Canadas
Canada - Rib. do Vale do Boi
Provavelmente estão na origem do nome de Canas de Senhorim. São uma forma de canalização de água, muitas vezes feitas de pedra mais ou menos aparelhada, outras vezes talhadas na rocha, ou apenas escavadas na terra e que serviam para fazer transvasar a água dos ribeiros e desviá-las para as zonas de cultura e para os pastos do gado, numa altura em que não existiam motores de rega para tirar água dos poços.
Em Canas encontram-se em muitos sítios e por vezes são ainda utilizadas para servir à sua velha função.
Deram origem, ao longo dos séculos a muitas histórias de partilhas de água, de mortes à sacholada, de questões de família. Usaram-se para dividir terrenos, para marcar estremas, às mulheres para lavar roupa ou as tripas do porco e às crianças para apanhar rãs.
Em Canas encontram-se em muitos sítios e por vezes são ainda utilizadas para servir à sua velha função.
Deram origem, ao longo dos séculos a muitas histórias de partilhas de água, de mortes à sacholada, de questões de família. Usaram-se para dividir terrenos, para marcar estremas, às mulheres para lavar roupa ou as tripas do porco e às crianças para apanhar rãs.
Mª José M.Santos e Ana Mouraz, Jornal Canas de Senhorim, ed.Jul2005
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História e Património
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2 comentários:
Também se especula que a designação "Canas" está na origem dos canaviais que ladeavam os inúmeros pequenos cursos de água que irrigavam os campos circundantes. Ambas as hipóteses são plausíveis ou até se complementam: canaviais e canadas comungam o mesmo espaço físico e remetem para a presença abundante de água, o que tornava estas terras promissoras. É pena que actualmente as ribeiras, valados e canadas que ainda correm levem aquilo que a gente sabe.
Deixo um apelo às novas gerações, mais sensíveis a estas questões do ambiente do que a minha (mea culpa), para que façam ouvir a sua voz no sentido de recuperar e preservar estes "percursos de vida" que estão na origem da existência da nossa terra: Canas de Senhorim.
@portudasuave, por certo todos nós em Canas ( pelo menos os mais atentos e preocupados com essas matérias) desejariamos ver a Ribeira do Vale do Boi, na forma que a foto a ilustra!
Já foi tempo!
Os cursos de água, em Canas, por diversos motivos, estão transformados em esgotos a céu aberto ... alguns devem-se ao despejo directo das habitações, outros ao facto de a nossa ETAR não ter poder de encaixe, muito menos de tratamento ... os efluentes domésticos que ali chegam transvasam!
Criou-se primeiro uma pequena *lagoa* que deu origem agora a um curso de *águas residuais infestadas de Coliformes fecais, etc* (que segue agora para a ribeira que vai dar a Cabanas) e que inquinam as águas de níveis freáticos inferiores, que é o caso da Ribeira do Vale do Boi, mas também da Ribeira do Pai Mouro ... dos poços que se encontram naquela área ...
A Ribeira dos Valinhos já chega contaminada a Canas pelos efluentes da Zona Industrial II...
A Ribeira da Pantanha leva consigo as águas lixiviantes resultantes da "lavagem" das escombreiras da indústria extractiva...
A gravidade do problema não se resume a este comentário, porque a Câmara Municipal, mais uma vez nos decepou por baixo.
Concorreu à construção de 4 novas ETARs, uma megalómana em Nelas, as outras três, no seu conjunto, com um custo 8 vezes inferior à primeira, em Canas, Agueira e Casal Sancho!
Não é preciso ser um "expert" na matéria para perceber esta ETAR prevista para Canas já "nasce" subdimensionada, primeiro pelo nº de habitantes desta freguesia ( muito superior às das outras duas povoações somadas)e pelo facto de aqui estar criada uma Zona Industrial... o que não se verifica nem em Aguieira e muito menos em Casal Sancho!
Na prática e a prazo vão-nos dizer que novas Industrias não se podem instalar em Canas, não temos infraestruturas de suporte, pois a nossa ETAR não estará preparada para receber resíduos industriais nem agricolas, por exemplo nem um lagar de azeite pode ser aqui contruido...
Um golpe muito baixo que ou por ignorância ou inoperância mais uma vez passa impune ...
O silêncio generalizado sobre este assunto faz doer!
Cumprim.
Ana Mafalda
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