Canas OnLine

31/10/2006

Edições do Núcleo Filatélico

Lenda do Pai Mouro (Lugar do Paimouro)

Já se perguntaram porque é que o Brasão de Armas da Vila de Canas de Se­nhorim tem 2 cavalos?

Os estudiosos de heráldica dizem que os cavalos simbolizam valores como a Nobreza, a Lealdade, a Generosidade, a Valentia, que assim caracterizam uma popula­ção. A memória popular explica o significado dos símbolos de uma forma mais empírica.

Depois da invasão árabe (que aconteceu em 711) alguns moradores destas terras, que não eram árabes, adoptaram os seus usos e costumes, e por isso se chama­vam de moçárabes. Nessa altura viviam em quintas, dedicavam-se à agricultura e ti­nham muitos cavalos. Conta a lenda que um tal moçárabe, de nome D. Paio, o Mouro, tinha uma dessas quintas no lugar que agora se conhece por esse nome. Era frequente acontecerem escaramuças entre os mouros e alguns nativos, sobretudo quando os árabes faziam incursões pelas quintas para arranjarem mantimentos e cavalos. Uma ocasião a Quinta de D. Paio foi cercada e ele teve de mandar pedir ajuda a outras quintas que havia em Algerás. Dois cavaleiros saíram quando a noite caiu, e ficou-se à espera que voltassem com reforços. No dia seguinte de manhã o pequeno exército invasor, que não seria mais do que um pequeno grupo, começou a ouvir o barulho de um grande tropel, e grandes nuvens de poeira. Como eram poucos e não queriam morrer ali, levantaram o cerco e "ala que se faz tarde". Algum tempo depois voltaram à Quinta os dois cavaleiros, sozinhos. Tinham ido pedir ajuda, mas não a tinham conse­guido, pelo que se lembraram do estratagema de pôr os cavalos a bater os cascos nos grandes penedos, para fazer eco e parecerem muitos e de arrastarem uma espécie de charrua, numa terra, recentemente lavrada, para criar a nuvem de poeira que os invaso­res tinham visto.

História contada pelo falecido Sr. António João Pais Miranda

por Ana Mouraz
CANAS DE SENHORIM Os Lugares e os Nomes_Edição de Núcleo Filatélico e Numismático da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim

29/10/2006

Ranking Escolas_1ª do Distrito de Viseu


Mais um ano de liderança.
A Escola EB 2,3/S Engº Dionísio Augusto Cunha de Canas de Senhorim, obteve novamente o melhor resultado do Distrito de Viseu e ocupa o 46ª a nível nacional, em 607 escolas avaliadas.

informações detalhadas em
PortugalSuave
e Canas e Senhorins



Edições do Núcleo Filatélico


Desenhos de Cardoso Oliveira

26/10/2006

Rua Arquitecto Francisco Keil do Amaral

Solares da Rua Arquitecto Francisco Keil do Amaral _ Canas de Senhorim

Quem foi Francisco Keil do Amaral ?
Que obras nos deixou?

Sabia, que a Escola Preparatória Fortunato de Almeida de Canas de Senhorim passou a chamar-se Francisco Keil do Amaral após o 25 de Abril, por vontade do povo desta Vila?

25/10/2006

Canas de Senhorim _ Os Lugares e os Nomes

CANAS DE SENHORIM Os Lugares e os Nomes

Ana Mouraz
in catálogo do Núcleo Filatélico e Numismático da AHBVCS

O Núcleo Filatélico pediu-me que escrevesse 2 páginas sobre o Património Cultural de Canas de Senhorim, num ângulo diferente daquele com que outros escreve­ram sobre o tema, nos 4 catálogos que o Núcleo já publicou. Esta é uma tentativa de dar conta da tarefa...

Qualquer obra da especialidade identifica cultura como a mais valia que os seres humanos acrescentam à sua vida biológica. Incluem-se nessa mais valia as gran­des obras do génio humano, desde a Arte à Ciência, mas também os instrumentos e os usos que lhes são dados e, ainda, as narrativas, mais ou menos fantasiosas, que um determinado grupo social arranja para explicar como qualquer coisa passou a ser, ou a chamar-se como tal.

Daí que este meu ângulo pretenda associar a toponímia (os nomes dos luga­res) com as explicações lendárias que lhes estão na origem. Não se trata, como é evidente, de património cultural material, mas mesmo esse nada significa se não for objecto de uma interpretação, que lhe confira significado e valor1. Trata-se de contar pequenas histórias de anti-heróis que a memória colectiva foi guardando, e passando de geração para geração. A identidade do nosso espaço público de canenses está, também, aí.

As lendas que a seguir se recontam foram recolhidas da oralidade. É possível que existam outras versões: cada um conta a história como a sente. Nem por isso tem menos realidade.

1 De que adianta ter uma Igreja que é monumento barroco se as pessoas não sabem o que isso significa? Como pode preservar-se o que não se conhece?

Lenda da Zefa da Feira

(Rua da Zefa da Feira - Canas de Senhorim)

O REI D. CARLOS I (1863-1908)*

Por trás da Praça existe uma rua que há alguns anos atrás foi rebaptizada com o nome de zefa da Feira. Alguns dos moradores ainda hoje continuam a chamar à sua rua, rua da Lage, que é o nome que tinha então, talvez porque não saibam que a Zefa da Feira foi a responsável pela criação da feira mensal em Canas. Mas não é essa a história mais interessante desta vendedeira de pão-de-ló. Conta a lenda que numa das vezes que D. Carlos veio a esta zona, porque a rainha D. Amélia vinha fazer termas na Felgueira, a zefa da Feira avistou-o e achou que ele era um bonito homem – um verdadeiro Rei. Vai daí deve ter conseguido arranjar uma estampa com a figura do rei que passou a venerar como uma figura divina. Quando foi o regicídio e depois a implantação da Repú­blica, a Zefa da Feira manifestou-se ruidosamente contra tais acontecimentos. Por isso foi presa, sob a acusação de crimes políticos. Esteve presa durante dois dias, que foi o tempo que a polícia levou a descobrir que a zefa da Feira não percebia nada de política, nem era um perigo para a República, apenas estava apaixonada pela linda figura do rei D. Carlos.

Rainha D. Amélia
Frequentava as Termas da Felgueira

*Rei da quarta dinastia e o 13° rei de Portugal, filho primogênito do rei D. Luís I e da rainha D. Maria Pia, nasceu em Lisboa em 28/09/1863.

Foi batizado com o nome de Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo Gota.

Material do NFNAHBVCS enviado por Amef

22/10/2006

Sociedade 15 de Julho [1891]

" Sociedade 15 de Julho"

A Sociedade Musical de Canas, denominada "Sociedade 15 de Julho", foi fundada em 1891, tendo sido seu primeiro Presidente Joaquim Felício Pais do Amaral.

Nesse mesmo ano participou, pela primeira vez, numa Missa.
Em 1893, alguns componentes da Filarmónica interpretaram, também pela primeira vez, o "Tantum Ergo".
Em 1895 a Sociedade 15 de Julho adquiriu bonés para todos os músicos, tendo feito a sua apresentação com um tema adequado ao momento – "O Bonet", de autor espanhol.
No ano seguinte foi adquirido (e "inaugurado") o resto do fardamento.
Em 1896, nas Festas da Senhora do Viso e por causa de desavenças entre mordomos, houve uma grave questão entre a Música de Canas e a de Santar. Os músicos de Canas tocaram muito seguidamente, para que a Música de Santar não pudesse tocar, tendo acontecido que um músico de Canas (clarinete) ao acabar de tocar e tirando o instrumento da boca veio agarrada à palheta toda a pele dos lábios.
Em 1902 houve uma récita em benefício do Mestre da Música, Sr. Manuel Rodrigues. Nesse mesmo ano, as festividades de Nossa Senhora das Dores foram abrilhantadas pela Música "15 de Julho", que tocou magistralmente!
O jornal "O Século", de 18 de Maio, aludia à "Sociedade 15 de Julho", a propósito do intenso trabalho que a mesma vinha desenvolvendo, dizendo: "Pena é que até as rãs dos poços vizinhos saibam já de cor e salteado a missa, de tanto que a têm ouvido."
Em 1903 a festa (religiosa) foi feita sem música, por ordem do Sr. Bispo, por não haver Papa. Ânimos muito exaltados, culpando o abade. Alguns músicos resolveram tocar de tarde no Rossio contra a vontade de um dos elementos, que por isso pediu a demissão (A. de Sousa).
No início de 1905, a música dá as boas-festas aos seus sócios de Canas, vestindo pela primeira vez o novo uniforme "à marinheiro".
Em 1906 a Música de Canas foi às festas do Buçaco. Festa em honra de Nossa Senhora da Guia. A Música tocou um Tantum Ergo e uma missa nova.
Em 1907 chega de África, da Guerra dos Cuamatas o Alferes Fernando Ultra Machado. É-lhe feita grandiosa manifestação com música, foguetes e povo.

foto e texto enviados por Amef

20/10/2006

Núcleo Filatélico e Numismático [Catálogos]


logotipo NFNAHBVCS

Design e desenhos de Cardoso Oliveira

Catálogo Mostra Filatélica 2001

Catálogo da Mostra do Núcleo Filatélico e Numismático da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim _ 25 º Aniversário _ 2001

Docs enviados por Fernando Andrade da Cunha

Núcleo Filatélico e Numismático [Edições]

"Alminhas" do Paço - Canas de Senhorim -
desenho de Cardoso Oliveira

16/10/2006

Ceia Medieval 06 [2]






Ceia Medieval de Canas de Senhorim 06
fotos enviadas por Amef

Ceia Medieval 06




Ceia Medieval Canas de Senhorim 06
fotos enviadas por Amef

13/10/2006

Acreditar e Lutar


O que é isto de ser canense?

por PortugaSuave

O que é isto de ser canense? Li algures (não me lembro do nome do autor do artigo) que transportamos a nostalgia dos tempos em que a nossa vila e os seus habitantes desfrutavam os benefícios e a grandeza que o desenvolvimento tecnológico proporcionou aquando do forte impulso empresarial do início do século e que, a decadência dessa cintura industrial, aliada ao orgulho histórico das nossas origens e do nosso passado, nos inculcou nos genes raízes de insatisfação e arrogância, originando um quadro de frustração e depressão colectiva. Diagnosticada a doença e confirmados os sintomas, restava-nos a terapia da resignação e da sensatez, pois deste mal também padece o país e não há registo da nação andar em arrebatadas convulsões a propósito desta patologia. Ainda acrescentava enfaticamente que o nosso sistema político está dotado de mecanismos próprios, capazes de corrigir as assimetrias que reclamamos, no estrito respeito das instituições e da legalidade democrática.
Quis fazer parecer o autor deste pensamento que sofremos de doença crónica, irreversível e incurável e que deveríamos afinar a nossa compostura pela do país, na passividade dos brandos costumes e do cinzentismo político que trinta e tal anos de democracia não lograram vencer nem colorir.
Lembrei-me logo do país amortalhado na senda do sebastianismo aventureiro e no estigma psicológico que, mesmo inconsciente, porventura ainda nos afecta: Esperar para ver. Morrer sim, mas devagar.
Talvez o articulista tenha razão quanto ao país. Nem o professor Agostinho da Silva na melhor das intenções nos conseguiu animar com os seus delírios sobre o Quinto Império e o seu optimismo quanto ao papel da nossa diáspora. Tudo águas passadas. Já nem poetas e escritores são o que eram. O Pessoa é um deprimido, o Mário de Sá Carneiro um suicida o Lobo Antunes um desiludido e o Saramago um amargo. O fado é o que é e o futebol morre na praia. O país vive ilusoriamente de serviços e a possibilidade da Comunidade Europeia nos salvar há muito foi desaproveitada. A nação está moribunda e nós quedamo-nos expectantes na esperança de dias melhores, mesmo que a espera nos afaste definitivamente dessa quimera.
Ora, como se não bastasse pertencer a esta floresta em declínio orgânico, pretende o articulista que alinhemos no marasmo nacional e nos solidarizemos com o destino da nação, calando reclamações e acatando ditames presidenciais - só faltou o chavão do Estado Novo “A Bem da Nação”.
Pois estão muito enganados aqueles que assim pensam. O espírito canense é exactamente o contrário desse estado atávico que o articulista nos sugere. Ser canense constitui um exercício de entrega diária e reflecte-se na conjugação de esforços para que a nossa terra cresça e se desenvolva de acordo com as legítimas expectativas dos seus cidadão; Ser canense é ser contestatário perante a apatia e a negligência a que fomos sujeitos nos últimos anos. Contrariamente ao que muitos arrogam também é ser paciente:
- Esperar 40 anos pelo tratamento dos resíduos radioactivos provenientes da exploração do urânio;
- Esperar 30 anos por passeios e arruamentos;
- Esperar 10 anos por uma estrada de 5 Km;
- Esperar pelo investimento prometido e eternamente adiado;
- Esperar por subsídios que tardam ou nunca chegam;
- Esperar eternamente pela criação e manutenção de infra-estruturas básicas (rede de esgotos, ETAR, etc.);
- Esperar pelo apoio que as várias associações e colectividades carecem;
- Ser confrontado com políticas orçamentais que só visam o benefício da sede do município, em detrimento do resto do concelho;
- Ser confrontado com orçamentações, desorçamentações e outras manigâncias de tesouraria;
- Ser confrontado com a criação ficcionada de um Carnaval na sede do Concelho, tirado a papel químico do já existente em Canas há 300 anos.
- Conviver por mais de 20 anos com a arrogância e despotismo de um cacique acéfalo;
Muito mais haveria para enumerar e muita paciência tem este povo. E ainda nos aconselham moderação! Podemos não ter conseguido fazer valer os nossos direitos, até pode que o retrato psicológico traçado nos deprima, agora propor que choremos resignados os nossos males numa atitude de solidariedade para com os do país, quando ainda nos assiste a vontade e a vitalidade para mudar e melhorar! Este é que é o verdadeiro sentido de ser canense, acreditar e lutar por um futuro que dignifique as nossas gentes e a nossa terra.
Estamos longe do estado terminal e a nossa terapia será por enquanto a do inconformismo, ainda que nos tenham como arrebatados e insolentes. Cuidados paliativos é que não, muito obrigado.

Viagem Medieval Canas de Senhorim 06




Feira Medieval Canas de Senhorim 2006
Fotos Norberto Peixoto

Viagem Medieval 2006



Viagem Medieval de Canas de Senhorim
Fotos
Norberto Peixoto

12/10/2006

Jornal "Canas de Senhorim" [III]


Canas a Concelho...Uma ideia sempre viva...

Como se previa, as eleições intercalares para a Assembleia de Freguesia, que deveriam ter sido realizadas no dia 27 de Maio e às quais con­corriam os pilotos do PSN, foram boicotadas. Na noite que antecedeu o acto, as mulheres uma vez mais marcaram a sua presença, como que a dizer que não ia haver votos para ninguém!... E assim foi!
E como o Movimento não brinca em serviço, nada melhor – para lembrar os senhores políti­cos que algo está mal nesta lei eleitoral - do que arranjar um avião a sério e levá-lo até à Assembleia da República. Se bem o pensaram, mais depressa o fizeram: depois de localizado o aparelho, foi só uma questão de cumprir al­gumas formalidades relativas à manifestação e ao respectivo transporte. É que o avião teve de ir de camião, porque nenhum dos célebres pi­lotos cá apareceu para o pilotar...
Cumpridas as ditas, o camião rumou até à ca­pital, por volta das 13 horas, com um autocar­ro cheiinho de pessoas a fazer-lhe companhia. A partir da última portagem da auto-estrada uma guarda de honra se lhes juntou e abriu caminho até à Assembleia da República... Viagem rápida e segura, como é de exigir nestas coisas...
Recado dado, com honras de directo na TVI, verificou-se o regresso do avião ao hangar. Ali permaneceu até sábado, já que estava esca­lado para um voo nocturno, até à Escola Eng. Dionísio Cunha, onde, no dia seguinte, estava previsto (não) haver mais um acto eleitoral!

Na manhã de Domingo, para gáudio dos popu­lares que por ali permaneciam e que colabora­ram em mais um boicote, lá apareceu o tal can­didato à nossa Junta, bem guardado por uma tropa, saidinha do Carnaval do Paço... Convenhamos que foi uma manhã curtida, como dizem os nossos mais novos, com o pilotaço a querer tomar conta da Junta e a po­pulação a mandá-lo para a outra banda... Ainda não foi desta que nos impuseram quem a gente não conhece...
Mas, atenção, que andam por aí outros paraquedistas... Por isso é preciso estar aten­to.
Que a ideia... essa continua bem viva!
A Figueiredo_in Jornal "Canas de Senhorim"_16 _Junho_2001

Jornal "Canas de Senhorim" [II]

Direcção dos Bombeiros Homenageou
José Adelino
A Direcção da A.H.B.V.C.S. prestou (mais) uma Homenagem ao seu grande Be­nemérito José Adelino.
José Adelino Colaço Mendes de Vasconcelos, que - em vida - foi o Bibliotecário Principal da Biblioteca da Universidade de Coimbra, é o responsável pela existência de uma Biblioteca nos Bombeiros de Canas, que, meritoriamente, ostenta o seu nome.
(…) António Pinto Valejo, Presidente da Direcção dos Bombeiros, referiu que "preferia que a homenagem fosse efectuada na pre­sença do próprio José Adelino - sinal de que estaria entre nós!" Acrescentou que "este acto se in­sere nas Comemorações dos 75 anos de vida da Associação" e agradeceu a disponibilidade das filhas para se associarem à cerimónia.
João Alberto Pinto Abrantes, amigo pessoal de José Adelino e Pre­sidente da Assembleia de Freguesia, evocou o homenageado e lembrou que "faz parte de uma Comissão que o próprio José Adelino quis que fosse constituída e que integra, também, a Dra. Ana Mouraz, o Valdemar Ambrósio, o Eng. Madeira, o Cardoso de Oliveira, e que, no caso de haver alguma coisa, a Biblioteca haveria de ter continui­dade e haveria de ter alguém que olhasse por ela."
Emocionado, referiu que "tendo privado bastante com o José Adelino. sei que ele está aqui connosco e hoje materializámos bem a sua presença. através daquela bela fotografia! (...) Quero-lhe dizer que Canas, a nossa terra, lhe está muito grata. Tenho pena que Canas não tenha tido um outro estatuto que permitisse que esta Biblioteca tivesse outra dimensão. Ele sempre quis e achou que Canas deveria ter esse estatuto. Não o ti­vemos e ainda o não temos, o que é pena, porque esta obra merecia mais e muito mais!"(...) João Alberto salien­tou o facto de na altura em que José Adelino começou a trazer livros, se ter constituído a primeira Biblioteca da região. 'Vejam a importância disto!" Mas o "papel" de José Adelino não se ficava por aí. .. "Ele como que adoptou Canas para sua terra! E é-o neste momento! Ele fazia questão de divulgar o nome de Canas entre os seus amigos e fazia questão de que eles a conhecessem, vindo até cá! Só quem, de facto, privou com ele se pode aperceber da importância que isto teve. Ao José Adelino eu quero dizer um bem-haja pelo que fez por esta terra (...)
in Jornal "Canas de Senhorim" 18 de Agosto 2006

07/10/2006

Jornal "Canas de Senhorim"*

D.Ilídio Leandro, Bispo da Diocese de Viseu
Se calhar deve-se a Canas eu ser Bispo!
(...) eu quero dizer que ainda não me sinto não Canense! Chamavam-me achadiço, mas, agora, ainda não me sinto ex-Canense!Continuo a sentir-me muito ligado a Canas; Canas diz-me muito ,porque foi uma paróquia que me marcou. Se calhar deve-se a Canas o eu ser Bispo!
(...) Contem comigo que eu continuo a ser canense , apesar de Bispo, porque como Bispo sou, agora, também, Bispo da Paróquia de Canas de Senhorim.
por Amef in Jornal Canas de Senhorim
18de Agosto de 2006
*D. Ilídio Leandro foi durante 7 anos o director do Jornal "Canas de Senhorim"

06/10/2006

Bispo de Viseu


Canas de Senhorim recebe o seu ex-pároco, actual Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro
a 8 de Outubro de 2006.

Os Nossos Vizinhos


365 dias depois: 800 posts_20 000 visitas_e 75 000 págs lidas
Parabéns ao Beijós XXI !!

04/10/2006

Capacidade Colectiva

A Feira-Viagem Medieval
por PortugaSuave

Para satisfação geral, a superstição, tão própria da época evocada, não comprometeu a 13ª edição da Viagem Medieval por terras de Canas de Senhorim. O tempo, embora ameaçador, não impediu viajantes, vendedores e figurantes de recuar no tempo ao encontro de usos e costumes de outrora. Do bobo irrequieto à bailarina de ventre avantajado, do cavaleiro à domadora de serpentes, do mendigo à bela vendedeira, do frade à prostituta, do senhor ao plebeu, do pajem à cortesã, dos tocadores aos porta-estandarte, dos taberneiros às doceiras, dos artesãos às camponesas, todos, em alegre profusão de formas e cores fizeram esta viagem no tempo e no espaço.O largo Abreu Madeira foi palco de diversas actuações próprias da época que tiveram do público animada recepção. Os tambores rufavam, os gaiteiros apelavam à dança, as cornetas marcavam entradas, as bandeiras esvoaçavam artísticamente e, no entretanto, bailarinos e bailarinas, lançadores de fogo e malabaristas, imprimiam ao recinto ritmos e sons arcaicos que nos transportavam ilusoriamente para um cenário verdadeiramente medieval.O povo vestiu os costumes da plebe em dia de bodo e banqueteou-se no largo, farto em iguarias adequadas à época, escolhidas e confeccionadas de acordo com os costumes da altura. Os mais abastados, porventura de outra classe, não necessariamente da nobreza, no contexto actual, foram remetidos para as cavalariças ou claustros, como lhe queiramos chamar, onde, por trinta reis, foram faustosamente obsequiados com requintes gastronómicos de erudita selecção, como erudita foi a actuação do grupo coral Canto e Encanto, que providenciou aos comensais um espectáculo ao nível do repasto. Pena que não tenha descido ao terreiro para agrado do povo (ou deste humilde servo!).Deambulando por entre barraquinhas armadas a preceito, os visitantes podiam degostar verdadeiras obras de arte-doceira, apreciar os artesãos nos seus ofícios ou adquirir uns tortulhos de arregalar o olho e salivar por mais (foi o que eu fiz…arregalei, salivei e levei-os para casa). Porém, também podíamos questionar o rigor medieval de alguns artefactos e produtos. Em rigor, em rigor absoluto, alguns pormenores pareceram-me manifestamente extemporâneos, como foi o caso do milho que só foi introduzido na Europa após a descoberta da América, da qual é oriundo, facto que não baniu a broa de milho das ementas (mas a isso, a malta fecha os olhos e cala considerações históricas, pois não existe pão mais adequado àqueles petiscos do que a broa de milho); já outros aspectos são de reconsiderar: Algumas barraquinhas vendiam inúmeros produtos impensáveis à época, com figurantes a trajarem despropositadamente e a manipularem materiais desajustados. Até uma bicicleta vi no largo Abreu Madeira. Bem, não virá mal ao mundo e à feira por causa destes pequenos deslizes, até porque a decoração das ruas e a animação no recinto onde a acção se desenrolou abstraíam-nos destes aspectos que, em verdade, constituíram excepção. Contudo, a organização deve, a par de uma fiscalização mais apertada dos produtos expostos, sensibilizar figurantes e participantes para uma maior preocupação no rigor dos trajes e na escolha de produtos e materiais. E, acima de tudo, providenciar casas de banho fora do recinto, já que não me parecem viáveis as vetustas cagadeiras medievais.Este evento, já consagrado no calendário festivo de Canas e no roteiro dos visitantes, não só soleniza as nossas origens ancestrais mas confirma a capacidade colectiva dos canenses que, através da sua tenacidade e de um forte sentido associativo, porventura ímpar na região, se destaca no panorama cultural nacional.Parabéns a todos e até à 14ª edição, que a 13ª está cumprida. Lagarto, lagarto, lagarto.

Quarta-feira, Outubro 04, 2006

Blogosfera Canense

Estatísticas 3 trimestre de 2006

O Município de Canas de Senhorym, embora não tenha tido um acréscimo de visitantes considerável, superou claramente outros blogues, facto que o catapultou para o terceiro blogue mais visitado neste período. A este sucesso não deve ser alheio o trabalho sóbrio e documental que caracteriza o seu formato. in Portugal Suave

13ª



13ª Feira Medieval de Canas de Senhorim 2006

Viagem




Viagem Medieval de Canas de Senhorim 2006 _
Dançarina - Mulheres - Brincar com o Fogo - Prisioneiro
fotos de @Pombo Correio