Canas OnLine

18/11/2006

O Que Queremos [II]

[...]15 de Maio
7º ) - Por estes e outros processos semelhantes que os «gerentes con­celhios» e «Seus pares» manusearam e pretendem manusear nos momentos de consciencialização do nosso povo e sem o mais leve respeito pela sua dignidade e direitos, minguaram-lhe as possibilidades de quebrar as <

As promessas de «sábios ditadores e seus lacaios» não saíram disso: a necessidade da criação da comarca para inutilizar a distância de 45 quiló­metros entre a de Mangualde e a de Santa Comba Dão e a consequente elevação a concelho da nossa freguesia eram das tais promessas que os «Caciques e compadres políticos» abafaram no jogo das suas influências.

E é sob a capa do proteccionismo desse contexto político que na sede de concelho se gasta o que é de todos em realizações sumptuárias e supérfluas (teatro, estátuas, modernização da câmara, etc. - a fachada do regime) em detrimento das necessidades mais elementares dos nossos munícipes (águas, saneamento, etc.);

8 °) – O glorioso movimento de 25 de Abril abriu nova luz e trouxe certa esperança, mas não chegou até nós.
A revolução democrática em marcha para o socialismo, acreditávamos, teria a possibilidade de modificar a mentalidade dessas gentes e seus chefes e que, como consequência imediata, um sistema de prioridades, em igualdade entre todas as povoações, viria a efectivar-se.
Afinal a gravidade dos acontecimentos de 15 de Maio, demonstrou que tudo continua como era. A violência dos desmandos, na fúria de nos dominar, confirmou a impossibilidade de qualquer entendimento com a sede do concelho.

in Canas de Senhorim - O que somos _ o que QUEREMOS
Julho 1975

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