
Exijam uma Assembelia para saber o que na realidade se passa e para convocar eleições livres e democráticas. Será que houve eleições na RAC e ninguém soube de nada?
Será que estamos em presença de uma sociedade secreta, que se fechou e só alguns é que sabem?
Será que estamos na presença de uma sociedade secreta consubstancializada com dinheiro do povo de Canas de Senhorim?
Sabem quantos contos deu o antigo Movimento para a formação da Cooperativa de Informação e divulgação de Canas de Senhorim?
@ZHULKORRO
Dei-lhe os mecanismos para desvender o mistério.
Onde isto já vai ...
Uma postagem que começou por ser um "sovenir", que trouxe ao blog muitos radialistas de então que hoje estão por esse Portugal fora ... levantou cá uma celeuma!
Longe estava eu de imaginar as voltas que por aqui se deram, uma inócua brincadeira de amigos, conterrãneos e simpatizantes ...
É desconcertante seguir os comentários, eram inimagináveis ...
Afinal nada sabia das rádios, assim como nada sei... errei a proveniência desse baú imaginava que fosse outro ...
No entanto foram bons tempos ... as férias de verão, os fins-de-semana (o sinal não chegava a Aveiro) os serões a ouvir a 4ª Estação, a Barca dos Amantes ... o programa do Jorge Fernandes, o da Bélinha/Margarida Alvarez ... o do amef, os dicos pedidos que "oferecia-mos" ironizando com este ou aquele ...
O rodopio que se seguiu não vivi, estava fora e longe de o imaginar, compreendo que tenha deixado mágoas ... já lá vai tanto tempo ... e mágoas não pagam dívidas , vamos enaltecer o que de bom acontece ou aconteceu e desvalorizar o resto!
;(
@ana mafalda
[...]errei a proveniência desse baú imaginava que fosse outro ...[...]
Posso-lhe garantir que foram vários baús e continuo neles, até estou cheio de pó (lol). Abraço
@efeneto, FORÇA a abrir baús ... se o assunto é Canas, então é connosco mesmo ... e os vídeos dos jogos do GDR que o Longuinho filmava e depois eram revistos e comentados ao serão nos bombeiros enquanto se jogava o loto, já apareceram??????
Há uma Princípio Geológico, princípio das causas actuais, que diz o seguinte:
"O presente é a chave do passado"...
Ou seja observando e interpretando os fenómenos actuais podemos inferir os que no passado levaram à formação de determinados testemunhos gravados na litologia envolvente...
Por aqui deve escrever-se precisamente ao contrário...
"o passado é a chave do presente" ...
Que estranho fado o nosso!
Eu, pessoalmente, gosto do Hélder (salvo seja! :P)... Bem sei que muitos no “meio artístico” não o suportam, mas isso é como tudo!...
Eu não esqueço o Hélder da Rádio, o Hélder do Jornal e o Hélder do Rossio, mas fica a condecoração para mais tarde!...
Como ele diz, se realmente alguém quisesse trazer a rádio de novo para Canas de Senhorim faria-o!... Independentemente alguma situação menos clara que desconheço, mas por aqui toda a gente conhece!...
E como os post's aqui no blogue são cíclicos é só pesquisar!...
Quem é a direcção da RAC?
Quem são os Cooperantes?
Quem é o presidente da Assembleia Geral?
As minha perguntas são mais pro-activas:
Quem são os canenses que pegariam na RAC?
Quem são os canenses que manteriam a RAC em Canas de Senhorim?
Que projectos há para uma rádio em Canas, já que temos alvará?
Eu gostava de ter uma rádio em Canas... Onde se falasse de política, onde se seguissem todos os desportos... Uma radio que fizesse companhia aos mais desfavorecidos, onde a região, centrada em Canas de Senhorim, tivesse lugar... Só que do querer ao poder, vai uma distância... mas uma distância!...
Cingab, quem lhe disse que temos o alvará da RAC?
Mafalda, está com a mania da perseguição?
Não deve fazer juízos de valor levianamente. Escrevo poucas vezes, mas é sempre com este nick.
No meu comentário não disse que pertencia à RAC...
Mafalda, apenas perguntei ao Cingab como é que sabe que temos o alvará da RAC na sequência da da pergunta «Que projectos há para uma rádio em Canas, já que temos alvará?».
Nunca fiz um comentário contra si ou as suas opiniões, porque pouco me interessam, tendo em conta a forma como reagiu à minha pergunta, que nem sequer era para si.
Deve considerar um pedido de desculpa.
Além disso, escreve-se inerente e não «enerente».
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