Canas OnLine

08/09/2008

Borgstena - A esperança

Suecos dão luz verde para reerguer fábrica


A unidade será reconstruída e um conjunto de trabalhadores vai ser distribuído pela rede de empresas que opera em subcontratação com a Borgstena, em Portugal, na Alemanha e na Bélgica. A Administração evita despedimentos.

A Administração sueca que detém a maioria do capital social da Borgstena, a fábrica de componentes de tecidos para automóveis que, anteontem, foi consumida por um violento incêndio, quer voltar a reconstruir a unidade industrial de Nelas. Tal e qual como há dois anos, quando outro fogo, ainda mais devastador, a destruiu por completo.

Foram duas tragédias em dois anos apenas. Mas voltam a soprar bons ventos, que auguram bom futuro para grande parte dos seus 320 trabalhadores.

"Estive em contacto com os administradores suecos e eles deram-nos total o apoio e luz verde para avançarmos com a reconstrução da fábrica", disse ao JN Jorge Machado, da administração da empresa em Portugal. O empresário, que esteve ontem reunido com os trabalhadores, garantiu que a laboração será mantida pela rede de unidades industriais que trabalham para a Borgstena em regime de subcontratações.

"A rede está distribuída por Portugal, Alemanha e Bélgica", explicou, acrescentando que um conjunto de operários de Nelas vai ser distribuído pelas fábricas subcontratadas naqueles três locais.

"Vamos evitar que haja despedimentos. Não queremos que isso aconteça", afirmou Jorge Machado, que anteontem lançou duras críticas contra o plano de coordenação dos bombeiros que combateram o incêndio da fábrica, designadamente lamentando que os meios aéreos não tenham sido activados, como tinha solicitado.

"O fogo veio pelo telhado e nós fartamo-nos de pedir meios aéreos. Eu acho que com a intervenção deles, o incêndio não teria atingido aquelas dimensões. A informação que nós tivemos por parte do comandante dos bombeiros é que não teriam sido autorizados", lembra o empresário.

Confrontado com a questão, o comandante distrital de operações e socorro, César Fonseca, diz que a utilização de meios aéreos "não seria tecnicamente aconselhável".

Ontem, já depois de terminadas as operações de rescaldo, peritos do seguro estiveram no local e testemunharam o rasto deixado pela violência do fogo. "A peritagem que fizeram concluiu que o incêndio destruiu entre 85% a 90% da fábrica", disse Jorge Machado.

A devastação do fogo deu-se numa altura em que Borgstena estava em plena expansão, com o volume de negócios a triplicar e a admissão de mais trabalhadores.

Rui Bondoso em Jornal de Notícias

4 comentários:

Alexandre disse...

:)

ibotter disse...

Força Borgstena III !

Pombo correio disse...

O não ser tecnicamente possível utilizar meios aéreos no incêndio é uma grande treta!

Gostava de saber qual o percurso do Sr. comandante distrital de operações e socorro, César Fonseca, para fazer a alegação que fez. Coordenar um incêndio na floresta é uma coisa, coordenar nesta situação é outra.

Um dos perigos de utilizar meios aérios era a derrocada do edifício!
Como este incêndio foi quase uma cópia do 1º, o uso dos meios aéreos era imprescindível.

Não havia incêndios no País, era muito fácil juntar muitas aeronaves que possibilitavam descargas consecutivas, o que faria com que as temperaturas baixassem significativamente e os Bombeiros no terreno fizessem um trabalho melhor.

André jesus disse...

Os suecos que invistam! Os portugueses que estraguem.