...enquanto o Mar existir!
Vontade
por Cingab
Certo dia o nosso amigo "Aldra" disse: Ninguém vence a vontade de um Povo! Bem sei que ele se referia ao povo de Timor, mas...
Em estudos pedidos pela Presidência da República, se não me engano em 2000, o Dr. Serra Lopes coordenou um estudo mais ou menos secreto sobre a situação social no concelho de asnelas. Na altura era ele assessor para as questões sociais (?) , comia no "Pataco" com os líderes do MRCCS, era escorraçado na CMasn pelo amigo Colmeia e falava, pedia conselhos, a algumas autoridades académicas... Chegou à conclusão que socialmente a coisa não funcionava!...
Antes de se tornar Chefe da Casa Civil, a sua missão foi reorganizar o PS a quando da confusão do processo Casa Pia... Depois, passou-se a falar em Hospitais com 100 camas, investimentos avultados, há quem diga mesmo oferta de "tachos" aos líderes do movimento, rios de dinheiro que ninguém sabia como poderiam ser dados, uma incineradora etc... Foram dados 2 puxões de orelhas em Viseu ao Colmeia, foram feitas promessas no Hotel Montebelo, Em Carregal do Sal, em Aveiro, pelo próprio "Aldra", para além das garantias de não atrapalhar , com o veto presumo, assim que a AR aprovasse a Lei... Fala-se até de um encontro numa pastelaria de Belém a 30 de Junho de 2003!...
O "Aldra" Vetou!
Os mesmos que garantiram o contrário, que sempre telefonavam com medo de manifestações, que pediram para que votássemos, que no dia anterior à votação na AR tomaram conhecimento, não foram capazes de pôr um travão aos festejos, ou, pelo menos, um aviso... Foi bom ver-nos "inchar" como porcos para nos comerem em "vinha-de-alhos"!... Que pena terá tido Pinochet de não se lembrar de uma "Operação Condor" destas!...
Sádicos!...
Mas eu não tenho vergonha do 1 de Julho de 2003, o dia em que da direita à esquerda, com todas as diferenças ideológicas que isso comporta, a AR votou pela vontade do meu Povo!
Um povo ao qual pertenço que me orgulha, que gosto na saúde e na doença e que nem a morte separará!... Povo de trabalhadores, de lutadores, de homens e mulheres livres com opinião, justo, empreendedor... Com escritores, actores, desportistas, dançarinos, estudiosos... Que todos os dias faz história, porque a tem desde o princípio da nacionalidade...
Um Povo que tem vontade de o continuar a ser... Que a ninguém passa despercebido, que apaixona outros povos, que acolhe quem vier por bem...Um Povo que já deu provas de dar a outros Povos uma nova identidade, não abortando!...
Há um cem número de coisas que estão no ADN... uma delas é a Vontade! Há mais marés que marinheiros, pelo menos, enquanto o Mar existir!
Cingab Concob escreve nos blogs
11 comentários:
"...Enquanto o Mar existir" é o excelente título para o post... Gostei!
Um texto "puro e duro" com interessantes revelações.
Cingab no seu melhor!
Sinceramente não vejo grandes revelações no texto!... No entanto, há coisas que ainda não podem ser ditas
Cingab
Estava tão deliciado a ler o seu texto, quando a "linhas tanto" encontro uma frase completamente desajustada:
"Um Povo que já deu provas de dar a outros Povos uma nova identidade, não abortando!"
Nem sei que lhe diga!!!!
Olhe, cumprimentos.
@cingab não são grandes mas são interessantes!
Que coisas são essas que ainda não podem ser ditas?
@Portuga,
Não abortando a nova identidade!... Lol... Nada tem que ver com o referendo, amigo!...
Falo, pelo menos tentava, da Lapa do Lobo... Que saiu das entranhas de Canas de Senhorim...
poderia ficar:
"Um Povo que já deu provas de dar a outros Povos uma nova identidade, não interrompendo voluntáriamente de identidade paroquial!", ou então:
"Um Povo que já deu provas de dar a outros Povos uma nova identidade, Não cortando-lhes as pernas!"
@Anónimo,
A história ainda está a se escrever
Pronto. Já entendi. por momentos fiquei baralhado. O português tem destas coisas.
Um abraço Cingab e conte lá à gente o que está por contar...
Cumprimentos
@Portuga,
Não posso contar tudo!... Caso contrário ficam a saber mais do que eu!
Está-se? Julgava que já não havia nada para contar e que a história já estava escrita. Não era isso que até à pouco tempo procurava fazer crer?
Haverá sempre muito para contar
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