E se todos fossem um?...
Li ontem, na diagonal, as duas últimas edições do Jornal Canas de Senhorim... E fiquei apreensivo!...
Se a saída do Hélder, até pode ser entendida como cansaço, a do AMEF, acompanhada com a sua motivação escrita e repetida em duas páginas do JCS, “parte-me todo”... Em primeiro lugar porque ele tem razão, custa-me reconhecer, mas tem... Depois porque, sem rodeios, diz que não acredita em mais 100 números... Pois, é como eu!... Só que muitos, também como eu, deitam os fardos para as costas de pessoas como o AMEF ou o Hélder, e acreditamos piamente que eles levam o barco para a frente... Habituamo-nos a ter as coisas, mas não compreendemos o que está por trás!... E quando em nome de algo, voluntários, repito, voluntários, perdem mais na vida do que tempo e dinheiro, as coisas estão mal... Muito mal! E não vale a pena continuarmos a dizer palavras, sentidas, mas sem acções, já não acontecerão mais 100 números... Os amigos que se perderam, as bocas nos cafés... Sim, porque um “gajo” começa a ter “medo” de sair de casa! E depois não vale de nada vir falar em mais 100 números, desejar força ao “pessoal” que lá trabalha, querer que isto ou aquilo seja diferente... A força que temos de dar é trabalho, ou em alternativa solidariedade, defesa intransigente da causa, é criticar propondo alternativas... E nem que seja na mesa de um café!...
Sem tudo isto, vale mais fechar, acabar ou transformar... Torná-lo, apenas e só, uma folha de informação da Paróquia de Canas de Senhorim e das questões que lhe digam directamente respeito... Aceitar que não há possibilidades de ser um Jornal mais generalista...
Mas aquilo que mais me tocou foi a o AMEF afirmar que sabe que não tem o poder de mudar os estado de coisas... Por acaso, eu até acho que ele tem, só que começa a faltar a pachorra!...
E como nem tudo é mau, senti de uma formas especial o amigo Fe... E não é que ele tem razão?!?... Pensar que tudo começou numa garagem com 3 adolescentes... Pois foi... Dá que pensar!
1 comentário:
Estou certo que a "queda" do CS é passageira e da fraqueza se irá fazer força.
Seria um revés enorme para a vida cultural da nossa terra.
Do que sei, e do contacto que tenho com Canenses a viver fora de Canas ( Portugal e exterior) o CS (com os defeitos que possa ter) é o elo "material" mais forte que muitos canenses têm com a sua terra.
Porventura teremos de espicaçar mais a publicação (como fez a Drª Ana Mouraz com as polémicas entrevistas de 2005).
Podia citar-lhe de cor um punhado de pessoas com talento para "renovar" o Jornal, tirando algukm peso de cima dos fundadores.
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