Canas OnLine

19/09/2007

Mais dores...

Nesta rua vivem e querem continuar a viver "portugueses" que trabalham, pagam impostos ....

RUA DO FAROL – PARA QUANDO UMA SOLUÇÃO?


A existência e a qualidade das vias de comunicação, das estradas, dos acessos, servem de importante barómetro para aferir e aquilatar o estado de desenvolvimento e de progresso de um povo, de uma comunidade.
Esta verdade indesmentível explica, em parte, a estagnação verificada em Canas de Senhorim, de há muitos anos a esta parte, mercê sobretudo do desinvestimento e do esquecimento a que tem sido votada esta terra.
Neste capítulo a Rua do Farol é talvez, de entre as várias situações similares existentes, a que exemplifica melhor a degradação e disfuncionalidade a que pode chegar uma rua, características de facto reais a ela associadas, que a desqualificam como via de acesso, de forma notória e vincada.
A largura demasiado exígua, o piso de terra batida repleto de buracos, a que acresce o facto de não ter saída, são factores que geram acentuado descontentamento entre os seus moradores e todos aqueles que a utilizam.[...]
Aspecto importante é o facto de as pessoas, principalmente aquelas de saúde mais frágil e débil, se sentirem desencorajadas a circular na rua em época de tempo chuvoso, devido ao obstáculo que o piso de terra batida representa, pois os buracos e a lama que se formam a isso incita, induzindo um comportamento defensivo, que nestas circunstâncias naturalmente se justifica.
Em termos de piso e alargamento, nunca na Rua do Farol se realizaram obras de beneficiação, melhoramentos que se impõe executar têm sido ignorados pelos sucessivos executivos camarários que, ostensiva e deliberadamente, têm feito vista grossa, a uma realidade que salta à vista de todos.
A situação é insustentável, em face de todos os contratempos que daí derivam, chegou o momento de dizer basta, é altura de olhar para os problemas que a Rua do Farol enfrenta com seriedade e com vontade de realizar obra[...]
Lanço o repto aos responsáveis camarários para que, na qualidade de gestores do bem público, assumam as suas responsabilidades, exortando-os a cumprirem com os seus superiores deveres, os de proporcionarem aos seus munícipes, o que de melhor estiver ao seu alcance e isso, muitas das vezes será possível se as verbas ao seu dispor forem criteriosamente gastas, se existir rigor na avaliação das prioridades, se houver sensibilidade para a satisfação das necessidades das populações, nas quais se incluem as acessibilidades.


Excerto do artigo assinado por António José da Rosa Mendes no jornal "Canas de Senhorim"

1 comentário:

Pombo correio disse...

Há 20 anos atrás, dava jeito a rua estar em terra batida, dava jeito para jogar ao preguinho e ao berlinde, com o meu amigo António João, agora os jogos são nas consolas e nos computadores, os tempos são outros, mas pelos vistos as "ruas" são as mesmas...

Um abraço, António Rosa