Canas OnLine

21/07/2005

dualidade de critérios de um PR


Não há melhor indicador da animação pré-eleitoral que se vive em Vizela do que o número de candidatos que se fazem à Câmara. Ao todo, são oito, sinal de que existe na terra uma enorme vontade de participar na construção de um concelho arrancado a ferros ao poder central. O «grito do Ipiranga» vizelense aconteceu a 19 de Março de 1998, deixando para trás quase um século de luta, que ganhou grande visibilidade aquando da revolta de 1982, em que a população ocupou a linha férrea e reteve um comboio. Este viria a ser resgatado pelas forças policiais, com violentos confrontos à mistura. «Vontade igual à de Vizela, só a de Canas de Senhorim», afirma Manuel Campelos, líder histórico do Movimento pela Restauração do Concelho de Vizela (MRCV), que vai a votos como independente pelo CDS/PP.
visaonline.nov.01

http://www.cm-vizela.pt/site/mensagem.asp

Hostilização sistemática,desinvestimento e violência simbólica[1]


Num comunicado da CM Nelas, datado de 26 de Junho 03, o signatário, presidente da CM, invoca o seu direito à indignação acerca da possibilidade de o concelho de Canas de Senhorim vir a ser criado e lança o anátema do remorso eterno à maioria parlamentar que o venha a aprovar. Não deixa de ser caricata tal posição pública, depois de quase 6 anos de hostilização sistemática, de desinvestimento e de violência simbólica(de que é exemplo o monumento pago com o desvio da verba de uma estrada a construir na freguesia de Canas de Senhorim, já depois de incluída no orçamento camarário) da Câmara Municipal, com o beneplácito da Assembleia Municipal na que ainda é a freguesia de Canas de Senhorim (situação que, pelos vistos, não causou remorsos a nenhum elemento desses dois orgãos autárquicos).

in Jornal Público_2 Julho 03_Para que serve um Concelho em Canas de Senhorim
Ana Mouraz

20/07/2005

velhas e novas mordaças


A tua terra é mais linda do que pensas, mais nobre do que supões(...)
Prof. João Miranda 1930
[...]Quantas horas não passou meu pai debruçado sobre livros e documentos - a consulta de alguns dos quais lhe não foi facultada pelo Arquivo Municipal de Nelas (diz nos seus apontamentos), coligindo a história do Concelho de Canas de Senhorim com vista à sua restauração!
Pois se nessas gerações alguns grãos de amor pela terra natal ficaram semeados agora despontam enraizados na democracia.
'LUTA NOS ANOS 30' / Mª Helena Borges Miranda /CdeS O que somos o que queremos, 1975

19/07/2005

URÂNIO


Canas de Senhorim vai processar o Estado português pelos presumíveis efeitos na saúde da população das minas de urânio da Urgeiriça, revela, ao DN, o presidente da Junta de Freguesia e do Movimento para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim..Os responsáveis, desde o município "de Nelas à administração central", têm-se mantido, no entanto, "ao longo de décadas", indiferentes aos alertas e aos protestos dos habitantes de Canas de Senhorim.Aliás, recorda, "levámos com duas cargas policiais, quando tentámos impedir a saída de urânio", em final de 2004, para a Alemanha, reafirmando que "havia problemas que têm de ser resolvidos". E, agora, "vamos recorrer aos tribunais".Luís Pinheiro considera, contudo, não existirem "razões para alarmismo". Mas, adverte, há motivos mais que suficientes para que se exijam medidas para ultrapassar este problema de saúde pública e, aludindo à restauração do concelho, porque "Canas não quer viver com aquela gente" da Câmara de Nelas.
in DNonline

15/07/2005

Justiça

[...]O Movimento para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS) não pode, neste momento tão decisivo para o seu povo, deixar de esclarecer e alertar como segue:
É do conhecimento geral a luta que o povo da freguesia, determinado por sentimentos ancestrais e actuação correspondente, trava desde que perdeu o seu concelho até ao momento presente.
Os compromissos orais ou escritos de certas formações partidárias e dirigentes seus de apoio à restauração ou criação do concelho de Canas de Senhorim fundaram no seu povo as mais legítimas expectativas de se respeitarem, finalmente, manifestações da sua vontade e acabar definitivamente com a "COLÓNIA DE CANAS DE SENHORIM", reconhecendo-se-lhe, de novo, o direito de ser livre e reatribuindo-se-lhe a antiga dignidade
De facto, Canas de Senhorim tem mais população do que a maioria das 23 sedes dos concelhos do distrito.
Canas é uma "colónia" sendo tratada como tal, e ninguém lhe resolveu nem permitiu que alguém resolvesse ( e isto por conveniência) os seus problemas.
E Canas de Senhorim não resolveu esses problemas por não ser sede do concelho.
É um círculo de que não querem que saia, mas cujos argumentos reais são mais fortes do que as armas usadas por aqueles que defendem a falsa defesa.
Mas os homens fazem, alteram e revogam as leis, e o povo de Canas de Senhorim já sabe disso e espera que se faça justiça.
[Processo para a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim] http://www.geocities.com/RainForest/Vines/9618/Canas.html#Topo

Canas de Senhorim

in bloglandia

13/07/2005

A Prova de que existiu um compromisso do PR com o MRCCS?

Sampaio: Eleição de governo europeu é «ideia interessante» considerou o Presidente da República, Jorge Sampaio, em entrevista hoje publicada no «Diário Regional de Viseu».
( 07:46 / 08 de Junho 00 )
O Presidente da República, Jorge Sampaio, em declarações ao «Diário Regional de Viseu», defende a eleição de um presidente ou de um governo europeus como «ideias interessantes», ainda que não tivesse chegado o tempo para a pôr em prática.(...).Manifestando «grande orgulho no que os portugueses puderam alcançar», o Presidente da República afirma que, enquanto Estado, a prioridade portuguesa deve continuar a ser a «educação e formação permanentes, chaves da afirmação dos valores e da cultura, da permanência da identidade nacional, mas também da capacidade para competir num mundo em mudança acelerada».«O mais importante é a confiança dos portugueses no seu futuro colectivo», explica
.Na única incursão regional ao longo da entrevista, o Presidente da República, que no próximo dia 10 preside, na cidade de Viseu, às cerimónias comemorativas do Dia de Portugal, demonstra o «maior respeito» pelas pretensões dos cidadãos que querem a elevação de Canas de Senhorim a concelho e de Lamego a distrito.«Como cidadãos de uma comunidade livre e democrática, devem merecer-nos toda a consideração os movimentos dos nossos concidadãos e as questões de organização territorial do nosso Estado», conclui.
arquivo TSF-8 junho 2000

11/07/2005

Património

Razões de uma LUTA

Se já antes havia registo de escritos e de posições contra a situação existente, é após o 25 de Abril de 1974 que as reivindicações para a restauração do concelho se vão acentuar. Em 1975, em pleno processo revolucionário, e após algumas assembleias populares, foi elaborado um caderno reivindicativo e um abaixo-assinado, ambos enviados ao Ministro da Administração Interna. Nesse caderno reivindicativo pode-se ler que, « [...] Apesar da sua ampla participação na economia e no erário nacionais, [Canas] foi, desde sempre, vítima da mais dura opressão e exploração [...]» (Vários, 1975). A acção da Câmara de Nelas era denunciada como explícita na subtracção de infraestruturas à freguesia de Canas de Senhorim, e apelava-se à consagração jurídica da descentralização da administração local. Era fixado um prazo de 90 dias para a obtenção de respostas ao caderno reivindicativo, e, findo este prazo, a assembleia popular de Canas delegaria poderes na Junta de Freguesia para cobrar e aplicar os impostos localmente. Ainda segundo o manifesto, as sedes das grandes empresas que laboravam na freguesia deveriam ser transferidas para Canas, pois «Nelas e Lisboa não podem continuar a colonizar Canas».
Neste documento eram referidos como interlocutores legítimos, para a aplicação das medidas propostas, representantes do povo de Canas livremente eleitos, delegados do governo ou do MFA (Movimento das Forças Armadas), considerando-se impossível qualquer negociação com as autoridades concelhias. Os mentores da acção reivindicativa procuravam projectar a questão da autonomia administrativa de Canas para um plano de relevância nacional, tentando mobilizar as autoridades recentemente constituídas no âmbito do processo revolucionário em curso no país. Faziam-no salientando a larga base operária da população de Canas e o poderio socioeconómico desta localidade no contexto do concelho, do distrito e do país.
Basicamente, os argumentos permanecem na actualidade os mesmos. Em documento constante do "Processo Relativo à Restauração do Concelho de Canas de Senhorim" elaborado pelo Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim (MRCCS) (1999), apela-se para que « [...] deixem de vez Canas de Senhorim ser livre e digna, expurgando-a definitivamente das velhas provocações sob a forma do chamado NEO-COLONIALISMO INTERIOR [no original]». Neste documento, o Movimento propõe também, como forma de contornar os critérios demográficos impostos pela Lei Quadro de Criação de Municípios, dois processos de criação de municípios: pela lei (concelhos quantitativos, urbanos ou administrativos) e pela vontade das populações (qualitativos, rurais ou histórico-municipalistas). São os argumentos apresentados para justificar esta segunda modalidade que me interessa realçar. Eles são justificados pela ideia de interioridade e da necessidade de desenvolvimento socioeconómico equilibrado e sustentado. Assim, para que seja criado um concelho é necessário, segundo o Movimento, existirem condições e estruturas iguais ou semelhantes às do concelho mãe; haver vontade da população, manifestada em vários actos públicos (argumento da representatividade local) e a existência de tradições municipalistas (argumento histórico).
Entre os protestos e reivindicações anteriores e os actuais, emerge contudo uma diferença marcante. Antes eram feitas referências constantes ao facto de Canas ser das freguesias mais populosas e industrializadas do distrito de Viseu, contribuindo para metade do seu produto interno bruto. Actualmente, os documentos do Movimento salientam, após a perda da influência económica no concelho e no distrito, o espírito de progresso e a grande qualificação dos recursos humanos da freguesia de Canas. Considera-se que um dos principais obstáculos ao desenvolvimento de Canas é a necessidade que sentem os trabalhadores qualificados de procurarem emprego fora da freguesia (deslocalização forçada).

José Manuel de Oliveira Mendes
Uma localidade da Beira em protesto: memória, populismo e democracia

http://www.ces.fe.uc.pt/

09/07/2005

Mais uma sugestão para o Dr.J.Sampaio


Companhia das Águas Medicinais da Felgueira, S.A.
Caldas da Felgueira3525–201 Canas de Senhorim



Embora referida, nas memórias paroquiais mandadas fazer em 1758 pelo Marquês do Pombal, apesar de não se fazer menção à povoação já se faziam referências à existência de uma "nascente quente e sulfúrica no limite do lugar de Vale de Madeiros".(...)No entanto, é no começo do séc. XIX que se inicia a utilização das águas das Caldas da Felgueira em doentes que sofriam de males de pele.

http://caldasdafelgueira.no.sapo.pt

08/07/2005

José Carlos Vasconcelos



...Só uma terra sendo concelho é que é senhora inteiramente do seu destino e que pode construir o seu próprio futuro.Eu sei que vocês estão neste momento impedidos plenamente de construir o vosso destino, estão a construí-lo com as vossas próprias mãos,pela vossa própria luta, pelo vosso próprio suor, pelo vosso exemplo, no dia a dia do nosso país.

...Quando Canas de Senhorim for concelho, ides ter uma grande responsabilidade,por se ter construído um exemplo de luta por um concelho.

...O que se passa aqui é um pouco o que se passou no combate à ditadura e ao fascismo, é quase uma unidade antifascista. Trata-se aqui de uma unidade em volta de um grande objectivo, em que a luta é difícil, e depois não vai ser menos fácil.

in Jornal Canas de Senhorim,JCVasconcelos(jornalista)texto de H.Ambrósio, junho03

06/07/2005

Blog Canas & Senhorins

Parabéns pelos 20000
pelo nervo
pela fibra
pela vivacidade

por serem capazes
por acreditarem...

05/07/2005

Dr.Sampaio a sua reforma chega para pagar a conta!*


Venha gozar a beleza que a nossa Beira encerra e esteja certo que será uma viagem inesquecível!
Há casas solarengas e casas rústicas de granito à mostra; há pessoas amáveis para o acolherem!(...)
Desforre-se da vida cansativa e monótona do dia a dia e dê um salutar e calmo passeio a pé por entre recatados pinheirais e matas de mimosas, ambos semeados de penedias, que lhe sugerem uma pausa repousante, sentando-se para saborear, nas manhãs frescas ou ao cair da tarde, a grande Natureza!
Sabe que Canas de Senhorim tem uma aprasível situaçãode média altitude que origina um clima de verões luminosos(...) São estes os tesouros que possuímos(...)

in CdeS O que somos o que queremos- Ana Mouraz/Isabel Monteiro 1975

*Hotéis-Turismo de Habitação-T.Rural-Residenciais etc._Urgeiriça/Caldas da Felgueira/Canas de Senhorim

3º Foral










D.SanchoI

Em 1186, em escritura assinada por D.Sancho I(...) Canas é encoutada em benefício pessoal do Bispo de viseu(...) ficando desintegrada da Terra de Senhorim.














D.Manuel I

D.Manuel I concede em 1514, 2º foral a Canas, regendo o pagamento de "quartos oitavos e dizimas"(...) Com este foral passou canas a reger-se como Concelho pertencente à Coroa.(...)
assim se manterá mais de 300 anos(...) até 1863(...)





Assembleia da República,2003

1 de Junho de 2003, BE, PCP, OsVerdes,CDS/PP e PSD aprovam a Restauração do Concelho de Canas de Senhorim.







J. Sampaio mata o sonho de gerações...Porquê?

Quem é que vai atribuir a Canas de Senhorim o 3º foral?
Não há duas sem três!

Chegou a hora...

Canas de Senhorim
chegou a hora
o sol dos outros
vei-o achar-te
agora
ao lado do infinito
de mãos vazias contra o chão suado
e a boca farta de abafar o teu grito

gente de Canas
hoje é outro dia
Cantem mineiros pelas minas fora
mulheres operários
camponeses cantem
que o Sol dos outros
vai ser nosso agora


Maria Natália Miranda
Maio de 1975

in Canas de Senhorim-O que somos o que queremos -1975

01/07/2005

Primeiro de Julho


...deveria ser um dos DIAS MAIS FELIZES DAS NOSSAS VIDAS para sempre!
foi só em 2003, o que já não foi coisa pouca ... mas haveremos de ter um dia que será defenitivamente UM DOS MAIS FELIZES DAS NOSSAS VIDAS PARA SEMPRE!

"Estou solidário com a vossa LUTA

...que na minha opinião, é uma das mais notáveis que Portugal tem tido, e que tem sido tão mal entendida, tão pouco acarinhada e tão pouco respeitada."
"Eu penso que o veto presidencial foi um atentado à democracia e um acto inqualificável para Canas de Senhorim"

"Quando entramos nesta vila, quando falamos com as pessoas a gente respira orgulho, respira dignidade, respira uma aspiração legítima.(...) É uma aspiração exemplar que tem uma história muito forte. Qual a razão sociológica desta história ? É talvez em Portugal a única localidade tem resistido ao declínio económico.(...)a vossa luta é uma luta justa a bem de todo o país!"
BoaventuraSousaSantos - in Jornal Canas de Senhorim-texto de H. Ambrósio- junho 05

1 de Julho de 2003 [uma imensa felicidade]